"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

MAIORIA SILENCIOSA VENCE MINORIA DE ESTÚPIDOS

MAIORIA SILENCIOSA VENCE MINORIA DE ESTÚPIDOS


14 de novembro de 2016
postado por m.americo

GLOBALIZAÇÃO NÃO É GLOBALISMO...

GLOBALIZAÇÃO NÃO É GLOBALISMO ENTENDA PORQUE


14 de novembro de 2016
posado por m.americo

PERGUNTE AOS BANDIDOS

Domingo passado, no Parque Moinhos de Vento, aqui em Porto Alegre, compareci à manifestação promovida pela ONG Armas pela Vida, que se mobiliza em nome do inalienável direito de defesa. 
Sou um inconformado e intransigente defensor dos direitos naturais da pessoa humana. Afinado com as razões de seus autores, subscrevo integralmente a conhecida frase da Declaração de Independência dos Estados Unidos. 
Creio, como eles, que todos os homens são dotados por seu Criador de certos direitos inalienáveis, entre os quais a vida, a liberdade e a busca da felicidade.

Tive a alegria de encontrar ali no Parcão muitos conhecidos de outras jornadas pela restauração ética e democrática do país que também tiveram início naquela pequena e arborizada ágora. 

Entre nós, Benê Barbosa, grande adversário do Estatuto do Desarmamento. Não é de estranhar nosso reencontro em torno de uma nova pauta. 
O Estatuto do Desarmamento tem o mesmo DNA dos desastrados alinhamentos filosóficos que guiavam as ações do governo, cuja presidente foi cassada no dia 31 de agosto.

A questão de fundo, agora, é bem simples. O Estado que se mete no cotidiano dos negócios privados para impedir a terceirização de "atividades essenciais" das empresas, é o mesmo Estado que "terceiriza" para si a possibilidade de defesa efetiva da vida e do patrimônio dos cidadãos.

Ora, se o direito à vida é o primeiro e o mais fundamental dos direitos da pessoa humana, como se pode entender que a possibilidade de defesa dessa vida lhe seja negada? 

Os órgãos de segurança pública do Estado que a eles atribui, de modo exclusivo, a competência dessa defesa mediante armas de fogo são os primeiros a reconhecer a impossibilidade de atender, minimamente, a imprescindível tarefa. 
E assim ficam os cidadãos entregues à sanha dos criminosos, submetidos a um estatuto que a estes assegura, na quase totalidade de suas ações, serem os únicos com o dedo no gatilho.

Vá ao presídio de sua cidade e pergunte aos que ali estão recolhidos se são favoráveis ao projeto que revoga o Estatuto do Desarmamento. 

Pergunte se querem que suas vítimas potenciais sejam autorizadas a possuir e portar armas. Pois é. Não precisa perguntar porque a resposta é mais do que evidente. 
A revogação do Estatuto prejudicará suas ações.

Eu posso querer ou não querer ter arma de fogo, sujeitar-me ou não ao devido treinamento e aos testes necessários. Mas o Estado não pode, de plano, impedir-me de defender minha família com os meios adequados.


14 de novembro de 2016
Percival Puggina, membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário

FALTAM À REESTRUTURAÇÃO DO PT QUADROS E IDÉIAS

A surra eleitoral ajudou a expor o tamanho da crise pela qual passa o PT. É proporcional a dois fenômenos que grudaram na estrela vermelha: a ruína econômica e a degradação ética. Os petistas dividem-se entre a evasão e a falta de rumo. Quem optou pela fuga busca a melhor oportunidade. Os outros adaptam-se às circunstâncias. Os céticos avaliam que o partido, como está, não tem futuro. E os cínicos fingem que não há um passado.

Em fase de reorganização interna, o PT marcou o seu 6º Congresso Nacional para os dias 7, 8 e 9 de abril de 2017. Será o encontro da virada, anunciam os líderes do grupo de Lula, ainda majoritário. Será? Faltam três coisas para a reestruturação da legenda: desconfiômetro, quadros e ideias.

A ausência de desconfiômetro impede o PT de reconhecer os seus erros. A escassez de quadros mantém a legenda acorrentada a Lula e sua rotina penal. A inexistência de ideias dá ao partido uma aparência de cachorro que acaba de cair do caminhão de mudança. Não é que os petistas tenham dificuldades para encontrar soluções. Em verdade, eles ainda não enxergaram nem o problema.

No documento de convocação do Congresso partidário, o PT anuncia que fará “oposição implacável” ao “governo usurpador” de Michel Temer. Critica a emenda constitucional do teto dos gastos federais, a reforma da Previdência e a reformulação do ensino médio. As críticas são natimortas. Falta-lhes nexo.

Henrique Meirelles, o ministro da Fazenda de Temer, serviu à gestão Lula como presidente do Banco Central. Só não virou ministro de Dilma porque a criatura rejeitou o conselho do criador. Nelson Barbosa, último titular da Fazenda no governo Dilma, também flertou com um modelo de teto de gastos. Madame caiu antes que ele pudesse inplementá-lo. A reforma da Previdência também compunha o cardápio anticrise de Dilma.

Quanto à reforma do ensino médio, o PT poderia acusar Temer de plágio. Dilma fez da modernização do ensino médio bandeira da campanha presidencial de 2014. Há vídeos disponíveis na internet. Neles, a então candidata prega o mesmo modelo sugerido sob Temer: definição de um currículo comum e enxugamento do número de disciplinas. Madame chegou mesmo a insinuar que matérias como filosofia e sociologia seriam dispensáveis. É como se agora, apeado do poder, o PT assumisse o papel de Narciso às avessas. Acha feio o que é espelho.

O Congresso do PT é vendido como um “instrumento de reorganização, renovação, revitalização e retificação de nossas práticas internas, mas também de nossas relações com a sociedade.'' Ai, ai, ai.

Não há reorganização sem um mínimo de unidade. Num partido cujos filiados só conseguem citar o nome de três grandes líderes —Lula, Lula e Lula— a renovação é utopia irrealizável. Impossível revitalizar um agrupamento que trata os hóspedes do PF’s Inn de Curitiba como ''herois do povo brasileiro.'' Sem uma expiação dos pecados, a retificação de práticas é o outro nome de conversa fiada.

O Brasil é pródigo na oferta de opções partidárias. Submetido a três dezenas de partidos, basta ao eleitor decidir se quer ser de esquerda, meia esquerda, um quarto de esquerda, direita dissimulada, direita Bolsonaro… Com tantas alternativas, o PT optou por liderar a bloco dinheirista do espectro político. Adotou a ideologia do ''quanto eu levo nisso?''

No seu esforço para voltar a seduzir o eleitorado, o PT terá de superar um paradoxo: a legenda acha que é uma coisa. Mas a soma dos palavrões que inspira nas esquinas e nos botecos indica que sua reputação é outra coisa. Ou a renovação começa do zero ou o novo será apenas o cadáver do velho. Será facilmente reconhecido pelos vermes.



14 de novembro de 2016
in blog do josias de souza

O AMANHECER DA DEMOCRACIA

Ainda é cedo para desistir dela. O jogo está apenas começando

Existe em todo o mundo um grande mal-estar com a democracia. Seu fracasso é proclamado todos os dias. Eventos como o Brexit, no Reino Unido, e a ascensão de Donald Trump à presidência dos EUA, além da onda de xenofobia na Europa e na América, são proclamados como indícios de que o sistema está em crise.

Sem dúvida, existe um mal-estar. Existe uma crise. Mas a crise, como o mal-estar, é inerente à democracia. Uma vez que a democracia deve arbitrar decisões que agradam e desagradam, o mal-estar sempre estará posto. Ao arbitrar em desfavor das minorias, a democracia gera desconforto. Gera tensões e crises.

