"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

LULA RÉU

Para um ator político tão celebrado —em outros tempos— por sua argúcia e senso de oportunidade, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem colecionado série estonteante de erros e reveses. Com tantos tropeços, será surpresa se chegar a 2018 com sua candidatura de pé, como deseja.

Alguns dirão que a sucessão de embaraços nada mais é que o corolário de sua manobra mais desastrada, a escolha do "poste" Dilma Rousseff para concorrer a sucedê-lo no Planalto. Com a presidente afastada a ponto de sofrer a confirmação do impeachment, Lula estaria a debater-se para lustrar a própria biografia, ao menos perante a minguada torcida petista.

Isso explicaria, talvez, a retomada de peregrinações saudosistas a remanescentes de popularidade lulista, como o Nordeste. Bem mais difícil seria aplicar tal racionalização à canhestra iniciativa de denunciar o juiz Sergio Moro ao Comitê de Direitos Humanos da ONU por suposta violação de direitos.

A eficácia jurídica do gesto teatral é zero. Mesmo que o comitê desse razão a Lula, algo para lá de improvável, expediria quando muito recomendações inócuas ao Judiciário brasileiro. De certo, colheria só a antipatia da corporação de magistrados nacionais —o proverbial tiro no próprio pé.

Coincidência ou não, as labaredas produzidas pelo recurso internacional logo arrefeceram sob uma enxurrada de água fria com a elevação de Lula à categoria de réu. Não em Curitiba nem pelo algoz indigitado (Moro), mas por um juiz federal de Brasília, que considerou suficientes os indícios de tentativa de obstrução da Justiça no petrolão.

Recebimento de denúncia por um juiz não implica que haverá condenação, verdade; no plano político e eleitoral, contudo, não é fardo leve para se carregar. E Lula já conta com farta bagagem a onerá-lo no trajeto até 2018, do mensalão às nebulosas transações imobiliárias em Guarujá e Atibaia.

Por essas e outras, o ex-presidente amarga um índice de rejeição de 46% em pesquisa Datafolha realizada em meados de julho. É o pior desempenho entre possíveis candidatos na eleição presidencial.

O prestígio declinante de Lula ainda o levaria ao segundo turno, hoje. Mas, com tantos eleitores recusando-se a votar nele, para uma derrota quase certa, a prevalecerem as intenções ora indicadas.

Ele sai atrás em vários cenários sondados. Em dois deles, com desvantagem fora da margem de erro.

Mesmo revelando-se, ao final, um estrategista desajeitado, Lula nunca perderá o vezo do cálculo político. Não será surpresa se, acossado pela Justiça, o ex-presidente chegar à conclusão de que seu crédito eleitoral se esgotou.



02 de agosto de 2016
Editorial Folha de SP

RISCOS GLOBAIS TORNAM MAIS URGENTES REFORMAS NO PAÍS

Ameaças à integração econômica alimentam a desconfiança corporativa. Brasil precisa encarar de uma vez por todas os dilemas que travam sua modernização

A divulgação na sexta-feira passada do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no segundo trimestre do ano evidenciou sinais contraditórios sobre a recuperação da maior economia do mundo, que ainda sofre os efeitos da crise financeira global de 2008. Pelo lado positivo, os dados mostraram um crescimento robusto (4,2%) no consumo das famílias americanas — item que representa dois terços do cálculo do PIB —, sugerindo aumento na geração de emprego, maior acesso ao crédito, aumento salarial e do patrimônio.

Mas nem tudo são flores. O relatório mostra igualmente que as empresas permanecem tímidas em seus investimentos, e com estoques acumulados, fator preocupante, a ponto de ofuscar o peso do consumo das famílias no cálculo do PIB. A desconfiança do setor corporativo, que se traduz na ausência de investimentos em contratação de pessoal e em novas fábricas e equipamentos, representa atualmente talvez o maior desafio à recuperação econômica — dos EUA e do mundo.

Ela se alimenta de temores que extrapolam o campo financeiro. Antes de decidir investir, os empresários olham não só para a solidez fiscal da economia, a segurança jurídica e os níveis de corrupção, mas também para aspectos geopolíticos, como a instabilidade provocada pela violência extremista, crise política e a crescente retórica populista de ultranacionalistas, cujo exemplo mais grave foi a decisão do Reino Unido de abandonar a União Europeia, o Brexit.

No caso americano, a previsão média entre os investidores indicava que o PIB alcançaria algo em torno de 2% no período e não o índice de 1,2% registrado, permanecendo ainda perto do tíbio crescimento do primeiro trimestre, de 0,8%. Diante da desconfiança dos empresários, os analistas concluíram que o Federal Reserve (Fed) acertou ao manter a taxa básica de juros da economia inalterada em sua última reunião.

O banco central americano tem a difícil tarefa de calibrar, com sua política monetária, os estímulos à economia sem precipitar pressões inflacionárias. Mas, com a economia mundial integrada, uma decisão do BC americano tem efeitos que não se restringem à economia do país. A decisão do Fed, assim, representou mais tempo para que os países emergentes reorganizem as finanças para estimular e atrair investimentos, financeiros e empresariais. Um medida urgente, pois o ciclo de aumento de juros pode ser retomado pelo Fed a qualquer momento.

