"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

JUSTIÇA SEJA FEITA, AINDA QUE OS CÉUS VENHAM ABAIXO


Na dúvida entre salvar a economia, as instituições ou a governabilidade, mantemos o país eternamente afastado da Justiça. Por Eduardo Perez

Fiat justitia ruat caelum, a expressão latina que significa “seja feita justiça, ainda que os céus caiam”.

Mesmo que seja possível relacioná-la à antiguidade, atribuindo-a a Lucius Calpurnius Piso Caesoninus (43 a.C.), seu uso é relativamente moderno, retrocedendo ao século XVIII, merecendo até citação de David Hume, apesar deste autor considerar a justiça um artifício que pode vir a ser contrário ao interesse público.

O seu significado é bastante claro: a justiça deve prevalecer acima de quaisquer consequências.

Essa frase é sempre oportuna de ser lembrada no Brasil, um país que vive de escândalos abafados e intrigas palacianas, mas sua reflexão se torna urgente quando a turma do status quo decide dizer que não é o momento de afastar um presidente pego em gravação constrangedora em que se conjuram esquemas de corrupção.

O mesmo argumento foi usado com relação à presidente anterior, vítima de impeachment, e tem sido gasto à exaustão como um dos elementos a justificar a liberdade de um ex-presidente, réu em ações criminais em andamento.

Também com relação às empresas envolvidas nos escândalos de corrupção, argumenta-se que elas não podem sofrer toda a pressão da lei, considerando a economia e os empregos que geram.

O fato todo ainda é bem recente. Ontem, 17 de maio e 2017, era divulgada gravações envolvendo o atual presidente e um senador da República. Hoje, o mercado brasileiro derrete: a Bolsa de Valores sofreu um circuit breaker, dólar dispara.

O argumento de que é péssimo para a economia do país que os políticos envolvidos sofram a sanção da Justiça ganha força. Será?



É verdade que o país passará por uma situação de abalo. Há indícios pungentes de que os grandes partidos políticos estão envolvidos em casos de corrupção, grandes figuras da República estão tendo seus atos sórdidos revelados ao público. Executivo e Legislativo comprometidos, e não parou por aí. Outras instituições correm risco.

Para manter a estabilidade do país devemos fechar os olhos à corrupção e permitir a impunidade?

Sem pensar, o raciocínio parece coerente. Uma urgência temporária. Mas e se pensarmos a respeito?

Chegamos onde chegamos após décadas de corrupção e dilapidação do patrimônio público, ou melhor, do dinheiro do contribuinte, já que é de onde vem a renda do Estado.

Agora, a melhor proposta para o povo, aquele que banca o cabaré e só é chamado para limpar o chão depois das festas, é manter as coisas como estão. Aceitar a corrupção das altas esferas como um elemento ínsito à brasilidade.

Exemplificando, é como se tivéssemos uma árvore podre por dentro em frente à nossa casa. Alta, robusta, mas podre e tendente a cair a qualquer momento. Em vez de cortá-la, os cupins aparecem e sugerem que somente podemos alguns galhos, aqueles mais próximos ao chão.

Ora, essa árvore cairá em algum ponto, estrondosamente. Esmagará nossa casa, talvez mate a nós, nossos filhos, nossos parentes.

Ainda, é o marido, ou a esposa, traído que pega o traidor no ato, mas ouve dele a proposta de manter o casamento, afinal, seria economicamente incômodo para ambos ter que resolver a questão patrimonial.

Em outras palavras, o povo foi vítima dos atos de corrupção e a melhor proposta dos especialistas é que ele continue sendo vitimado. Para melhorar sua condição? Aparentemente, só para não ficar pior. No fundo, é para garantir a impunidade dos agentes criminosos.

O raciocínio é ainda mais sombrio. A ideia é de que aplicar a Justiça contra os corruptos em situação de poder econômico e/ou financeiro desestabilizaria o país, mesmo diante de provas incontestes de sua conduta, equivale a dizer que o capital nacional e estrangeiro não se importa com a corrupção, desde que ele tenha segurança para continuar a lucrar.

Lógico que podemos falar em instabilidade da economia, retração do mercado, receio de medidas econômicas agressivas, confisco e outras intercorrências próprias de um governo que não se sustenta. Contudo, se a proposta é de que a manutenção de um governo corrupto é melhor (para quem?) do que a aplicação da lei contra os agentes criminosos, resta inconteste a conclusão do parágrafo anterior.

É muito mais preocupante entender a corrupção como um sistema de normalidade institucional do que limpar o Brasil, ainda que se tenha que abalar as fundações e reconstruir o Estado.