No processo de desagradar apresenta-se uma grave dicotomia. Muitas vezes os descontentes não se acalmam. Buscam por meios democráticos, ou nem tanto, expor seu descontentamento. A situação se complica quando segmentos que, embora não majoritários, têm acesso privilegiado à mídia e ganham maior exposição para seus argumentos do que a maioria.

Muitas vezes há uma superrepresentação de determinadas posições. A exacerbação de críticas visando a apontar a falência do modelo é um dos caminhos. Já quando existe convergência com o governo, tudo corre bem. O ex-presidente Lula viveu um momento especial de conjunção de expectativas positivas, com as esquerdas contentes, o sistema financeiro confiante, trabalhadores felizes, mídia próspera (incluída aquela sem leitores e telespectadores) e os pobres ganhando renda.

Mas quando o governo se depara com uma oposição que, mesmo sendo politicamente minoritária, é “midiaticamente” predominante, criam-se graves impasses, que devem ser resolvidos pelo líder. Pois se estabelece outro paradoxo. Apesar de o ideal da democracia buscar a força das instituições, suas contradições extrapolam a dependência de lideranças pessoais fortes. Os EUA precisaram de Roosevelt. Churchill salvou o mundo do nazismo.

No Brasil a situação é mais séria. O mal-estar é agravado pelo grave problema de representação. A elite não considera adequada, e com razão, a representação política no País. A tensão natural é agravada pelo fato de os mecanismos tradicionais de representação não serem considerados válidos. Em especial, caso o desempenho da política desagrade às elites. A maioria, no entanto, é a vontade soberana da democracia. E, contrariando ou não o senso comum e o bom-mocismo, a vontade da maioria deve prevalecer. É o contrato. Vale o que está escrito.

Minha peroração, até aqui, não explica a crise da democracia. Pelo simples fato de que considero a crise inerente ao processo democrático. Não é uma questão episódica. A democracia existe para arbitrar conflitos e lidar com crises. Decerto, sem crises não teremos um regime plenamente democrático. Pois a democracia pressupõe a existência de diferenças e da prevalência da vontade da maioria. A gênese da crise está no fato de que dificilmente o regime obterá unanimidade. Em sendo assim, o desconforto dos descontentes estará sempre presente. Faz parte do jogo.

Logo, não devemos reconhecer a crise da democracia como uma excepcionalidade ou sinal de fracasso, mas aceitar que é inerente ao processo. E que precisamos buscar o aperfeiçoamento desse processo. Sem crise temos simulacros de democracia ou um regime autoritário. A crise deve nos impulsionar.

Questões como a xenofobia são parte das crises inerentes à democracia. Mas, sobretudo, decorrem da decepção dos governantes em lidar com os desafios que se apresentam. Até em lidar com suas fraquezas e incompetências. Sabe-se que no fracasso dos liberais há uma tendência a buscar no fundamentalismo a solução. Já quando as coisas andam bem, o fundamentalismo é relegado a plano inferior.

Nos picos de crise as lideranças são testadas. Caso a ex-presidente Dilma Rousseff tivesse ouvido vozes sensatas, ter-se-ia salvado do impeachment. Se o ex-primeiro-ministro David Cameron tivesse ouvido vozes sensatas, não teria provocado o referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia. Ambos foram líderes fracos e incompetentes. Assim como a Europa, por exemplo, se apresenta de forma pouco competente para lidar com o desafio dos refugiados do Oriente Médio.

Não devemos condenar a democracia. Nem acreditar que ela nunca funcionará de modo adequado por causa de suas deficiências ou pela fragilidade do líder de plantão. Por outro lado, é uma expectativa falsa crer que a democracia vá funcionar perfeitamente. Mas, sem dúvida, o processo em que ela se realiza pode ser bastante aperfeiçoado. E, nesse sentido, estamos na infância da democracia.

Por conseguinte, o processo de crescimento da democracia apresenta imensos problemas, tais como a representação desequilibrada, o processo eleitoral desregulado, um Legislativo pouco funcional, a hipertrofia do Poder Executivo, a bagunça partidária, o ativismo judiciário, além da influência nefasta da criminalidade organizada, do terrorismo, da corrupção e do corporativismo exacerbado do funcionalismo, entre outros.

No entanto, a evolução e as inovações estão nos provocando todos os dias. Temos as redes sociais e a maior e mais ampla circulação de informação da História da humanidade. A mídia já não está controlada por poucos. A telefonia celular expande, impressionantemente, a capacidade de interação dos indivíduos. A maior participação da mulher caminha para ser predominante e modificar as agendas.

A judicialização da política, em especial no Brasil, também será decisiva em nossos aperfeiçoamentos. E ainda teremos fatores externos, como a globalização e a transnacionalização do combate à corrupção, impulsionando a qualidade da política.

Tudo o que mencionei já está sendo decisivo para o aperfeiçoamento da democracia nos próximos anos. Se olharmos para trás, veremos que estamos no amanhecer da democracia. Ainda é cedo para desistir. O jogo está apenas começando.


14 de novembro de 2016
MURILLO DE ARAGÃO É ADVOGADO, CONSULTOR, MESTRE EM CIÊNCIA POLÍTICA, DOUTOR EM SOCIOLOGIA PELA UNB; AUTOR DO LIVRO ‘REFORMA POLÍTICA – O DEBATE INADIÁVEL’
Estadão

GOLPE NA CORRUPÇÃO

O ministro Teori Zavascki tomou a dianteira mais uma vez para garantir a eficácia de uma decisão fundamental do Supremo Tribunal Federal, que dava margem a incertezas. A confirmação da possibilidade de prisão de condenado em segunda instância evita os recursos protelatórios e torna mais eficaz o combate à corrupção.

Depois do julgamento de outubro, em que, por 6 a 5, o STF reafirmou a possibilidade de prisão condenado em segunda instância, alguns advogados e juízes diziam que a decisão não tinha repercussão geral, pois ainda faltava uma votação da tese. E algum ministro poderia mudar de posição, como aconteceu com Dias Toffolli, que votou a favor no primeiro julgamento e voltou atrás no segundo.

A dúvida estabeleceu-se porque o próprio relator, ministro Marco Aurélio Mello, derrotado em seu voto favorável à manutenção do trânsito em julgado, colaborou para essa incerteza ao recusarse a aceitar a sugestão do ministro Gilmar Mendes, que pediu à presidente que substituísse a decisão em julgamento de mérito das duas ações e desse os processos por encerrados.

Esse é um procedimento quase automático no STF quando os ministros consideram que “o caso está maduro”, e até mesmo ministros que votaram pelo trânsito em julgado em última instância pareciam dispostos a acatar o encerramento, como costuma acontecer em casos semelhantes.

O ministro Marco Aurélio, no entanto, negou que o caso estivesse encerrado e alegou que preparara voto para decidir apenas liminares. O que fez o ministro Teori Zavascki ontem? Em vez de recusar monocraticamente recurso de um preso condenado em segunda instância, ele provocou seus pares a se pronunciar sobre o caso no plenário virtual, onde os processos são julgados à distância, por meio eletrônico.

A votação foi aberta no dia 21 de outubro e finalizada às 23h59m de ontem, sem o voto da ministra Rosa Weber, que sempre votou contra a prisão antes do trânsito em julgado. Os seis ministros que deram a maioria à tese vencedora reafirmaram seu entendimento, confirmando uma das decisões mais importantes do Supremo nos últimos anos, e fortalecendo o combate à corrupção.

Essa medida, aliás, é uma das dez propostas dos procuradores de Curitiba para o combate à corrupção e deve ser referendada pelos parlamentares no conjunto de novas leis que serão aprovadas ainda este ano. Os juízes continuam com liberdade para analisar situações excepcionais e, até mesmo, mandar para prisão alguém extremamente perigoso condenado em primeira instância.