A desconfiança do setor corporativo, portanto, atinge a economia global como um todo. E no Brasil, apesar do colchão das reservas internacionais, há agravantes que tornam ainda mais urgente que o país encare seus dilemas e faça o dever de casa. Isto significa aprovar de uma vez por todas as reformas estruturais da economia, em especial a da Previdência, a trabalhista e o teto das despesas, desarmando a bomba-relógio cuja explosão atingirá as futuras gerações.



02 de agosto de 2016
Editorial O Globo

TEMER VIROU VIDRAÇA

Mesmo que em menor número do que no passado recente, milhares de pessoas voltaram no domingo às ruas de diversas cidades do país para defender ou criticar o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Desta vez, com uma diferença significativa: nunca antes o nome de Michel Temer havia sido colocado, abertamente e por seus próprios aliados, como um presidente já pré-candidato à reeleição. Embora ainda no cargo de forma interina, Temer, a partir de agora, deve acostumar-se com o papel de vidraça.

Como era de se esperar, o pemedebista apressou-se a reafirmar que não tentará permanecer no cargo. Não só devido ao fato de que a eleição de 2018 está distante, mas porque declarações anteriores suas a respeito do assunto viabilizaram a construção de uma ampla base de apoio ao afastamento de Dilma da Presidência da República e à tramitação de medidas que certamente gerarão insatisfação em diversas parcelas da população. Mas o movimento causou tanto desconforto em alas da coalizão governista, sobretudo no PSDB, que Temer precisou voltar a agir em reunião com líderes partidários.

Até agora, o pemedebista tem conseguido descolar sua imagem da mal avaliada administração Dilma. Entre os manifestantes de domingo favoráveis à interrupção do mandato da petista, foram pontuais as menções a Temer. Ele é visto ora como um mal menor, mas necessário para tirar o PT do Palácio do Planalto, ora como mais um integrante da famigerada classe política. No entanto, os ataques ao presidente interino limitam-se à frente de esquerda contrária ao impeachment de Dilma Rousseff.

Sem as presenças da presidente afastada e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da Olimpíada, Temer acabará tendo que dividir na sexta-feira as eventuais vaias dos espectadores apenas com as autoridades fluminenses. Fora do estádio do Maracanã, contudo, será o principal alvo da Central Únicas dos Trabalhadores (CUT) e outras entidades da frente que realizará protestos no Rio de Janeiro e em outras capitais.

A expectativa de dirigentes de movimentos sociais e sindicatos é que esse cenário mude de vez quando Temer levar adiante projetos que alterem as regras da Previdência Social ou a legislação trabalhista. Uma mobilização nacional em defesa do "emprego, direitos e da Previdência Social" foi marcada pelas principais centrais sindicais para o dia 16 de agosto, depois da sinalização do governo de que tais mudanças já estão sendo preparadas pela equipe econômica.

Além da reforma da Previdência, estão em elaboração propostas que regulamentam a terceirização, permitem a flexibilização dos contratos de trabalho, mudam normas de segurança na operação de máquinas e equipamentos e viabilizam acordos coletivos de propósito específico que se sobreponham à legislação - medidas que, na avaliação de autoridades do governo, teriam impactos positivos na produtividade e nos custos de produção no país.

Todas são esperadas pelos empresários, mas devem enfrentar resistência dos sindicatos. Restará a Temer e sua equipe tentar reduzir os obstáculos impostos pelas entidades que consideram legítimo e estão abertas ao diálogo com o seu governo. Essa investida deve começar pela União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Força Sindical, duas das maiores centrais brasileiras e que têm ligações diretas com partidos da base de Temer - PSD e SD, respectivamente. Até agora, elas não dão sinais públicos de que aceitarão as propostas do Executivo sem briga.

O embate entre políticos citados em denúncias de corrupção, investigadores e juízes não é novo. Tampouco uma singularidade do Brasil.

Na Catalunha, por exemplo, há cerca de duas semanas um integrante do Ministério Público local foi às manchetes dos jornais depois de cobrar, numa comissão parlamentar que discutia medidas de combate à corrupção, que os políticos implicados em denúncias deveriam renunciar em vez de se esconderem atrás de processos judiciais. "Neste país temos que aprender a renunciar, apesar que se possa, ao final, ser injusto, porque ninguém disse que a política tem que ser justa", afirmou Emilio Sánchez Ulled, também conhecido por combater irregularidades no mundo do futebol.

A um oceano de distância da dramaticidade das palavras do fiscal anticorrupção catalão, promotores, procuradores, juízes e policiais federais brasileiros tentam evitar que avance no Congresso o projeto de lei que visa coibir o abuso de autoridade. É um tema que, se tratado de forma genérica e teórica, dificilmente encontrará opositores - uma vez que o cidadão comum convive cotidianamente com casos do tipo. Os detalhes do projeto, no entanto, preocupam quem está na linha de frente no confronto com corruptos e corruptores.

Um dos pontos criticados é o trecho que permite um investigado processar, no privado, quem tenta esclarecer fatos. Ele é visto como um potencial instrumento para intimidações.

Um dos principais entusiastas do projeto é o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O relatório está a cargo do senador Romero Jucá (PMDB-RR). O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal(STF) e atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também apoia a iniciativa.

A proposta remete ao pacto republicano fechado em 2009, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e quando Gilmar Mendes estava à frente do STF. A principal operação policial do país era a ruidosa Satiagraha. José Sarney comandava o Senado e o hoje presidente interino Michel Temer, a Câmara.