Uma história curiosa ligada indiretamente à expressão latina que abre esse texto é a passagem histórica de quando Alexandre, o Grande, recebeu o povo celta do Adriático. Questionando aquela raça alta e robusta sobre o que mais temiam, na expectativa de ouvir seu nome, teve a resposta de que os celtas não temiam ninguém, mas apenas que o céu lhes caísse sobre a cabeça, situação utilizada amiúde no quadrinho do Asterix.

Devemos nós, o povo da planície, temer que o céu caia sobre nossas cabeças? Mais perto dele, céu, estão os olimpianos que compõem a alta casta política brasileira, desde os mais poderosos até os pequenos serviçais, humoristas e canetas de aluguel, defendendo a manutenção de um status quo onde a população continua a sustentar o paraíso dos corruptos sobre suas costas, agora sem nem mesmo previsão de se aposentar.

Há informações públicas de que a empresa de um dos sócios que fez essa delação e divulgou as gravações estaria lucrando, hoje, com a alta do dólar, a mesma empresa que teria sido supostamente notificada de forma prévia da queda da taxa SELIC pelo mesmo presidente, dados com os quais obteve lucro.

Se o céu não cair sobre nossas cabeças, inevitavelmente o chão abrirá para nos engolir, o mesmo chão do qual estamos tão próximos, horizontalizados na exploração da alta carga tributária, da violência e da corrupção endêmica.

A Justiça deve prevalecer, não importam as consequências. De outra forma estaremos sinalizando que existem pessoas impermeáveis à lei, cujos atos não são alcançados pelo Estado organizado, levando à conclusão de que, ou se aceita a imunidade desses atores, ou se derruba o Estado, ambas soluções trágicas e que em seu bojo trazem violência, fome, doença e morte.

O trabalho executado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, e as decisões do Judiciário, estão mostrando a verdadeira face do Brasil. Ao povo compete decidir se colocará suas ideologias e preferências partidárias acima da razão, ou se dirá “queremos Justiça, ainda que caiam os céus”.


09 de junho de 2017
Eduardo Perez

O CIRCO DO JULGAMENTO DO MICHEL TEMER PROSSEGUE SEM MAIORES CONSEQUENCIAS

O circo do julgamento de Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral prossegue, sem qualquer consequência prática até o momento. 
O circo prossegue sendo acompanhado pelo jornalismo de torcida de veículos como O Antagonista e os veículos das Organizações Globo, que escolheram um lado no picadeiro da encenação. 
Como observamos em nota anterior de nossa seção de CN NEWS, não haverá julgamento algum no TSE no sentido jurídico próprio da palavra. 
O que ocorrerá é apenas mais um capítulo da disputa política que é travada na classe política e no estamento burocrático, uma disputa da qual participam as próprias esferas do judiciário aparelhadas e corrompidas. 
O desfecho dessa disputa ainda é incerto, mas por ora acreditamos ser mais provável que ela se resolva em favor do presidente.

09 de junho de 2017
critica nacional

NASA CONFIRMA QUE EGO DE GILMAR MENDES PODE SER VISTO DA LULA

Agência espacial achou que fosse o muro de Trump

O presidente do TSE, Gilmar Mendes durante o terceiro dia de sessão do julgamento da chapa Dilma-Temer em Brasília - 08/06/2017 (Evaristo Sa/AFP)

A agência espacial americana detectou uma grande mancha na terra essa semana. A Nasa confirmou que trata-se do ego do ministro Gilmar Mendes, que pôde ser observado de um satélite. Inicialmente chegou-se a pensar que fosse alguma construção, como o muro de Donald Trump, mas uma análise preliminar logo mostrou que o objeto vinha de Brasília.

Durante o julgamento da chapa Dilma Temer, Mendes chegou a dizer que tudo o que a ação só estava indo a plenário graças a ele. Mendes só faltou também dizer que o homo sapiens está na terra há cem mil anos a mais do que se imaginava também graças a ele.

Procurado pela reportagem, Gilmar Mendes disse apenas que é modesto. O mais modesto de todos os modestos, modéstia às favas.


09 de junho de 2017
in sensacionalista

MPF QUER PUNIR SHEHERAZADE POR "EXCESSO DE LIBERDADE DE EXPRESSÃO E MOSTRA QUE SERVE AO PIOR TIPO DE AUTORITARISMO



A Procuradoria Regional da República da 3ª Região (PRR3) quer censurar o SBT por ter “deixado” que Rachel Sheherazade desse uma opinião em 2014. Na época, a apresentadora comentou a ação de um grupo de pessoas que, em legítima defesa, flagrou e prendeu um bandido a um poste na Zona Sul do Rio de Janeiro. As informações são do ILISP.

