"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

REIS DO RINGUE

Maranhão: apoio de Dilma e Lula ao comunista Flávio Dino deve reforçar o jogo pesado nos bastidores

A decisão da presidente Dilma Rousseff e do seu antecessor, o lobista Luiz Inácio da Silva, de abandonar o clã de José Sarney nas eleições de 2014 para garantir apoio a Flávio Dino, ex-deputado federal e candidato do PCdoB ao governo do Maranhão, deve ter consequências imprevisíveis.
 
É fato que jamais deve-se desprezar a força da máquina do governo em uma eleição, mas Dino, que na última eleição por pouco não derrota Roseana Sarney, também pode capitalizar a parte negativa do governo petista.
 
Dilma é um fracasso à frente do governo federal e sua equipe econômica tem colecionado um fiasco atrás do outro. Fora isso, se o governo petista fosse eficiente como anuncia a propaganda oficial, o Maranhão já teria deixado para trás a condição de mais pobre estado brasileiro. Não custa lembrar que o governo de Dilma Rousseff flana a bordo do slogan “País rico é país sem pobreza”.
 
A estratégia petista de apoiar Flávio Dino, atual presidente da Embratur, e abandonar o grupo político liderado por José Sarney tem a intenção terceira de impedir uma aliança local entre o PSB e o PCdoB, o que abriria palanque no estado para a candidatura Eduardo Campos – Marina Silva, não necessariamente nessa ordem.

O efeito colateral maior dessa decisão pode surgir de maneira camuflada no Congresso Nacional, onde o senador José Sarney consegue interferir em decisões de interesse do Palácio do Planalto.
Isso porque o golpe petista é duro e rasteiro. Se decidir concorrer ao Senado Federal, como previsto, Roseana terá de renunciar ao cargo e entregar o governo maranhense ao vice, o petista Washington Luiz Oliveira.
 
Dilma Rousseff precisará aprovar no parlamento matérias de seu interesse, que servirão como base para sua campanha. Mas a queda de braço deve se acirrar, porque o candidato da “famiglia” Sarney, o atual secretário Luís Fernando Silva (Infraestrutura), não decola nas pesquisas e poderá contar com a máquina estadual em sua plenitude na corrida rumo ao Palácio dos Leões.
 
Tirante o candidato do clã, problemas também sobram na seara de Roseana, que corre o risco de enfrentar problemas em sua campanha ao Senado em função da péssima administração.
Fosse pouco, matérias sobre o caos em que se transformou o Maranhão já circulam com a chancela do governo petista de Dilma.
Em suma, será briga de tubarões da política, em oceano turvo que mesclará José Sarney e Lula.

14 de outubro de 2013
ucho.info

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