Os anos se passaram, os personagens de então assumiram diferentes papéis e o projeto continua a tramitar no Congresso. A recente decisão do ex-presidente Lula de ir às Nações Unidas contra os responsáveis pela Operação Lava-Jato dá uma ideia das possíveis consequências da proposta - um prato cheio para quem eventualmente quiser, como disse o promotor catalão, esconder-se atrás de processos judiciais.



02 de agosto de 2016
Fernando Exman, Valor Econômico

VELHAS PERGUNTAS E VELHAS RESPOSTAS

Não aguento mais falar de escândalos e punições. A política está tão despedaçada quanto nossas cabeças. A mutação dos últimos anos foi tão forte, a revolução digital foi tão completa no mundo pós-industrial, que dissolveu crenças e certezas. Caímos num vácuo de rotas. Não há uma clareza sobre a pós-modernidade – como viver sem esperanças?

Perdoem meu pobre “papo cabeça”, mas eu estou preparando um novo filme e vejo como é difícil criar sem finalidade alguma, pois todo pensamento tem o desejo de conclusão, um desejo de certeza.

Como opinar sobre um mundo tão fragmentado? Temos de nos contentar com narrativas parciais. Não só no Brasil, mas no mundo inteiro, artistas e pensadores vivem perplexos – não sabem o que filmar, escrever, formular. Como era gostoso nosso modernismo, os cinemas novos, os movimentos literários, as cozinhas ideológicas... Os criadores se sentiam demiurgos falando para muitos. Como escreveu Beckett: que saudade “das velhas perguntas e das velhas respostas”. Ninguém sabe nada. Os textos sobre o tempo atual são cheios de lamentos pelo passado filosófico e ideológico e de pavores noturnos e fobias sobre o que vem a caminho... Tipo “something wicked this way comes”, ou “vem bode por ai...”, como diziam as bruxas de Shakespeare.

Hoje, num mundo inexplicável, na impossibilidade de representação do real, surgem novas formas de linguagem dramática. No cinema brasileiro, já temos uma tendência mais documental sobre a vida, sobre quase nada, onde o enredo e os resquícios de sentido aparecem imperceptivelmente nas entrelinhas das cenas. São excelentes filmes que traçam um novo caminho autoral, como “Boi Neon” e “O Som ao Redor”. Eles sabem que a arte “não é o reflexo da realidade, mas a realidade do reflexo”, como falou Jean-Luc Godard, o primeiro a destroçar a caretice do cinema de Hollywood.

Mas, mesmo em filmes menores, na falta das grandes narrativas do passado, estamos a procurar irrelevâncias, porque podem ser as pistas para novas “verdades”.

Essa é a dificuldade: como falar de singularidades se sonhamos sempre com conceitos universais? Em geral, recorremos às atitudes mais comuns nas turbulências: desqualificar os fatos novos e reinventar um “absoluto” qualquer, sem saber que, como escreveu Baudrillard: “não há mais universais; só o singular e o mundial”.

As palavras que eram nosso muro de arrimo foram esvaziadas. Por exemplo: “futuro”. Que quer dizer? Antes, era um lugar a que chegaríamos, um lugar no espaço-tempo, solucionado, harmônico, que nos redimiria da incerteza e do sofrimento. Antes, havia debates para ver quem “tinha razão”. Hoje, todos têm razão, e ai daquele que criticar tendências, em nome de paradigmas seculares da arte. As tentativas de “grande arte” são vistas com desconfiança, como atitudes conservadoras diante da cachoeira de produções que navegam no ar. A busca da beleza é, muitas vezes, considerada um individualismo autoritário.

Com a libertação da tutela dos chamados “maîtres à penser”, dos seres que nos guiavam orgulhosamente, a busca de profundidade foi substituída por um vale-tudo formal em que a inteligência é substituída pela sacralização das irrelevâncias massificadas. Também, por outro lado, cresce uma arte confessional que busca no inconsciente dos artistas alguma forma de verdade. Assim, a antiga aura deslizou da obra para o próprio autor – o assunto é ele mesmo. Isso me lembra o tempo em que achávamos que o fluxo da consciência, “the stream of consciousness”, ou até o discurso psicótico, encerrava uma “sabedoria” insuspeitada.

Em geral, as diagnoses sobre as mutações a que assistimos hoje em dia se dividem ou em lamentos por um passado de ilusões perdidas ou em euforia ingênua por um admirável mundo novo em que todos seriam autores e leitores. Nunca tivemos tantos criadores, tanta produção cultural enchendo nossos olhos e ouvidos com uma euforia medíocre, mas autêntica. Há uma grande vitalidade neste cafajestismo poético, enchendo a web de grafites delirantes. Repito que, talvez, esse excesso de irrelevâncias esteja produzindo um acervo de conceitos relevantes, ainda despercebidos.

Talvez esteja se formando uma nova força vital, um agente formador de crescimento no mundo que ainda não está claro. Não sei em que isso vai dar, mas o tal futuro chegou; grosso, mas chegou.

Estamos numa fase da exaltação da quantidade, como se a profusão de temas e criações substituísse a velha categoria da qualidade. Agora, não há futuro; temos um presente incessante, sem ponto de chegada. Acabou aquela dimensão espiritual chamada antigamente de “cultura”, que, ainda que confinada nas elites, transbordava sobre o conjunto da sociedade e nela influía de algum modo. Se olharmos as grandes obras do passado, como as de Van Eyck, por exemplo, vemos que ali estavam as imagens mais profundas sobre a Idade Media.