Ou permitindo que um condenado em segunda instância recorra em liberdade, devido a problemas de saúde, por exemplo. Mas a regra geral passa a ser a prisão após a condenação em segunda instância.

Essa não foi a primeira vez em que o ministro Teori Zavascki se antecipou aos fatos e, por coincidência, nas duas ocasiões o relator do processo em questão era o ministro Marco Aurélio Mello.

No dia em que o Supremo afastou da presidência da Câmara o deputado Eduardo Cunha, por uma liminar do ministro Zavascki dada logo pela manhã, entrara na pauta uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) da Rede, colocada pelo então presidente Ricardo Lewandowski repentinamente na noite anterior.

O ministro Marco Aurélio Mello, que relataria a ação da Rede, revelou com um sorriso amarelo que fora surpreendido pela decisão de seu colega. A partir daí, as teorias conspiratórias tomaram conta de Brasília. A versão oficial foi de que o ministro Zavascki estava se preparando para dar a liminar nos próximos dias e resolveu antecipá-la porque seu caso era muito mais amplo do que a ADPF da Rede, com o objetivo de impedir que o STF se ocupasse de assuntos semelhantes inutilmente.

Mas a versão conspiratória reza que, ao notar que a ADPF da Rede podia ser usada para outros fins, como por exemplo tentar anular os atos de Eduardo Cunha como presidente da Câmara, entre eles a aceitação do impeachment da então presidente Dilma, o ministro Teori Zavascki resolveu se antecipar para abortar a manobra que estaria em gestação nos bastidores do Supremo.

Seja como for, ontem ele também se antecipou ao ministro Marco Aurélio, que não tinha prazo para apresentar seu relatório, e provocou um novo julgamento sobre a decisão, encerrando as dúvidas porventura existentes.


14 de novembro de 2016
Merval Pereira, O Globo

PROBLEMAS INTERNOS SÃO MUITO PIORES QUE TRUMP


A primeira disputa entre o governo brasileiro e a administração do recém-eleito Donald Trump já está armada. Brasília começou na semana passada uma ação contra a nova barreira erguida nos Estados Unidos contra o aço fabricado no Brasil. A iniciativa foi do presidente Barack Obama, em mais uma tentativa de socorrer a enfraquecida siderurgia americana. O assunto ficará para o republicano, um autoproclamado protecionista. Se ele for fiel às promessas de campanha, poderá ir muito além de seu antecessor na criação de entraves ao comércio. Como candidato, anunciou até a disposição de rever acordos e de confrontar o sistema internacional de regras comerciais. Todos têm motivos para preocupação, mas no caso brasileiro é necessária uma ressalva. Barreiras no exterior são sempre ruins, ninguém pode negar, mas os principais obstáculos ao sucesso comercial das empresas brasileiras estão mesmo dentro do País.

Embora inquietante, o populismo protecionista do presidente eleito dos Estados Unidos é menos perigoso que as causas internas da baixa competitividade brasileira. Enfrentá-las deve ser prioridade do atual governo, com apenas mais dois anos de mandato, e de seu sucessor. Mesmo os setores e empresas mais competitivos do Brasil são prejudicados por um número enorme de problemas sistêmicos. A lista é fácil. Inclui pelo menos a infraestrutura deficiente, a tributação irracional, a burocracia excessiva, a insegurança jurídica, o peso de governo caro e improdutivo e, é claro, um dos piores sistemas educacionais do mundo emergente.

Não adianta confrontar as taxas nacionais de alfabetização de hoje com as de dez ou vinte anos atrás. As taxas podem ter melhorado, mas o analfabetismo funcional continua muito elevado. Pelos dados oficiais, deve estar pouco abaixo de 20% da população com idade a partir de 15 anos, mas os fatos observados no dia a dia parecem mostrar um quadro bem pior.

A formação oferecida até o curso médio é desastrosa, como comprovam, em primeiro lugar, as provas de redação zeradas no Enem. A mera perspectiva de provas com nota zero na redação é assustadora, mas esse é um dado rotineiro.

A catástrofe da educação fundamental é confirmada periodicamente nos testes internacionais. No mais famoso, o Pisa, mantido pela OCDE, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, os estudantes brasileiros têm ficado regularmente entre os dez últimos, num conjunto de 65. Quem ainda tiver dúvidas sobre o assunto poderá eliminálas consultando as associações industriais, como a CNI e a Fiesp, acerca da qualidade média da mão de obra encontrada no mercado.

No item educação primária, o Brasil ficou em 120.º lugar, pela qualidade, numa lista de 138 países, no último relatório de competitividade do Fórum Econômico Mundial, publicado em setembro. No quesito formação superior, o País ficou na 84.ª posição, no mesmo conjunto. Sempre no terço inferior, portanto, embora ainda seja uma das dez maiores economias, pelo tamanho do produto interno bruto (PIB).

Na classificação geral, o País caiu seis posições em um ano, passando ao 81.º lugar. A melhor colocação foi alcançada em 2012, quando o Brasil ocu- pou o 48.º posto. O recuo ocorreu muito rapidamente no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff e ainda se acelerou na fase de recessão. As condições conjunturais pesaram na avaliação, mas os quesitos de longo prazo continuaram muito ruins. A educação é um exemplo importante, quando se trata de medir as desvantagens competitivas.

Mas a qualidade da administração, a inflação, o desarranjo fiscal, a segurança pública deficiente e as dificuldades para fazer negócios têm permanecido, ano após ano, como fatores de grande relevância. A lista de entraves aos negócios inclui tanto fatores institucionais, como a complicada regulação tributária, quanto – digamos – in- formais, como a corrupção. O combate à corrupção é elogiado, mas o problema permaneceu com destaque na lista dos entraves mencionados nas entrevistas da pesquisa.

A administração pública deficiente e o estado precário das finanças oficiais aparecem de forma recorrente nas pesquisas de competitividade, assim como os impostos pesados e de baixa qualidade e a complicada regulamentação tributária. O ajuste contábil das contas públicas é, portanto, apenas uma das tarefas necessárias, na área fiscal, para tornar a economia brasileira um pouco mais eficiente.

É preciso levar em conta, nesse tópico, uma agenda muito mais ambiciosa e politicamente complicada. Uma reforma tributária razoável deverá envolver o ICMS, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, cobrado pelos governos estaduais. Não bastará eliminar a guerra fiscal entre Estados. Será preciso, também, livrar totalmente as exportações e os investimentos produtivos do peso dos tributos. Será preciso negociar o assunto com 27 governadores.

No dia a dia, fala-se muito do câmbio quando se trata de competitividade, mas pouco se discutem os fatores estruturais, como sistema tributário, educação, pesquisa e tecnologia, eficiência do governo, inflação controlada e estabilidade fiscal. São fatores como esses as principais vantagens das economias mais competitivas e com maior potencial de geração de empregos.

Políticas industriais voluntaristas, baseadas no protecionismo e na distribuição de benefícios a grupos e setores, tendem a fracassar e – pior – produzir desastres. A Organização Mundial do Comércio (OMC) acaba de condenar políticas desse tipo, exploradas amplamente pelo governo anterior. A condenação nem é o pior detalhe dessa história. Pior foi o fracasso, acompanhado de custos fiscais e financeiros enormes e de uma recessão com 12 milhões de desempregados. Trump pode ser um perigo, mas nem de longe comparável com os problemas made in Brazil.

