Estava mais do que compreensível a análise. O PT ainda não se decidiu entre Dilma e Lula, o PSDB com Aécio e Serra, e o PSB sem estar atrelado a Dona Marina ou Eduardo Campos.
Logo no dia seguinte, sábado, apareceu a pesquisa do Datafolha. Como não podia deixar de ser, inócua, insensata, nada conclusiva.
SEM NOMES DEFINIDOS COMO FAZER PESQUISAS?
Essa pesquisa, e as próximas, qualquer o instituto ou o patrocinador, nenhuma definição. Depois dos três maiores partidos comunicarem, definitivamente, seus candidatos, aí sim, será possível enxergar alguma coisa, apesar do escuro, da névoa e da obscuridade.
Dona Marina tem supostos 22 pontos. Como acreditar nos super-avaliados 15 de Campos? Com Aécio, Dona Dilma vence no primeiro turno, com Serra tem que disputar o segundo. Mas o candidato do PSDB não é Aécio?
E finalmente, quem se arrisca dentro do PT: o candidato será homem ou mulher? No antigo jogo do “Submarino”, o Datafolha teria perdido o alvo, atirado no fundo do mar.
Como não tinha segurança nem dados confiáveis, o Datafolha fez todas as simulações possíveis. Dona Dilma com Marina, com Aécio, Serra, Campos. Só esqueceu ou não achou necessário, Dona Dilma e Luiz Inácio Lula da Silva.
A pesquisa está cheia de imponderáveis. Mas aceitando que as expectativas possam ter credibilidade, não há como negar. O PSB tem um “candidato” entre aspas. E o PSB provavelmente oficializará o terceiro colocado nas eleições verdadeiras.
É lógico que Campos e Aécio podem comentar: “Falta muito tempo”.
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PS – Ontem o governador escreveu na Folha. Artigo chatíssimo, sem consistência, coerência, competência. Não há dúvida: foi escrito por ele mesmo.
PS2 – Nada confortável a ambição de Campos. Ele pode se voltar contra o governo de Dona Dilma, esquecido que foi aliado dela, até a exigência de Dona Marina: “Só entro no PSB, se você sair do governo”. Saiu.
PS3 – Mas não deixou de se supor presidenciável. Pretende se eleger com os votos de Dona Marina? Dona Dilma já fez isso antes, com os votos de Lula. Só que Lula já esgotara os oito anos constitucionais.
14 de outubro de 2013
Helio Fernandes