Vivemos o pânico do presente. Configurou-se o vazio do sujeito, enquanto descobrimos nossa dolorosa finitude que sempre tentamos esquecer. É tudo muito novo, tudo muito gelatinoso ainda, com a morte das certezas totalitárias ou individualistas. Mas, o que será considerado importante? Será que houve a morte da importância? Ou ela seria justamente essa explosão de conteúdos e autores? O importante seria agora o quantitativo? Não sei; mas, se tudo é importante, nada o é.

O mundo que temos pela frente é uma imprecisa água-viva. Perder as esperanças nas utopias liberais ou socialistas é o inicio de uma nova sabedoria. Benditos sejam os que amam o parcial, porque herdarão a Terra.


02 de agosto de 2016
Arnaldo Jabor, O Globo

FORA DAS HIPÓTESES LEGAIS...

O projeto de lei que busca coibir o abuso de autoridade por parte de juízes, promotores, policiais e outros servidores públicos tem dois problemas e algumas virtudes. 
O primeiro vício é de origem. A proposta passou pelo gabinete de Renan Calheiros, enroladíssimo com a Lava Jato. 
Não pega bem que investigados mexam em regras que podem afetar as investigações —mesmo que o PL seja no geral bom.

A segunda dificuldade é a mais grave. O artigo 9º do PL torna crime "ordenar ou executar a captura, detenção ou prisão fora das hipóteses legais ou sem o cumprimento ou a observância de suas formalidades". 
A redação é ligeiramente diferente da norma hoje em vigor, a lei nº 4.898/65, que considera abuso de autoridade a prisão "sem as formalidades legais ou com abuso de poder".

Se o diploma mais antigo não diz muita coisa —abuso de autoridade é definido como abuso de poder, que não recebe nenhuma definição—, a proposta atual avança demais. 
Ela permite que o magistrado responda criminalmente por interpretar a lei, caso a sua leitura seja diferente da hermenêutica do órgão hierarquicamente superior. 
Se o que está "fora das hipóteses legais" fosse assim tão óbvio, não precisaríamos de juízes humanos, que poderiam ser trocados por programas de computador.

Gostemos ou não, uma lei que diz que o magistrado precisa necessariamente acertar no mérito de suas decisões ou não será aplicada —hipótese mais provável—, ou inviabiliza as instâncias iniciais da Justiça. Lamentavelmente, é preciso restringir a regulação da atividade jurisdicional a seus aspectos mais formais.

De resto, o grosso do PL traz dispositivos bastante razoáveis e necessários para coibir abusos principalmente por parte de policiais, que, sabemos, ocorrem às pencas.

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PS - Lanço nesta terça (2), na Livraria da Vila da Fradique Coutinho, o livro "Pensando bem...". Quem estiver à toa e quiser aparecer será bem-vindo.



02 de agosto de 2016
Hélio Schwartsmann, Folha de SP

O EPÍLOGO

Sem dinheiro para viagens, Dilma rascunha carta com proposta ao Senado para comandar um inédito suicídio político coletivo

Acabou o dinheiro. Sem novas fontes de financiamento, Dilma Rousseff se vê obrigada a atropelar o plano feito antes do afastamento da Presidência, interrompendo sua agenda de campanha contra o impeachment.

Agora, atravessa os dias no Palácio da Alvorada entretendo-se com poucos senadores aliados na escrita de uma “Carta aos brasileiros”. 
Nela pretende repisar a denúncia do “golpe” e a promessa de enviar ao Congresso propostas para convocação de plebiscito e “eleições gerais antecipadas”.
Ou seja, afastada e às vésperas da provável deposição, planeja apelar pela salvação aos 81 senadores, propondo-lhes a renúncia coletiva.

Sendo possível, comandaria, então, um inédito suicídio político coletivo (um terço dos senadores, por exemplo, abandonaria os próximos cinco anos de legislatura garantidos em 2014).

Lideraria, também, um autêntico golpe, porque a proposta embute redução à metade — sem consulta prévia — dos mandatos de 513 deputados federais, de 27 governadores e de 1.030 deputados estaduais (desconhece-se o que planeja fazer com os suplentes).

A divulgação da carta está prevista para quarta-feira, 24. Por coincidência, nesse dia completam-se 62 anos do suicídio de Getúlio Vargas, o “pai dos pobres”, como era biblicamente qualificado por sua seção de propaganda, em tentativa de recauchutar-lhe a imagem de ditador.

Se confirmadas as previsões, quando setembro chegar Dilma estará destituída do cargo de presidente. Numa ironia da história, vai à galeria presidencial ladeando Fernando Collor, cujo processo de impedimento (por corrupção) começou numa primavera de 24 anos atrás, embalado pelo PT de Lula que então se apresentava como único partido ético do país.

Há meses, ela alimenta a ilusão de que não poderia  ser punida com o impeachment. Propaga a honestidade, em contraste, repetindo por onde passa: “Eu não recebi dinheiro de propina, eu não recebo dinheiro de corrupção”. 
Até agora, ninguém apresentou prova contrária.

A questão central é outra: a criatura Dilma, tal qual o criador Lula, habituou-se a não aceitar qualquer decisão que não seja sua — foi dessa forma que o líder a impôs como sucessora. Por isso, entende o impeachment como “golpe”.