Mesmo sem barreiras no exterior o Brasil já tem um poder de competição muito baixo



14 de novembro de 2016
Rolf Kuntz. O Estado de São Paulo

TRUMP E A CURVA DO RIO

EUA e Rio mostram como o mundo pirou. O mundo não acabou, apenas ficou mais louco. Esta frase, de um dirigente alemão, é precisamente o que penso depois da vitória de Donald Trump. Mas, às vezes, sou tentado a revê-la quando olho o Rio de Janeiro, lugar onde moro, ameaçado pelo caos e pela anarquia. Todos se lembram do Brexit, o rompimento da Inglaterra com a comunidade europeia. Também ali, imprensa e pesquisa foram traídos pelas circunstâncias. Esperavam um resultado que não veio.

O que há de comum nas surpresas de Trump e do Brexit é a confiança na racionalidade inevitável da globalização. O filósofo John Gray escreveu muitas vezes sobre o tema. Para ele, o comunismo internacional e a expansão planetária do livre comércio são duas utopias nascidas do Iluminismo. Discordo apenas num detalhe: o livre comércio não se impõe à força, ninguém é obrigado a tomar Coca-Cola ou comprar tênis Nike.

Mas a verdade é que a globalização produziu perdedores nos países mais ricos e contribuiu para que alguns estados mais frágeis se dissolvessem em guerras fratricidas. As ondas de imigração levaram medo e inquietude. Na Inglaterra, temia-se pelo emprego e também pelos leitos de hospital e assistência médica.

Nos Estados Unidos, Trump denunciou acordos importantes como o Nafta e prometeu construir um muro na fronteira com o México. No seu discurso, um outro fator também aparece: o medo da desordem, da presença de criminosos que possam perturbar a paz americana, igualando o país a outros lugares caóticos do mundo.

Walt Whitman, num poema de 1855, dizia que os Estados Unidos é um país que não se representa por deputados, senadores, escritores ou mesmo inventores, e sim pelo homem comum. Durante quase toda a campanha, observando as entrevistas dos eleitores de Trump, não havia neles apenas o medo dos efeitos da globalização, mas também uma repulsa pelos políticos tradicionais. Alguns, mesmo discordando das bobagens que ele dizia, afirmavam: pelo menos é sincero, ao contrário dos profissionais. Outros mais exaltados gritavam abertamente para as câmeras: foda-se o politicamente correto.

A suposição de que o progresso triunfa sempre é um contrabando religioso na teoria política. A história não é linear. E talvez os formadores de opinião e pesquisadores tenham perdido o pé por acharem, equivocadamente, que o triunfo sempre estará ao lado do que consideramos certo. É preciso mais humildade, mais presença na vida das pessoas para compreender que a globalização produz ressentimentos e que muitos anseiam pelos “velhos e bons tempos” de sua experiência nacional.

O caso do Rio deveria ser tratado à parte. Mas é um estado falido, algo que também não é estranho à história mundial. O Haiti é aqui, já dizia, profeticamente, a canção de Caetano e Gil. Falavam da Bahia, mas o verso inicial é válido para todos: pensem no Haiti.

Uma grande contradição na falência do Rio é o fato de que os mesmos políticos que arrasaram o estado são os responsáveis para liderar sua reconstrução. A falta de legitimidade torna a tarefa quase impossível. Depois de tanta incompetência e corrupção, grande parte das pessoas gostariam de vêlos na cadeia, e não no comando do estado.

Eles não vão renunciar. Será preciso que a sociedade se movimente, sem quebradeiras, sem gritos, para que as coisas voltem à normalidade. Ela também se deixou levar pela febre do petróleo. Em 2010, quando disputei com Cabral, já era evidente o colapso do sistema de saúde, a corrupção assustadora. Naquele momento, percebi que muitos intelectuais, alguns amigos queridos, continuavam seduzidos por um governo que mascarava a incompetência e corrupção com os abundantes recursos do petróleo. A sedução não envolveu apenas intelectuais críticos, mas todo o establishment. Hoje, os manifestantes gritam Bolsonaro, quando invadem a Assembleia. Como são policiais, e a família Bolsonaro sempre apoiou a corporação, não significa ainda um sentimento mais amplo na sociedade carioca, embora Bolsonaro, pai e filho, já sejam campeões de voto.

Será preciso humildade para compreender o que se passa, independentemente de nossas projeções teóricas sobre futuros luminosos. A cidade maravilhosa, cosmopolita etc. já está nas mãos de um grupo cristão que tende, ao contrário do Velho Testamento, a defender não uma ética particular, mas um caminho que deva ser universalmente aceito.

A gravidade da crise no Rio, caso sobreviva à quadrilha que o governou, e caso a sociedade não se esforce para buscar soluções, pode nos levar a um tipo de dissolução que encha as ruas de fantasmas perambulando com suas cestas de pequeno comércio, gangues dominando amplos setores da cidade e, sobretudo, saída em massa para o interior, para outros estados, para fora do país.

Pensem no Haiti, diz a canção. Precisamos mais do que isso: pensar no Haiti e fazer algo para evitar o mesmo destino.



14 de novembro de 2016
Fernando Gabeira, O Globo

POR QUE O BRASIL PRECISA E QUER BOLSONARO?

Estudantes, “pau mandados” ou bandidos?

Para Protestar contra o governo não precisa invadir escolas, nem tirar a oportunidade de quem estudou o ano inteiro para se submeter as provas do ENEM.  Invadir e depredar o patrimônio publico é crime e pelo que se sabe, CRIMINOSO tem que ir preso e restitui o prejuízo  aos cofres da Nação.
Se no Brasil tivesse um presidente, com sangue no olho, do tipo de Donald Trump e/ou Jair Bolsonaro, se conseguir ser eleito, essas coisas não estariam acontecendo. 
Quem fazia a logística dessa bandidagem? Suprir os invasores  de:  alimentação processada;  roupas etc. Porque não se evitou isso  e/ou não se cortou o abastecimento de água e energia. 
 O governo TEMER é medroso e a maioria de quem o cerca, só se preocupa em detonar a Lava Jato a fim de escapar da prisão.
Diante disso, vejam   “o saldo PARCIAL da miséria aprontada por essa corja, Ainda falta conferir muitas escolas e dessa ocupação o estrago  é o seguinte: 28 escolas foram vandalizadas, com direito a equipamentos furtados. Entre outras coisas, “sumiram” com tablets, computadores, TVs, projetores, impressoras etc. Além da destruição completa de algumas unidades, algo já mostrado em programas de TV, com imagens fartas e amplo registro da devastação, para o caso de alguém achar que se trate de notícia inventada”.ROUBAR É UM VERBO, INVADIR É OUTRO.

14 de novembro de 2016
in a direita brasileira 

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

PRIORIDADE NO COMBATE AO FORO PRIVILEGIADO




A efetiva prevenção e combate concreto à corrupção no Brasil depende de uma mudança estrutural na máquina estatal brasileira, instaurando a Transparência de verdade e criando mecanismos de fiscalização e controle diretos dos cidadãos sobre os Poderes do Estado. No entanto, antes de chegar a este nível ideal de evolução, os segmentos esclarecidos da sociedade devem focar na pressão total pelo fim do foro privilegiado para autoridades e políticos que cometem crimes comuns.

Se tal privilégio continuar em vigor, os corruptos da politicagem continuarão livres, leves e soltos para legislar em causa própria e atrasar o aprimoramento da legislação anti-corrupção. Além disso, o Foro Privilegiado gera uma aberração jurídica. Réus com privilégios são a própria negação do princípio de equidade da Justiça. Afinal, a Lei tem de valer para todos. Infelizmente, no Brasil, vale para alguns, em função do rigor seletivo, em detrimento de outros, geralmente mais articulados politicamente ou poderosos economicamente. Condutas judiciais diferentes para situações muito semelhantes chocam os cidadãos sedentos por Justiça.

