"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 23 de julho de 2024

INTRODUÇÃO AO CURSO INICIAÇÃO À ESCRITA CRIATIVA E RECREATIVA. (CONTÉM A APRESENTAÇÃO DE UM RESUMO DA INTRODUÇÃO)

  RESUMO DA INTRODUÇÃO AO CURSO INICIAÇÃO À ESCRITA CRIATIVA E RECREATIVA

Vamos tentar entender, primeiramente, o que significa o ato de escrever. 

Por que ele simboliza um ato de libertação?

A primeira grande revolução cognitiva, que nos permitiu decodificar a realidade, nomeando-a, foi a criação da linguagem, que nasce com os primeiros sistemas pictóricos, ou ideográficos, evoluindo para os sinais fonológicos, à custo balbuciados.  Havíamos criado a linguagem...

Essa, penso eu, foi a maior e mais importante revolução da história da espécie humana!

Nesse momento, nosso olhar transformou a realidade, e iniciamos nosso distanciamento do mundo natural, criando o nosso mundo cultural.

Começávamos a nossa jornada inteligente no planeta,,, E para contar essa história, precisávamos da linguagem, precisávamos da palavra! 

E para registrar os acontecimentos e fatos mais importantes, começamos com os pequenos tijolos de argila, e daí para outros materiais, até os papiros, até chegarmos ao papel, como o conhecemos hoje. 

Com o tempo, criamos o livro... É um objeto decorrente da linguagem, que supera o estágio dos registros orais e passa para os registros escritos, físicos.

E agora, voltemos ao nosso ponto inicial: por que escrever é um ato de libertação? 

O campo semântico da palavra "libertação" é amplo, e passeia pelos quatro campos da nossa natureza: o físico, o racional, o psicológico e o emocional . 

Deixemos o físico e o racional, e fiquemos com psicológico e o emocional, os pilares da construção da arte literária.

Traduzindo em miúdos, esses dois campos simbolizam a unidade: o que somos (a nossa subjetividade) e o  que sentimos.

 Uma unidade indissolúvel, reveladora de um ser complexo, construtor de "civilizações", mas ainda confuso e sem respostas para algumas questões fundamentais do significado da sua existência, da sua origem e do que está fazendo por aqui.

A apropriação da linguagem, nos leva a dar um sentido mais profundo ao seu uso, quando passamos a registrar nossos estados psicológicos e emocionais, que nos levam a criar a ficção, os estados confessionais e os conflitos psicológicos, bem como registrar nossas primeiras observações científicas sobre a natureza e a manifestação das suas leis.

Nesse nomento, criávamos a literatura em sentido amplo, conferindo à linguagem o elevado nível de articulação e criatividade. A linguagem deixava de ser um ato meramente funcional e instrumental, transformando-se em palavra-arte.

É a arte da palavra, que nos interessa, e é a partir dela, que iremos tentar compreender a importância de saber articula-la, para  transforma-la no ato de criar, de inventar e libertar o nundo oculto de nossa subjetividade, seja na percepção do mundo que nos cerca, seja na revelação de cenas que habitam o nosso mundo imaginário.

Passo a passo, iremos desvendar o fantástico e extraordinario universo da linguagem, que está adormecido em nossa sensibilidade e inteligência.

Através de pequenos e rotineiros exercícios, conquistaremos a nossa competência de perceber o mundo à nossa volta, exercitando um novo olhar sobre o que nos cerca, e cuja realidade passa despercebida à nossa percepção.

Quando despertamos para uma nova compreensão da linguagem, e a vemos mover-se em outra dimensão, menos funcional e mais sensível e inteligente, nos damos conta de que podemos construir um mundo novo, ativando a nossa imaginação e libertando nossa condição e capacidade de exercitar a criatividade.

Agora você já sabe o valor da linguagem, fora do mundo cotidiano, do papo coloquial, de mero instrumento de comunicação, e o que podemos fazer esteticamente com a palavra, o que podemos criar, inicialmente, apenas observando a realidade do nosso cotidiano, e dando-lhe vida sob a forma descritiva de linguagem.

Todo o nosso sistema linguageiro opera com o nosso universo vocabular, daí decorre a importâmcia fundamental de nos apropriarmos de um amplo vocabulário, que nos habilite a descrever uma cena, ou um objeto com palavras que não estejam desgastadas pelo uso cotidiano, e cujo sentido fica empobrecido, sem originalidade.

Não significa que somente podemos construir um texto de modo erudito.

O modo prático de se ampliar o vocabulário, é através da leitura, seja dos bons clássicos, ou de escritores e cronistas modernos.

A Crônica é um bom gênero, para desenvolvermos o hábito da leitura, não como lazer, apenas, mas como o exercício da observação dos seus elementos e da forma como o autor recria a realidade observada.

A literatura brasileira tem em seu acervo, excelentes cronistas, que além de registrarem fatos e acontecimentos interessantes, apresentam também um excelente campo para inovarmos o modo de descrição de realidades tão próximas de nós, e que muitas vezes não são percebidas. 

E claro,  poderemos observar a riqueza do vocabulário, e nos apropriarmos  de novas palavras que formos encontrando na leitura, anotando-as e pesquisando seu sentido mais amplo, num bom dicionário.

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INTRODUÇÃO 

Vamos tentar entender, primeiramente, o que significa o ato de escrever. Por que ele simboliza um ato de libertação?

Aquela história que se perde no tempo, 2,5 milhões de anos, conta-nos como surgiu o gênero homo. 