A legislação sob a qual está sendo julgada foi promulgada em abril de 1950, dois anos e quatro meses depois que Dilma saiu da Maternidade São Lucas, em Belo Horizonte. 
Ela prevê submissão de governantes a processo por crimes de responsabilidade — “ainda quando simplesmente tentados”, define —, em atos contra a Constituição “e especialmente contra (...) a lei orçamentária, a probidade na administração, a guarda e o legal emprego dos dinheiro públicos”.

Pode-se argumentar juridicamente sobre conceitos de orçamento, probidade e zelo pelo Erário, como fez na sua legítima defesa de mais de 500 páginas, que hoje devem ser refutadas pelo relator do processo no Senado.

O problema de Dilma continua sendo o fato de que, impondo-se na vida privada uma disciplina quase militar, só admite a hierarquia das próprias decisões. 
Aparentemente, escapou-lhe a compreensão de que no setor público só é permitido aos servidores fazer aquilo que a Constituição e as leis permitem expressamente.

No epílogo, seria carta fora do baralho até completar 73 anos, em 2022.



02 de agosto de 2016
José Casado, O Globo

RUMORES DE NOVA CRISE ECONÔMICA LEVAM BOLSAS EUROPÉIAS PARA BAIXO


Arrastadas por rumores de eventual nova crise econômica, as Bolsas europeias fecharam nesta terça-feira (2) com quedas significativas, no vácuo de incertezas que dominam o segmento bancário, cujas ações despencaram durante os pregões do dia. Outras razões para o recuo do mercado de ações são os baixos preços do petróleo no mercado internacional e a decepção dos investidores diante do último plano de reativação econômica do Japão.

O índice Footsie 100, de Londres, caiu 0,73%; o Dax 30, de Frankfurt, 1,80%; o CAC 40, de Paris, 1,84%; o FST Mib, de Milão, 2,76%; e o Ibex 35, de Madri, 2,77%. As perdas do setor financeiro alcançaram proporções preocupantes na Itália e foram lideradas pela Banca Monte Paschi di Siena (BMPS), o terceiro banco do país, que registrou desvalorização de 16,01% em decorrência das preocupações vinculadas às recentes provas de resistência do setor bancário europeu. A Banca Popolare dell’Emiglia Romagna registrou queda de 12,36%, a Banca Popolare di Milano (BPM) despencou 10,29%, enquanto a Banca Popolare recuou 10,12%.

As mencionadas provas de resistência, que avaliaram a capacidade de 51 bancos do continente diante de eventual crise econômica, também mencionavam entre os bancos mais expostos o alemão Commerzbank, que nesta terça-feira caiu 9,19%, e o britânico RBS, que caiu 1,75%. Em Madri, o Banco Santander, primeiro banco europeu por capitalização, caiu 5,32%, o BBVA caiu 4,87% e o Caixabank, 5,37%.

O ceticismo sobre a credibilidade das provas de resistência foi sentido também em Paris, onde o Natixis caiu 6,07%, o BNPParibas, 4,33% e o Société Générale, 3,13%.

Analista prevê dificuldades

“O mercado está preocupado com a necessidade de recapitalização de vários bancos europeus e pelos riscos de contágio ao conjunto do setor”, afirmou Daniel Larrouturou, da Diamant Bleu Gestion, em Paris.

Os bancos também são afetados pela perspectiva do prolongamento indefinido das baixas taxas de juro atuais, sobretudo na Grã-Bretanha, onde podem ser cortadas na quinta-feira pelo Banco da Inglaterra, alcançando mínimo histórico para enfrentar as consequências do Brexit.

Preço do barril de afeta o setor de petróleo

As companhias petrolíferas também ajudaram a derrubar as bolsas, devido à dificuldade do barril superar a casa de US$ 40, apesar de uma pequena recuperação. Esse movimento de baixa começou com incursão da Arábia Saudita de reduzir os preços do produto a partir do excesso de oferta, como forma de prejudicar o projeto norte-americano de exploração de petróleo e gás a partir das reservas de xisto.

Em Londres, as ações da Royal Dutch Shell caíram 1,82%. O mesmo fenômeno atingiu os papéis de companhias de mineração, que em muitos casos também negociam petróleo. A BHP Billiton, uma das donas da mineradora Samarco, caiu 2,69%; a Rio Tinto, 1,79%; e a Anglo American, 1,63%.

Outros analistas mencionaram o escasso impacto do novo plano de 28 trilhões de ienes (US$ 273 bilhões, €240 bilhões) aprovado pelo governo japonês para tentar dinamizar a terceira economia do planeta.

Os analistas da Mizuho Securities estimaram que o plano “nada tem de inovador” e lembram que desde que a bolha financeira estourou em 1990 “já houve pelo menos 26 planos de incentivo econômico”, sem maiores efeitos no crescimento do país asiático. (Com informações da RFI)


02 de agosto de 2016
ucho.info

LULA PODERIA SE MUDAR PARA A EUROPA?