O combate e enfrentamento à corrupção estrutural e sistêmica corre risco concreto de sofrer um retrocesso no Brasil. O fato gravíssimo é que o atraso pode ser gerado por uma decisão da mais alta Corte Judicial do País. Chamadinha de primeira página de O Globo no domingo deixa isto bem claro: "A Operação Lava Jato e outras grandes investigações relacionadas a fraudes, contravenção e tráfico de drogas correm o risco de ser afetadas por julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a validade de escutas telefônicas superiores a 30 dias, mesmo quando autorizadas pela Justiça". O STF ainda não marcou data para resolver a pendência cuja decisão terá repercussão, sendo replicada a outros tribunais e juízes.

A habitual lentidão judicial também é preocupante. Poderosas bancas de advocacia tiram proveito desta fragilidade do sistema judicial brasileiro. Em geral, as quatro instâncias de julgamento no Brasil, graças ao regramento excessivo e ao regime processual, acabam alongando os processos e protelando as decisões judiciais, levando a maioria dos crimes à prescrição de penas. No final das contas, os crimes cometidos acabam compensando. A sociedade é quem paga o prejuízo, no final das contas, com a crescente criminalidade - financiada e alimentada pelo dinheiro da corrupção.

O noticiário recente especula sobre "um fim do mundo" com as delações premiadas de dirigentes da Odebrecht. As revelações atingiriam centenas de políticos, incluindo ex-Presidentes da República. O probleminha é que o fim do ano e as férias dos poderes se aproximam antes do tal "fim do mundo". Assim, tudo indica que as colaborações dos delatores da empreiteira só sejam efetivamente homologados a partir de fevereiro de 2017 - certamente, depois do Carnaval, porque ninguém é de ferro e porque quem não chora não mama...

Por tanta embromação, o Brasil tem de ir muito além da Lava Jato e outras operações policiais-judiciais de grande repercussão. Só uma inédita Intervenção Cívica Constitucional tem plenas condições de mudar a situação vigente de corrupção, impunidade e desrespeito habitual à Lei, inviabilizando a Ordem Democrática. Enquanto não chegamos ao ponto ideal, é preciso insistir que o fim do foro privilegiado tem de ser agenda prioritária.
Releia o artigo de domingo: Que Brasil precisamos e queremos?

Escrito pelos idos de 1920 por Ayn Rand

Ineptocracia - Um sistema de governo onde os menos capazes de liderar são eleitos pelos menos capazes de produzir, e onde os membros da sociedade com menos chance de se sustentar ou ser bem-sucedidos são recompensados com bens e serviços pagos pela riqueza confiscada de um número cada vez menor de produtores.

Essa definição remete-nos automaticamente à descrição feita pela filosofa russa Ayn Rand:

“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.


Fonte: https://pensador.uol.com.br/autor/ayn_rand/

Propina Voluntária



Palestra de Sérgio Moro no Lide Paraná pede duro e imediato enfrentamento à corrupção

Moro x Beira-Mar


Em comissão especial da Câmara discutindo medidas contra a corrupção, Sérgio Moro explica metodologia usada contra o traficante Fernandinho Beira-Mar.
Ação Permanente




Sem interferência




Inseparável




Rio de Corrupção




Ajudai quem puder



Explicação Fácil




Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!


14 de novembro de 2016
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

REPORTAGEM-BOMBA DE 'ISTOÉ' REVELA QUE LULA RECEBIA PROPINA DE DINHEIRO VIVO. MARCELO ODEBRECHT ENTREGOU TUDO.


A reportagem-bomba da revista IstoÉ traz revelações exclusiva do acordo de delação premiada de Marcelo Odebrecht, que há mais de um ano mofa na prisão em Curitiba. A chegada das festas de final de ano quem sabe sensibilizaram aquele "coração sensível e terno" do mega empresário que chafurdou no lamaçal da corrupção em conluio com Lula e seus petralhas. 

Segundo a revista, em delação premiada Marcelo Odebrecht diz que fez pagamentos ao ex-presidente Lula em espécie. Recursos faziam parte do montante de aproximadamente R$ 8 milhões destinados ao petista pela empreiteira. Transcevo a parte inicial da reportagem com link ao final para leitura completa em PDF de excelente qualidade. Leiam:
Num dos 300 anexos da delação da Odebrecht, considerada a mais robusta colaboração premiada do mundo, o herdeiro e ex-presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, diz ter entregue a Lula dinheiro em espécie. Nunca uma fi gura pública que chegou a ocupar a presidência da República demonstrou tanta intimidade com a corrupção. 
Os repasses foram efetuados, em sua maioria, quando Lula não mais ocupava o Palácio do Planalto. O maior fluxo ocorreu entre 2012 e 2013. Foram milhões de reais originários do setor de Operações Estruturadas da Odebrecht – o já conhecido departamento da propina da empresa. Segundo já revelado pela Polícia Federal, aproximadamente R$ 8 milhões foram transferidos ao petista.
Conforme apurou ISTOÉ junto a fontes que tiveram acesso à delação, o dinheiro repassado a Lula em espécie derivou desse montante. 
Os pagamentos em dinheiro vivo fazem parte do que investigadores costumam classifi car de “método clássico” da prática corrupta. 
Em geral, é uma maneira de evitar registros de entrada, para quem recebe, e de saída, para quem paga, de dinheiro ilegal. E Lula, como se nota, nunca se recusou a participar dessas operações nada ortodoxas.
O depoimento agora revelado por ISTOÉ é a prova de que, sim, o petista não só esteve presente durante as negociatas envolvendo dinheiro sujo como aceitou receber em espécie, talvez acreditando piamente na impunidade. 
Se os repasses representavam meras contrapartidas a “palestras”, como a defesa do expresidente costuma repetir como ladainha em procissão, e se havia lastro e sustentação legal, por que os pagamentos em dinheiro vivo? Leia AQUI a reportagem completa
Em tempo: Mas como não poderia deixar de ser, IstoÉ dá uma chamada no alto da página referente a eleição presidencial norte-americana. Segue a corrente, o dito mainstream, repetindo como papagaio as bobagens a respeito de Donald Trump. 
No mundo do jornalismo da grande mídia o que não falta são os idiotas de todos os gêneros e aqueles que denomino de "burros dinâmicos".

14 de novembro de 2016
in aluizio amorim

A 'BARRIGA' DA REVISTA 'NEWS WEEK': A PÁ DE CAL SOBRE A CREDIBILIDADE DA GRANDE MÍDIA. UMA VERGONHA. UM ESCÂNDALO.

A capa da vergonhosa edição antecipada da tradicional revista semanal americana Newsweek.




O establishment e a grande mídia americana tinham a eleição presidencial como favas contatas com muita antecedência que deu tempo para produzir reportagens especiais sobre o tema. Tinham certeza absoluta que daria Hilary Clinton na cabeça sem qualquer dúvida.

Tanto é que a tradicional revista semanal News Week chegou a imprimir uma edição de 125 mil exemplares com a capa, como mostra a foto acima, noticiando a vitória de Hillary e a manchete: 'Madam President'.

A edição fora entregue antecipadamente para centenas de pontos de venda como bancas e lojas nas principais cidades do país, fato que obrigou a empresa a recolher os exemplares.

Quando o troço estouro News Week correu para o Twitter para apresentar uma desculpa afirmando que teria realizado duas edições com capas diferentes, segundo informa o site "Geller Report", da jornalista Pamela Geller.

Mas tem mais coisas para postar aqui no blog referente a essa eleição presidencial americana que é histórica. Fiquem atentos. Farei novas postagens dessas coisas ridículas protagonizadas por empresas tradicionais e gente importante, especialmente "jornalistas".

Todos serão - seja quem for - devidamente execrados aqui. Até porque a vitória de Donald Trump é histórica. Pois como já afirmei aqui o Partido Republicano fez barba e bigode contabilizando uma massacrante maioria nas duas Casas do Congresso. E vejam bem: alguns republicanos de alta plumagem não moveram uma palha em favor de Donald Trump, pelo contrário, trabalharam contra Trump.