Rachel apenas refletiu a opinião do povo ao dizer que a ficha do criminoso estava “mais suja do que pau de galinheiro”. Em linha com o povo sofrido, ela compreendeu a ação dos cidadãos: “O contra-ataque aos bandidos é o que eu chamo de legítima defesa coletiva de uma sociedade sem estado contra um estado de violência sem limite”.

Em surto de autoritarismo, na apelação a ser julgada pelo Tribunal Regional Federal (TRF3), o procurador regional da República Walter Claudius Rothenburg decidiu contestar sentença da primeira instância que julgou improcedente a ação civil pública ajuizada em setembro de 2014 pelo Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC).

“A ação civil pública foi proposta pelo MPF com o objetivo de salvaguardar a integridade física e psíquica de um adolescente vítima de violência, assim como de proteger o público em geral de mensagens que incitam a violência em um contexto social tão fortemente marcado pelo desrespeito aos direitos fundamentais”, alegou.

Agora, Rothenburg quer que o SBR veicule um quadro com a retratação dos comentários da jornalista, sob pena de multa de R$ 500 mil por dia de descumprimento. A veiculação deverá esclarecer aos telespectadores que a incitação à violência não encontra legitimidade no ordenamento jurídico e constitui atividade criminosa ainda mais grave do que os crimes de furto que haviam sido imputados ao adolescente agredido. Para mostrar que autoritarismo pouco é bobagem, o MPF ainda pede que a rede de TV seja condenada a pagar R$ 532 mil de indenização por dano moral coletivo, calculada com base nos valores das inserções comerciais veiculadas pelo canal.

Para Rothenburg diz que o SBT deve ser responsabilizado pelo “exercício abusivo e exorbitante dos direitos de livre expressão e informação”, numa das declarações mais vergonhosas que algum censor já disse em todos os tempos.

Está aí mais uma atitude do MPF que só seria cabível em um país anticivilizacional como a Venezuela. Vale lembrar que toda a palhaçada começou ainda em 2014 com uma encenação de Jandira Feghali e Ivan Valente (autoritários ao limite) querendo retirar verbas do SBT a partir de critérios vagos.

Enquanto isso, a extrema-esquerda segue dizendo que “é compreensível” que o Champinha tenha matado Liana Friedenbach. A única coisa que não pode ser considerada “compreensível” é o revide do povo contra a violência.

Como se nota, sem critérios vagos, não há censura sutil que funcione. Os que ainda prezam a civilização devem pressionar e ridicularizar o MPF por essa atrocidade.

Censura nesse nível não é coisa de país civilizado.


09 de junho de 2017
ceticismo político

CONTRA FATOS NÃO HÁ IRONIAS

A firmeza e a clareza do ministro Herman Benjamin na exposição de seus argumentos tem o condão de inibir as ironias de Gilmar Mendes



O relator Herman Benjamin durante o julgamento da Chapa Dilma/Temer no TSE em Brasília - 06/06/2017 (Evaristo Sá/AFP)
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A irrepreensível firmeza e a inquestionável clareza com que o ministro relator vem expondo seus argumentos nesses três dias de julgamento no Tribunal Superior Eleitoral, tiveram um efeito evidente sobre o ministro Gilmar Mendes. 
Irônico, provocativo e em boa medida deseducado no primeiro dia em relação a Herman Benjamin, o presidente do TSE mudou de atitude. 
Deixou de lado as ironias para se referir ao relato do colega de modo bastante mais respeitoso. Sereno, e ao mesmo tempo contundente, o relator impôs ao ambiente um clima desfavorável a performances individuais. 
Em outras palavras, mostrou a Gilmar Mendes que brincadeira tem hora.
09 de junho de 2017
Dora Kramer
VEJA

AO DECIDIR EM FAVOR DE TEMER, TSE DÁ AOS BRASILEIROS DE BEM A CANDIDATURA DE DILMA COMO PRESENTE

(Alan Marques – Folhapress)


Brincadeira de péssimo gosto. Gostem ou não a maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), isso é o que se pode dizer sobre o esperado resultado do julgamento da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer.

Com maioria já formada pela não cassação da chapa, o que favorece o presidente Michel temer, que permanecerá no cargo e alongará a crise política que chacoalha o País, a aguardada decisão é certamente o maior escárnio da Corte eleitoral, que por motivos suspeitos preferiu descartar os depoimentos bombásticos do empresário Marcelo Bahia Odebrecht e dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, que confirmaram não apenas o uso caixa 2 pela campanha de Dilma Rousseff em 2014, mas o recebimento de dinheiro de propina do Petrolão.