Segundo o jornalista Claudio Humberto, Lula estaria cogitando novamente sair do Brasil de forma a promover uma campanha internacional destinada a fazer crer ao mundo - vejam só - que ele, Lula, está sendo perseguido "pelas elites". Leiam:


Petistas ilustres afirmam que o ex-presidente Lula cogita de novo sair do Brasil e pedir asilo a um país “amigo”. A decisão de denunciar o juiz Sérgio Moro à ONU faz parte da estratégia de buscar “solidariedade internacional” contra a “perseguição das elites”.
A família prefere viver na Itália, onde sua mulher Marisa e os filhos já têm cidadania. Lula tenta agora estreitar relações com o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, que disse admirá-lo e o recebeu em almoço em junho de 2015.   
A decisão de Sérgio Moro de soltar o casal João Santana foi vista no PT como mau sinal: pode precipitar o impeachment e a prisão de Lula.
Lula foi alertado que a delação de João Santana e Mônica Moura compromete profundamente Dilma e sobretudo Lula.
Amigos mais sensatos avisaram a Lula sua saída do Brasil pode ser interpretada como fuga, o que o deixaria sujeito a caçada da Interpol. Lula poderia escolher Bolívia, Cuba, Equador, Venezuela ou Uruguai, governados por “amigos”, mas ele prefere, é claro, a Europa.


02 de agosto de 2016
in aluizio amorim

COMEMOREM: IMPEACHMENT DA DILMA SERÁ ANTECIPADO. PETEZADA ESTREBUCHANDO


Renan Calheiros bateu o martelo: impeachment agora a todo vapor. Foto: O Globo

Ao final de várias reuniões nos últimos dois dias com o presidente interino Michel Temer e a cúpula do PMDB, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) bateu o martelo nesta terça-feira: o início do julgamento final da presidente Dilma Rousseff será no dia 25 e não no dia 29, como anunciado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e deve ser concluído até o dia 29, portanto ainda em agosto. 

Seguindo o cronograma aprovado no Senado, Renan disse que, se preciso for, as testemunhas de acusação e defesa, inclusive a presidente afastada Dilma Rousseff, serão ouvidos até no sábado e domingo, se necessário.
A informação é do site do jornal O Globo, que também discorre sobre o desespero da petezada que quer por que quer estender o prazo por meio de chicanas. 
Mas pelo visto o calendário declinado por Renan em comum acordo com Lewandoski não tem volta. Dilma será detonada antes do final deste mês de agosto.

02 de agosto de 2016
in aluizio amorim

ALERTA SOBRE A INSEGURANÇA NO RIO DE JANEIRO DURANTE AS OLIMPÍADAS

CORONÉIS DA PM FAZEM ALERTA GERAL SOBRE INSEGURANÇA NO RIO DURANTE OLIMPÍADAS



Em entrevista coletiva para a imprensa nacional e e internacional realizada na sede da AOMAI Associação de Oficiais Militares Ativos e Inativos, na cidade do Rio de Janeiro, os coronéis da Polícia Militar do Estado do Rio, Emir Larangeira, Paúl, Rabelo e Chavarry, lançaram um alerta sobre a grave situação da segurança pública tendo em vista a realização das Olimpíadas. 
No vídeo acima, o Coronel Paúl faz a leitura do documento elaborado pelos militares da ativa e da reserva alertando para o fato de que a violência está totalmente fora de controle no Rio de Janeiro. E a situação torna-se mais grave com a realização dos Jogos Olímpicos na capital fluminense para onde acorrem atletas e turistas de diversas partes do mundo.
Vale a pena ouvir o que dizem os militares cariocas. O vídeo tem duração de apenas 7 minutos e 22 segundos. Compartilhem pelas redes sociais.

02 de agosto de 2016
in aluizio amorim

LULA COGITA VIRAR "EXILADO" PARA DENUNCIAR PERSEGUIÇÃO DAS ELITES

ACUSAÇÃO A SERGIO MORO À ONU É PARTE DA ESTRATÉGIA DE 'VAZAR'

LULA AGORA TENTA ESTREITAR RELAÇÕES COM MATTEO RENZI, PRIMEIRO-MINISTRO DA ITÁLIA, PAÍS PREFERIDO DA SUA FAMÍLIA. (FOTO: RICARDO STUCKERT)


Petistas ilustres afirmam que o ex-presidente Lula cogita de novo sair do Brasil e pedir asilo a um país “amigo”. A decisão de denunciar o juiz Sérgio Moro à ONU faz parte da estratégia de buscar “solidariedade internacional” contra a “perseguição das elites”. A família prefere viver na Itália, onde sua mulher Marisa e os filhos já têm cidadania. Lula tenta agora estreitar relações com o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, que disse admirá-lo e o recebeu em almoço em junho de 2015. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

A decisão de Sérgio Moro de soltar o casal João Santana foi vista no PT como mau sinal: pode precipitar o impeachment e a prisão de Lula.

Lula foi alertado que a delação de João Santana e Mônica Moura compromete profundamente Dilma e sobretudo Lula.

Amigos mais sensatos avisaram a Lula sua saída do Brasil pode ser interpretada como fuga, o que o deixaria sujeito a caçada da Interpol.

Lula poderia escolher Bolívia, Cuba, Equador, Venezuela ou Uruguai, governados por “amigos”, mas ele prefere, é claro, a Europa.