Podem falar o que quiserem, mas Donald Trump detonou sozinho a vagabundagem comuno-globalista e ainda fez picadinho dos republicanos traidores.

Não há na história recente nada igual ao que aconteceu nesta eleição presidencial americana. Portanto, Go Trump! Faça o que deve ser feito: uma mega operação destinada a salvar a Civilização Ocidental. Terá o apoio total e irrestrito da esmagadora maioria dos cidadãos e cidadãs ocidentais. Por tudo isso, o resultado desta eleição transpõe fronteiras e por isso o assunto ferve como nunca nas redes sociais. E a coisa está apenas começando...



14 de novembro de 2016
in aluizio amorim

EXTRA! ENTENDA POR QUE A VITÓRIA DE DONALD TRUMP SOMA-SE AO 'BREXIT' DESFERINDO UM GOLPE FATAL NO DELETÉRIO 'GLOBALISMO'

Quem imagina que a eleição de Donald Trump é um fato isolado e confinado no território americano está enganado. A ficha demorou mas começou a cair. E ressalte-se, o Reino Unido fez soar o alerta primeiro com o referendum que decidiu pela saída da União Europeia, o denominado Brexit.

Da mesma forma que a grande mídia em nível global tentou de todas as formas evitar a vitória de Donald Trump fez o mesmo em relação ao Brexit. As reações à vitória do referendum no Reino Unido e agora contra a eleição de Trump à Presidência dos Estados Unidos são rigorosamente iguais.

Não há na história do Ocidente até a presente data que hordas de arruaceiros tenham se levantado contra o resultado de um pleitos eleitorais absolutamente normais tanto no caso britânico como agora nos Estados Unidos. E aí vem a pergunta: que financia e articula esses grupelhos de vagabundos para assacar contra eleições absolutamente normais e rigorosamente dentro da lei?

Se as coisas ocorressem de forma pontual, ou seja, se essa rebeldia ocorresse por causa de fraudes evidentes e comprovadas nesses dois pleitos a que me refiro, seriam fatos compreensíveis e até mesmo esperados. Mas não acontece assim. Nem aconteceria o alinhamento total e irrestrito de todos os meios de comunicação face aos dois pleitos: em favor da União Européia no caso do Brexit e, nos Estados Unidos contra Donald Trump.

O vídeo que está postado acima recorta algumas advertências de Trump durante a campanha eleitoral. Reparem que ele se refere um conceito crucial: "globalismo". Notem que Donald Trump é o único líder político de nível internacional que se refere ao globalismo. No entanto, a grande mídia não toca no assunto. Fala em globalização, que se circunscreve à economia, mas nunca em "globalismo". Globalismo é um plano político. Se é político relembro o conceito weberiano de política: "Política é a luta pelo poder e/ou a luta pela manutenção do poder".

Em terras brasileiras quem abordou primeiro a ameaça do "globalismo" foi Olavo de Carvalho. Em artigo publicado em 2009, (quando já estava vivendo nos Estados Unidos) intitulado "A revolução globalista". Destaco mais abaixo o parágrafo final do artigo e quem desejar ler na íntegra clique AQUI. Para quem desconhece o tema, esse artigo de Olavo de Carvalho pode ser um bom começo para compreender o que está em curso. E Olavo tem razão. Trata-se de uma revolução, mas sem armas convencionais porque utiliza os recursos da lavagem cerebral em massa sendo a mídia sua principal ferramenta de ação. Velho de guerra, Donald Trump matou a charada e por isso desagradou muitos de seus pares republicanos como era de se esperar. Aliás o ex-premier britânico conservador David Cameron era contra o Brexit. Daí se pode intuir o quanto é poderoso esse movimento globalístico, capaz de envolver até mesmo os conservadores da velha guarda, muitas vezes por este serem ignorantes, soberbos e/ou sofrerem de idiotia congênita. E a prova cabal é a uniformidade da mídia no concerne ao combate contra todos que ousam enfrentar o monstrengo.


COMECE A ENTENDER Transcrevo parágrafo final do texto de Olavo de Carvalho. É um começo para os neófitos em relação ao tema começarem a entender a jogada. Leiam:

"Que o globalismo é um processo revolucionário, não há como negar. E é o processo mais vasto e ambicioso de todos. Ele abrange a mutação radical não só das estruturas de poder, mas da sociedade, da educação, da moral, e até das reações mais íntimas da alma humana. É um projeto civilizacional completo e sua demanda de poder é a mais alta e voraz que já se viu. Tantos são os aspectos que o compõem, tal a multiplicidade de movimentos que ele abrange, que sua própria unidade escapa ao horizonte de visão de muitos liberais e conservadores, levando-os a tomar decisões desastradas e suicidas no momento mesmo em que se esforçam para deter o avanço da "esquerda". A idéia do livre comércio, por exemplo, que é tão cara ao conservadorismo tradicional (e até a mim mesmo), tem sido usada como instrumento para destruir as soberanias nacionais e construir sobre suas ruínas um onipotente Leviatã universal. Um princípio certo sempre pode ser usado da maneira errada. Se nos apegamos à letra do princípio, sem reparar nas ambigüidades estratégicas e geopolíticas envolvidas na sua aplicação, contribuímos para que a idéia criada para ser instrumento da liberdade se torne uma ferramenta para a construção da tirania."
Não é à toa que Donald Trump ganhou a eleição e a maioria dos britânicos disseram 'não' à União Européia, justamente por ser essa mega organização regional a grande primeira experiência de um só poder dirigindo e impondo as leis para 28 nações que um dia foram independentes e soberanas. Hoje têm de ajoelhar-se aos tiranos globalistas de Bruxelas.
E o laboratório principal dessa engenhoca da tirania é a ONU. E o pior de tudo é que eu você e praticamente as populações do mundo inteiro estamos todos sustentando esses tecnocratas da ONU a peso de ouro. Estamos pagando para eles nos escravizarem. Sim, os países contribuem com bilhões de dólares por ano para sustentar esses picaretas encastelados nos luxuosos escritórios na ONU.


Dito tudo isso é possível então compreender o desespero dos jornalistas da grande mídia. Ou vocês acham que eles estão fazendo esse papelão absurdo por simples ignorância? Que seus patrões não sabem de nada? Que estão trabalhando de graça, por idealismo, por um mundo melhor?
Espero que este modesto escrito contribua para que os estimados leitores possam formar um juízo mais consequente e real sobre o que de fato está acontecendo e compreender as razões pelas quais os comunistas e esquerdistas de todos os matizes se rebelam. Eles são a parte mais interessada no globalismo bem como seus operadores, pois sempre alimentaram o desejo de dominar o mundo inteiro. Atingiriam seus objetivos se tivessem conseguido cravar o punhal vermelho no coração de Tio Sam. Mas no caminho encontraram Donald Trump. LEIAM TAMBÉM POR QUE GEORGE SOROS FINANCIA MOVIMENTOS DE ESQUERDA
Prestem bem atenção no vídeo acima. E uma ótima semana para todos nós.