500 mil anos depois, os humanos se espalham da África para a Eurásia. É a evolução das diferentes espécies humanas, quando elaboramos as primeiras ferramentas de pedra, e já ensaiávamos andar eretus... bem deixa pra lá, e vamos direto à primeira grande revolução cognitiva, que nos permitiu decodificar a realidade, nomeando-a. Havíamos criado a linguagem... Essa, penso eu, foi a maior e mais importante revolução da história da espécie humana!

Nesse momento, nosso olhar transformou a realidade, e iniciamos nosso distanciamento do mundo natural, criando o nosso mundo cultural.

Começávamos a nossa jornada no planeta,,,

E para contar essa história, precisávamos da linguagem, precisávamos da palavra! E para registrar os acontecimentos e fatos mais importantes, começamos com as pequenas tábuas de argila, e daí para outros materiais, até os papiros, até chegarmos ao papel, como o conhecemos hoje. Com o tempo, criamos o livro...

Claro, que não começamos com a criação de um alfabeto! Nada de letras... Usávamos desenhos para representar o que desejavamos registrar. Era o que se denomina "linguagem pictórica, ou ideográfica. Ou sistema...

O livro é um objeto decorrente da linguagem, que deixa o estágio dos registros orais e passa para os registros ideográficos ou escritos, em sucessivos materiais. 

Considero o livro a melhor e mais eloquente testemunha da nossa história!

E agora, voltemos ao nosso ponto inicial: por que escrever é um ato de libertação? 

O campo semântico da palavra "libertação" é amplo, e passeia pelos quatro campos da nossa natureza: o físico, o racional, o psicológico e o emocional .

Deixemos o físico e o racional, e fiquemos com psicológico e o emocional.

Traduzindo em miúdos, esses dois campos simbolizam a unidade: o que somos (a nossa subjetividade) e o  que sentimos. Uma unidade indissolúvel, reveladora de um ser complexo, construtor de "civilizações", mas ainda confuso e sem respostas para algumas questões fundamentais do significado da sua existência, da sua origem e do que está fazendo por aqui.

São questões relevantes e que passam a fazer parte da nossa condição humana, a partir do momento em que nos apropriamos da linguagem.

Essa apropriação nos leva a dar um sentido mais profundo ao uso da linguagem, quando passamos a registrar nossos estados psicológicos e emocionais, que nos levam a criar a ficção, os estados confessionais e os conflitos psicológicos, bem como registrar nossas primeiras observações científicas sobre a natureza e a manifestação das suas leis.

Nesse nomento, criávamos a literatura em sentido amplo, conferindo à linguagem o elevado nível de articulação e criatividade. A linguagem deixava de ser um ato meramente funcional e instrumental, transformando-se em palavra-arte.

É a arte da palavra, que nos interessa, e é a partir dela, que iremos tentar compreender a importância de saber articula-la, para  transforma-la no ato de criar, de inventar e libertar o nundo oculto de nossa subjetividade, seja na percepção do mundo que nos cerca, seja na revelação de cenas que habitam o nosso mundo imaginário.

Passo a passo, iremos desvendar o fantástico e extraordinario universo da linguagem, que está adormecido em nossa sensibilidade e inteligência.

Através de pequenos e rotineiros exercícios, conquistaremos a nossa competência de perceber o mundo à nossa volta, exercitando um novo olhar sobre o que nos cerca, e cuja realidade passa despercebida à nossa percepção.

Quando despertamos para uma nova compreensão da linguagem, e a vemos mover-se em outra dimensão, menos funcional e mais sensível e inteligente, nos damos conta de que podemos construir um mundo novo, ativando a nossa imaginação e libertando nossa condição e capacidade de exercitar a criatividade.

A ESCRITA CRIATIVA

Agora você já sabe o valor da linguagem, fora do mundo cotidiano, do papo coloquial, de mero instrumento de comunicação, e o que podemos fazer esteticamente com a palavra, o que podemos criar, inicialmente, apenas observando a realidade do nosso cotidiano, e dando-lhe vida sob a forma descritiva de linguagem.

Como se pintássemos um quadro com as tintas da nossa imaginação, usando a nossa competência no domínio do nosso vocabulário.

O VOCABULÁRIO

Todo o nosso sistema linguageiro opera com o nosso universo vocabular, daí decorre a importâmcia fundamental de nos apropriarmos de um amplo vocabulário, que nos habilite a descrever uma cena, ou um objeto com palavras que não estejam desgastadas pelo uso cotidiano, e cujo sentido fica empobrecido, sem originalidade.

Não significa que somente podemos construir um texto de modo erudito.          

As palavras são pura magia, depende apenas de como podemos usa-las com criatividade, conferindo-lhes uma nova semântica, ou seja, um sentido que traduza de modo original o que pretendemos descrever.

E não apenas isso, mas também a própria estrutura frasal, a organização dos seus elementos constitutivos: substantivos, verbos, advérbios, adjetivos e demais categorias de "ligação".

O modo prático de se ampliar o vocabulário, é através da leitura, seja dos bons clássicos, ou de escritores e cronistas modernos.

A Crônica é um bom gênero, para desenvolvermos o hábito da leitura, não como lazer, apenas, mas como o exercício da observação dos seus elementos.

A literatura brasileira tem em seu repertório, excelentes cronistas, que além de registrarem fatos e acontecimentos interessantes, apresentam também um excelente campo para inovarmos o modo de descrição de realidades tão próximas de nós, e que muitas vezes não são percebidas. 

E claro,  poderemos observar a riqueza do vocabulário, e nos apropriarmos  de novas palavras que formos encontrando na leitura.

24 de fevereiro de 2024

prof. mario moura