02 de agosto de 2016
diário do poder

DILMA COMETEU UM "ATENTADO À CONSTITUIÇÃO" - DIZ RELATÓRIO DE ANASTASIA

HÁ RAZÕES DE SOBRA PARA A DESTITUIÇÃO DE DILMA, DIZ SENADOR

A presidente afastada Dilma Rousseff deve ser levada a julgamento final pelo Senado, segundo o relatório do senador, Antonio Anastasia (PSDB-MG), por haver cometido “atentado à Constituição” ao praticar as chamadas “pedaladas fiscais” (atraso de pagamentos da União a bancos públicos para execução de despesas) e ao editar decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso. O documento tem 440 páginas.

No relatório, Anastasia diz que seu voto é “pela procedência da acusação e prosseguimento do processo”, em razão das irregularidades cometidas por Dilma: a abertura de créditos suplementares sem autorização do Congresso Nacional e operações de crédito com bancos oficiais.

A fase atual – pronúncia – do processo de impedimento serviu para os integrantes da comissão especial ouvirem depoimentos de testemunhas, solicitarem documentos para produção de provas, realizarem perícia e acompanharem a leitura da defesa pessoal de Dilma.

Ao final da leitura do relatório de Anastasia, o presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), concederá vista coletiva.



02 de agosto de 2016
diário do poder

A ESQUERDA E SUA MANIA DE MASSAGEAR BANDIDO. OU: AGORA É A VEZ DOS "POBRES" PEDÓFILOS



Não foi tarefa nada aprazível, mas eu precisava ver para crer no que a manchete anunciara: o programa “Profissão Repórter” de 27/07, exibido pela rede de TV mais “progressista” destipaíz, faria eco a um discurso recorrente da Esquerda segundo o qual pedófilos seriam pessoas desafortunadas, compelidas a acabarem com a vida de crianças e família inteiras, por serem acometidas por uma patologia – comparável a uma disfunção hormonal qualquer. “Transtorno da sexualidade” foi a denominação conferida pela reportagem a esse “distúrbio” que converte verdadeiros facínoras em pessoas meramente desorientadas que carecem de terapia (segundo consta, tal tratamento seria mais eficaz do que a injeção letal. Há controvérsias).

Segundo um dos jornalistas, decidiu-se que era necessário mostrar a questão da pedofilia por um “outro ângulo” (para que enfatizar apenas as vidas dilaceradas das vítimas, não é?), a partir do qual seria possível entender o sofrimento dos criminosos que sentem “um desejo incontrolável” de praticar sexo com jovens impúberes – ainda que se faça necessário, vez por outra, ameaça-los com um facão. 

“Pedofilia é uma doença devastadora”, conforme declara um especialista da Faculdade de Medicina do ABC entrevistado (são atendidos, em média, 50 “pacientes” por mês nesta instituição, ávidos por uma evasiva para sua perversidade). 
O douto profissional da saúde também assevera que a prisão destes bandidos não irá solucionar o problema.

Adotando-se a linha de raciocínio do tolerante rapaz (cuja clemência parece não alcançar as crianças perpetuamente traumatizadas), segundo a qual detenção e reclusão prestar-se-iam tão somente a buscar a recuperação e a decorrente reintegração do delinquente ao convívio social, torna-se forçoso concordar integralmente com sua afirmação. 

Todavia, o que ele ignora (ou simplesmente desvia o olhar) é que a punição de infratores visa, sobretudo, impedir a propagação da sensação de impunidade – o real fato gerador de tantos delitos em nosso país. Na própria reportagem, é mencionado o caso em que um pedófilo que possuía centenas de vídeos de sexo com crianças em seu computador ficou menos de um ano preso. 
Pior: o próprio meliante declara que a pior parte foi sair da cadeia (onde foi mantido sem contato com os demais encarcerados, tamanha a repulsa que até mesmo outros criminosos nutrem por tais libertinos). 
Ou seja, fica difícil acreditar que alguém deixará de cometer tal crime apenas por receio de eventuais sanções estatais.

Nesse contexto, chama a atenção que o projeto de lei que propugna a castração química para abusadores tenha sido protocolado por um Deputado Federal que responde por incitação ao estupro no STF, ao passo que a suposta vítima de sua conduta indevida no Congresso Nacional tem pautado sua atuação política pela defesa dos interesses de bandidos – especialmente se forem menores de 18 anos ou forem oriundos de comunidades carentes.

O especialista supracitado segue com suas considerações dizendo que, dentre as possíveis causas do “transtorno” pedófilo, estariam abusos sofridos na infância pelo abusador e o “aprendizado precoce inadequado sobre sexualidade” – tudo no campo da hipótese, sem nenhuma comprovação científica. 
Em relação a primeira suposição, acredito que todas as pessoas que já sofreram abusos e não viraram abusadores mereceriam um pedido público de desculpas do reitor da Faculdade (semelhante àquele que deveria ser encaminhado a todos os pobres que não entram para o tráfico e desmantelam, assim, muitas teses esquerdistas).

Já no tocante a segunda, sou obrigado a subscrevê-la: de fato, a exposição extemporânea de nossas crianças ao sexo, privando-lhes de parte da infância e sua inocência inerente, não pode estar trazendo benefícios. 
E quando o próprio Estado patrocina essa estimulação sexual intempestiva, por meio de livros didáticos eivados de ideologia de gênero e deturpações afins, fica difícil imaginar este cenário mudando. Será mesmo que educação sexual precisa ser tão prioritária no currículo das escolas? 
Não seria mais apropriado providenciar que médicos ou enfermeiros ministrassem aulas esporádicas sobre o tema, a partir dos doze anos, e deixar todo o restante do diálogo ao encargo dos pais? 
É sabido que muitos deles gostam de terceirizar essa responsabilidade, mas essa é uma função indelegável, da qual os genitores não podem desincumbir-se. 
Aí revela-se a importância da adoção de crianças órfãs, e a necessidade de que o Estado desburocratize os procedimentos necessários.