EXPLICANDO O VÍDEO

Na postagem deste vídeo no Youtube, há uma explicação sobre o conteúdo do filme e da canção. Fez parte da campanha de Donald Trump:
Vive-se hoje o ápice da campanha presidencial dos EUA, no qual defrontam-se a candidata pró-globalista e pró-islamista Hillary Clinton e o candidato anti-globalista e nacionalista Donald Trump.
Hillary Clinton, em uma das suas várias declarações infelizes, disse que os 47% da população dos EUA que apoiam Donald Trump são "deploráveis" e "sem conserto." Ela também os chamou, é claro, de "racistas, xenófobos, islamófobos, nazistas, facistas," etc.
A campanha de Donald Trump respondeu dizendo que chegou a hora dos "deploráveis" se unirem para derrotarem os globalistas e islamistas. Eles fazem uma analogia com o livro de Vitor Hugo, os Miseráveis, que virou musical da Broadway. O vídeo mostra clips de diversos grupos nacionalistas ao redor do mundo tendo ao fundo uma das melhores músicas do musical, Do you hear the people sing?
ENJOLRAS
"Ouça o povo a cantar
A canção da revolução
Escute o canto de um povo que
Cansou da escravidão
A batida do tambor
É o bater do coração
A luz de um novo mundo
Brilha na escuridão
COMBEFERRE
Com coragem pra seguir
Quem ao meu lado vai lutar?
Além da barricada existe um mundo a explorar
COURFEYRAC
Unidos iremos ter força pra nos libertar
TODOS
Ouça o povo a cantar
A canção da revolução
Escute o canto de um povo que
Cansou da escravidão
A batida do tambor
É o bater do coração
A luz de um novo mundo
Brilha na escuridão"



14 de novembro de 2016
in aluizio amorim

CUNHADO É PRESO SOB SUSPEITA DE MATAR SOBRINHA-NETA DE SARNEY

ELA É NETA DO EX-DEPUTADO SARNEY NETO, E O CUNHADO ESTÁ PRESO

Adicionar legenda


LUCAS PORTO, CUNHADO DA VÍTIMA, FOI PRESO PELA POLÍCIA MARANHENSE, RASPOU A CABEÇA E JÁ USA UNIFORME DO PRESÍDIO DE PEDRINHAS.







MARCOS E MARIANA, QUE MORREU.A filha do ex-deputado Sarney Neto, Mariana Costa, 33, foi assassinada na noite deste domingo (13). A polícia investiga, entre outras, a tese de assassinato por estrangulamento. O marido da vítima, Marcos Renato, filho do empresário José Renato, proprietário do Laticínio São José, chegou a ser levado à Secretaria de Segurança, para prestar esclarecimentos, mas a polícia prendeu o cunhado dela, Lucas Porto, que aperece entrando no edifício e saindo cerca de 40 minutos depois. Lucas é marido da irmã de Mariana e poderá responder por estupro e assassinato.

Porto foi preso pela polícia maranhense e encaminhado diretamente ao tenebroso presídio de Pedrinhas, palco de barbáries com detentos.

A vítima teria sido encontrada pelas filhas em sua cama, despida e com marcas de asfixiamento. Câmeras de segurança da residência serão avaliadas pela polícia para identificar o autor do crime.

O corpo de Mariana se encontra no Hospital São Domingos. Ela é filha do ex-deputado Sarney Neto e neta de Ewandro Sarney, irmão do ex-presidente e ex-senador José Sarney (PMDB).

Muito religiosa, Mariana era mãe de duas filhas com o empresário, uma de 11 e 9 anos. Dedicada à família e à criação das filhas, desde adolescência ela era evangélica. Atualmente frequentava a Igreja Batista do Olho D´Água. Ela morreu no fim da tarde deste domingo (13), no bairro do Turu, em São Luís, onde residia. As câmeras de monitoramento da casa serão avaliadas pela polícia, para tentar identificar o autor do crime.



14 de novembro de 2016
diário do poder

MAIS UM VERGONHOSO ACORDÃO! O MAU CHEIRO EMPESTA O BRASIL

MEMBROS DA CPI DA LEI ROUANET TENTAM BLINDAR CLASSE ARTÍSTICA
CPI DA LEI ROUANET NÃO APROVOU QUALQUER CONVOCAÇÃO DE ARTISTAS


MINISTRO MARCELO CALERO JÁ FOI À COMISSÃO PARA DEBATER MUDANÇAS NA LEI. FOTO: CÂMARA


A classe artística, maior beneficiada com recursos do Ministério da Cultura no governo Dilma Rousseff, pode ser blindada pela CPI destinada a investigar os contratos da Lei Rouanet. Esta semana, a CPI não aprovou qualquer requerimento de convocação de artistas que ganharam dinheiro do Tesouro. “Se não os chamarmos, vamos brincar de fazer CPI”, protesta o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ). A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Sóstenes quer interrogar o ator José de Abreu, o “Zé do Cuspe”, por não prestar contas de R$ 299 mil recebidos pela Lei Rouanet.

José de Abreu zombou da convocação, pedindo passagem de Paris-Brasília. Mas depois mandou recados conciliadores aos deputados.

Um grupo de deputados aguarda até 21 de novembro. Caso não tenha uma solução para o problema, eles prometem “sair da CPI atirando”.



14 de novembro de 2016
diário do poder

PETROBRAS É A ÚNICA GRANDE PETROLEIRA A DAR PREJUÍZO

ESTATAL BRASILEIRA É A ÚNICA GRANDE PETROLEIRA A DAR PREJUÍZO

ESTATAL BRASILEIRA FOI A ÚNICA GRANDE PETROLEIRA A DAR PREJUÍZO

A Petrobras foi a empresa petrolífera que mais perdeu dinheiro este ano, como consequência dos escândalos de corrupção e erros de gestão dos governos Lula e Dilma. Enquanto a Petrobras registrou o prejuízo de R$16 bilhões, três grandes do setor, Shell, Exxon e BP, saboreiam lucro de R$22 bilhões no mesmo período, terceiro trimestre de 2016. Em 2015, o prejuízo da Petrobras chegou a R$ 34,5 bilhões. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Apesar dos programas de demissão voluntária, a Petrobras continua “campeã”: emprega mais pessoas que Shell, Exxon e BP somadas.

A holandesa Shell lucrou US$2,79 bilhões até o 3º trimestre de 2016; a Exxon, US$ 2,7 bilhões e a British Petroleum (BP), US$ 933 milhões.

No final de 2013, eram 446,3 mil pessoas empregadas pela Petrobras. O ano de 2014 encerrou com 372 mil.

O corte na Petrobras foi expressivo, 39% do total de funcionários. Em fevereiro deste ano, o número de empregados caiu para 275 mil.



14 de novembro de 2016
diário do poder

NAS TETAS DA VIÚVA, OS DESAVERGONHADOS. A LAMBANÇA PETRALHA

APÓS QUARENTENA, MINISTROS DE DILMA AINDA NÃO SABEM O QUE FAZER
TURMA DE DILMA ESTEVE NAS TETAS DA 'QUARENTENA' POR 6 MESES


JAQUES WAGNER JÁ AVISOU A LULA QUE NÃO ENTRARÁ NA DISPUTA PELA DIRETORIA DO PT (FOTO: VALTER CAMPANATO/ ABR)


Seis meses após o afastamento de Dilma Rousseff do Palácio do Planalto, ministros da ex-presidente começam a voltar ao trabalho sem perspectiva de retorno à política a curto prazo. Eles estavam de “quarentena”, que terminou no dia 12, recebendo integralmente os mesmos vencimentos de quando estavam no governo, sob os auspícios da Comissão de Ética Pública, cujos membros foram, nomeados pela ex-presidente.

É o caso do ex-chefe da Casa Civil Jaques Wagner, que mora em Salvador. Se dependesse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Wagner comandaria o PT. Mas ele já avisou a Lula que não entrará nessa briga. Wagner foi convidado pelo governador da Bahia, Rui Costa, para assumir a Fundação Luís Eduardo Magalhães, destinada a formular políticas públicas.

Antes, o poderoso ministro de Dilma havia sido chamado para a Secretaria de Relações Institucionais da Bahia, mas recusou a oferta. Ex-governador do Estado de 2007 a 2014, disse preferir um cargo com menos visibilidade, a exemplo de Dilma, que vai para o Conselho da Fundação Perseu Abramo. Embora rejeite ficar à frente do PT, Wagner visitou, nos últimos meses, vários diretórios da sigla. “Não preciso presidir o partido para contribuir”, disse ele, cotado para disputar o Senado.