E tudo só piora quando consideramos que há na Câmara dos Deputados, inclusive, umprojeto de lei federal cujo objetivo é permitir que crianças de doze anos possam ser submetidas a cirurgias de mudança de sexo prescindindo, até mesmo, do consentimento dos pais. 
Pais esses, aliás, que vêm sendo tolhidos de sua prerrogativa de transmitir valores morais para seus filhos, com o Estado assumindo esse papel – e causando um estrago danado.



Agora vejamos o argumento trazido à baila pelo programa: seus produtores alegam, basicamente, que os pedófilos sofrem de uma perturbação que os faz sentir desejo sexual por crianças, que muitos deles ressentem-se desta “doença”, e que lamentam por terem cometido abusos. 
Aqui reside o busílis: a cultura apregoada pela mídia na atualidade favorece que os indivíduos sigam plenamente seus instintos, sob o pressuposto de que a moral e os bons costumes são imposições da burguesia hipócrita. “É proibido proibir” e “Vamos nos permitir” viram mantras que permeiam novelas, filmes e seriados. 
Refrear os instintos diante de uma análise fria e racional torna-se, neste contexto, atitude tida como reacionária. Trocando em miúdos: se o elemento sentevontade de fazer sexo com uma criança, que tal não fazer? 
Seja por medo de apodrecer na cadeia ou ter sua vida abreviada no corredor da morte, seja por uma questão de consciência do indivíduo, ele poderia conviver com esse desejo sem nunca consumá-lo – isso, claro, se não fosse encorajado a todo instante a seguir em frente e realizar todas as suas fantasias (inclusive as mais cruéis).

O Conservadorismo e a família tradicional são torpedeados repetidamente desde a revolução cultural dos anos 1960, especialmente em discussões acadêmicas. Não se leva em conta, por certo, que justamente o fato de ser criado fora de uma família estruturada contribui para que crimes deste gênero (e outros) ocorram. 
Apenas como referência, mais de 72% dos negros norte-americanos nascem de mães solteiras, fora do casamento; de 1976 a 2005, os negros foram responsáveis por 52% de todos os assassinatos cometidos naquele país, apesar de corresponderem a somente 13% da população americana. 
Ou seja, há uma relação estreita entre ser privado da educação e da disciplina normalmente proporcionados por uma criação que estabeleça limites e determine fronteiras que não podem ser ultrapassadas, e a perpetração de violações penais. 
Isto é, abrir mão da “arcaica” instrução fornecida pelos pais, substituindo-a por libertinagem, representa um retrocesso a estágios pré-civilizatórios da humanidade, onde estuprar crianças nem era nada demais mesmo. 
 Vale perguntar: será que aqueles que vociferam contra a famigerada “cultura do estupro” não estão clamando, inconscientemente, por mais respeito às regras de convivência em sociedade? Por mais moral?

Ressalte-se que o referido programa conta com repórteres recém-egressos na carreira, e que representam a nova geração do jornalismo brasileiro. 
Pode-se constatar que a fábrica de adeptos do marxismo cultural implantada em todos os departamentos de Humanas e Sociais das universidades está funcionando a pleno vapor, portanto – e que teremos décadas de matérias deste naipe pela frente, relativizando até mesmo a culpa de estupradores!

02 de agosto de 2016
Bordinburke, in Opinião e notícia

LULA PRECISA IR PARA A CADEIA! SAIBA O POR QUE DESSA URGÊNCIA

GILMAR MENDES: "TEMOS PARTIDOS COMPRANDO HELICÓPTERO E AVIÕES A JATO COM FUNDO PARTIDÁRIO".

Trata-se de mais uma farra com o dinheiro público.

Como presidente do TSE, Gilmar Mendes vem tendo uma atuação muitos mais firme que a de Dias Toffoli, o antecessor. E, dos onze membros do STF, parece ser o mais indignado com tanta corrupção. Em entrevista ao Estadão, falou sobre o mau uso do fundo partidário na política nacional. E entregou um detalhe até então pouco conhecido pela população: os partidos usaram a verba pública para a compra de helicópteros e aviões a jato:

“Não é possível mais ter 28, 29 partidos no Congresso, 36 partidos habilitados, com toda essa questão de manipulação do fundo partidário. Temos partidos comprando helicóptero e aviões a jato com fundo partidário e, com certeza, não é para isso o dinheiro.“

Trata-se de uma farra com dinheiro público. Não à toa, há tanto partido na fila que o Brasil corre risco de ter mais 50 deles.


02 de agosto de 2016
implicante

PALESTINA ESQUERDA DO TERROR E CONTRA ISRAEL - DONALD J. TRUMP




02 de agosto de 2016
postado por m.americo

LULA É HUMILHADO E VAIADO NO AEROPORTO - E OUTROS VÍDEOS

JUSTIÇA INTERNACIONAL PEDE PRISÃO DE LULA E MARQUETEIRO ENTREGA ROUBO DE DILMA NA CAMPANHA

CLUGE DE LUTA ANIMAL: PAPA-LÉGUAS x COBRA CASCAVEL