A mesma frase é repetida pelo ex-ministro da Secretaria de Governo Ricardo Berzoini, que jura não querer voltar de jeito nenhum a dirigir o PT. Integrante da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), liderada por Lula, Berzoini chegou a participar de reuniões do grupo Muda PT, que reúne tendências de esquerda. Atuou como uma espécie de bombeiro na crise petista, que só aumentou após o impeachment de Dilma, na esteira da Lava Jato, e o fiasco nas eleições. “Mas eu sempre avisei: E se for para discutir nomes para a presidência do PT, estou fora. O momento é de tornar o PT coeso, não de ficar se engalfinhando”, insistiu Berzoini.

Funcionário concursado do Banco do Brasil há 38 anos, o ex-ministro se reapresentou ao trabalho e contou ter sido “realocado” em um setor da instituição, em Brasília. Tem, no entanto, férias a cumprir. Além disso, já pode se aposentar, se quiser. “Até o fim deste ano vou decidir o que fazer. Estou tranquilo”, afirmou. “Você já leu A Insustentável Leveza do Ser? Eu estou assim, lendo algumas coisas de novo e pensando no que quero ser, sem ansiedade”, disse, em referência ao livro de Milan Kundera.

Quase a metade da equipe de Dilma cumpriu “quarentena” porque se habilitaram à mamata, solicitaram e obtiveram o privilégio da Comissão de Ética da Presidência da República, a pretexto de "evitar conflito de interesse de quem sai de um cargo público para exercer funções na iniciativa privada."

Críticos do governo Michel Temer, os ex-ministros ganharam, nesse período, o mesmo salário de quando estavam na ativa: R$ 30,9 mil mensais. Alguns deles, como Wagner e Berzoini, tiveram os nomes citados por delatores da Lava Jato, mas negam irregularidades.

‘No campo’.
“Eu também voltei ao meu órgão de origem, que é a roça aqui em Alagoas”, brincou o ex-ministro do Esporte Aldo Rebelo. Jornalista, Aldo está escrevendo dois livros e passa boa parte do tempo no seu sítio em Viçosa, no Estado nordestino. Uma das obras já tem até título: A Copa que o Brasil venceu. A outra é um balanço sobre o Código Florestal. Ex-presidente da Câmara, filiado ao PCdoB, Aldo disse que, por enquanto, não planeja se candidatar às eleições para deputado, em 2018. Na prática, porém, sonha com o Senado. “Não digo que sim nem que não, mas estou pensando em trabalhar como jornalista.”

Aloizio Mercadante, que foi titular da Educação e da Casa Civil, continua morando em Brasília, mas não tem ido a reuniões do PT. Lê muito e gosta de mostrar fotos dos netos. Ele pediu aposentadoria proporcional ao Senado. Sua assessoria informou que computou o tempo de trabalho como professor e deputado federal e não apenas de senador, de 2003 a 2010.

Advogado de Dilma no impeachment, José Eduardo Cardozo reassumirá na quarta-feira o cargo de procurador do Município de São Paulo. Ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União, ele trabalhará para a Prefeitura a ser comandada por João Doria (PSDB), mas no escritório de Brasília. Em breve, porém, deve pedir licença de novo. Ele vai se associar ao escritório Celso Cordeiro e Marco Aurélio Carvalho e coordenará o Departamento de Direito Administrativo. Para Temer, Cardozo prevê um futuro “sinistro”. “É um governo que terá muita dificuldade de chegar ao fim.”



14 de novembro de 2016
diário do poder

PETROBRAS ESTIMA QUE ODEBRECHT ROUBOU R$ 7 BILHÕES

ESTIMATIVA LEVA EM CONTA OBRAS E FORNECIMENTO À PETROBRAS
PROJEÇÃO LEVA EM CONTA NÃO APENAS OBRAS DE ENGENHARIA, COMO A REFINARIA DE ABREU E LIMA E O COMPERJ, MAS TAMBÉM CONTRATOS DE FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS (FOTO: CASSIANO ROSÁRIO/ESTADÃO CONTEÚDO)


A Petrobrás, a partir de auditorias internas, tem uma estimativa preliminar de que o grupo Odebrecht participou do roubo de aproximadamente R$ 7 bilhões da estatal. Os valores levam em consideração não apenas obras de engenharia. Incluem todo um passivo que teria sido criado com superfaturamentos aplicados em contratos de construção de unidades operacionais, de fornecimento de equipamentos, como sondas, e de prestações de serviços, como exploração de petróleo, e que ajudaram a cobrir o pagamento de propinas no esquema de corrupção que envolveu executivos da Petrobrás e políticos.

Segundo relatou à reportagem uma fonte com trânsito na Petrobrás, o valor não foi divulgado oficialmente e nem informado à própria Odebrecht porque a estatal aguarda o resultado das mais de 70 delações de executivos do grupo Odebrecht. Acredita-se que novos detalhes poderão elevar essa estimativa inicial e deixar a indenização que a Petrobrás vai pleitear ainda mais elevada.

A lista de negócios do grupo Odebrecht com a Petrobrás é extensa. Os mais lembrados são as obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Comperj, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. Mas os laços entre o grupo empresarial e a estatal são muitos e diversos.

Odebrecht e Petrobrás são sócias na Braskem. A Odebrecht Óleo e Gás conquistou contratos para perfuração de petróleo. O grupo também participou da reorganização da indústria naval e tornou-se sócio do estaleiro Enseada do Paraguaçu, na Bahia que forneceria sondas. A companhia ganhou até licitação para prestar serviços na área de segurança e meio ambiente em dez países onde a Petrobrás tem atividades. Em muitos negócios, o superfaturamento já foi alvo até de questionamentos do Tribunal de Contas da União.

Estados Unidos

Segundo o executivo ligado à Petrobrás, além disso, a conta que o grupo Odebrecht terá de pagar por atos ilícitos em diferentes países pode ser mais elevada do que se pressupunha. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos avalia cobrar entre US$ 2,5 bilhões e US$ 3 bilhões em multas nos processos em que investiga crimes de corrupção do grupo Odebrecht em diversos países, como Venezuela, Panamá, El Salvador e Equador e que tiveram alguma conexão americana.

A Odebrecht negocia com investigadores dos Estados Unidos e da Suíça o maior acordo de leniência da história. O valor inicial em discussão seria da ordem de R$ 6 bilhões. Essa cifra já bateria um novo recorde na história desse tipo de punição, superando a multa mais alta paga até agora, de US$ 1,6 bilhão, aplicada sobre o grupo alemão Siemens.

Odebrecht e a Braskem têm negócios nos Estados Unidos e estão sujeitas à lei americana de anticorrupção no exterior, a FCPA (Foreign Corrupt Practices Act), que proíbe o pagamento de propina a agentes públicos.

A eleição nos Estados Unidos também teria repercussão sobre o processo do grupo brasileiro. Com a vitória de Donald Trump, as equipes de trabalho de vários órgãos serão alteradas, o que inclui áreas responsáveis pelas investigações e pelo acompanhamento dos processos criminais do grupo Odebrecht. Por causa dessa mudança, não se tem clareza sobre os rumos das investigações nos Estados Unidos, nem como será o relacionamento da nova equipe com a força tarefa da Lava Jato no Brasil. A equipe hoje responsável pelo caso prefere acelerar o processo e cobrar as multas o quanto antes.



14 de novembro de 2016
diário do poder

A FARSA DA CRISE FINANCEIRA E O CONTROLE EXERCIDO NO BRASIL PELOS BANCOS