Os rapapés discursivos dos ministros favoráveis a Temer foram tantos, que o julgamento transformou-se em espetáculo enfadonho e decadente, o qual mostra que o Brasil é uma nação sem saída e refém da corrupção e dos conchavos entre os Poderes constituídos.

O viés détraqué do julgamento alcançou seu ápice quando o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, afirmou que o processo em si e o hercúleo trabalho do relator servirão para que o Brasil conheça como acontecem as eleições. Os brasileiros há muito sabem que a política verde-loura dá-se à sombra da rapinagem e dos escambos criminosos, não sendo necessárias explicações adicionais. Aliás, o próprio julgamento foi a derradeira e magna aula sobre o modus faciendi da política.

Não bastasse a grave crise econômica enfrentada pelo País, a maior da história nacional, a crise política, com a não cassação da chapa Dilma-Temer, há de se prolongar e agravar, pois o presidente da República terá pela frente uma insana batalha para manter-se no cargo, exigindo que questões primordiais sejam deixadas de lado.

Como se os brasileiros de bem merecessem esse resultado vergonhoso de um julgamento que esperava-se seria moralizador, os ministros do TSE favoráveis a Michel Temer darão ao País um presente no melhor estilo cavalo de Troia. Isso porque a decisão pela não cassação da chapa manterá elegível a ignara Dilma Rousseff, responsável, juntamente com Lula, pelo período mais corrupto da história brasileira.

Não se pode esquecer que, na contramão da lógica jurídica, o Judiciário vem atropelando sem cerimônia a legislação vigente, pois no processo de impeachment um acordo bandoleiro e de última hora, entre esquerdistas coléricos e o ministro Ricardo Lewandowski, não suspendeu os direitos políticos de Dilma, em mais um atentado contra a Constituição.

Se os brasileiros ainda têm forças para manter a esperança – o UCHO.INFO está certo de que é preciso mantê-la – o melhor caminho é interromper o silêncio obsequioso e despertar para a realidade. Assistir a uma sequência de absurdos sem qualquer reação, como se a maioria estivesse em estado letárgico, é conivência espúria.


09 de junho de 2017
ucho.info

FILHO DE MINISTRO DO TSE TENTA INVADIR PLENÁRIO DO JULGAMENTO

HOMEM NÃO ESTAVA COM TRAJE EXIGIDO PARA ACESSAR PLENÁRIO

FILHO DE NAPOLEÃO MAIA FICOU IRRITADO AO SER ESCOLTADO POR SEGURANÇAS ATÉ ENTRADA PRIVATIVA DA CORTE (FOTO: REPRODUÇÃO/TVGLOBO)

Durante julgamento da ação da chapa Dilma-Rousseff no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na sessão desta sexta-feira, 9, um filho do ministro Napoleão Nunes Maia – um dos sete julgadores do TSE – passou correndo pelo detector de metais e foi barrado pelos seguranças na porta do plenário. Com roupa esportiva, o intruso demonstrava nervosismo e segurava um envelope amarelo diante de uma barreira de agentes que se formou para detê-lo. A assessoria de imprensa do TSE confirmou o parentesco do homem com o ministro.

Um segurança tentou acalmar o filho de Napoleão. O homem insistia para entrar no plenário. O segurança, então, ameaçou dar voz de prisão. "Então dê", desafiou o filho do ministro, que em seguida começou a mexer no celular. Outros seguranças foram chamados.

Após a chegada de cinegrafistas e fotógrafos, o intruso foi levado pelos seguranças até uma das saídas de emergência do subsolo da corte eleitoral. Antes da saída do filho, o ministro Napoleão deixou o julgamento e chegou até a porta do plenário. Não foi possível ouvir se os dois conversaram algo. O envelope não foi repassado ao ministro.

Ao longo da sessão desta manhã, 9, Napoleão demonstrou um semblante fechado. Em certo momento, os ministros Gilmar Mendes e Luiz Fux foram até a sua cadeira para conversar e bater em seu ombro. Na edição desta sexta-feira, o jornal Valor Econômico publicou que Napoleão teria sido citado em conversas de executivos da empreiteira OAS em acordos prévios de delação.

Na colaboração premiada da JBS, um delator levantou suspeita sobre o ministro. O executivo da JBS Francisco de Assis e Silva, conforme publicado pelo Estado, disse em sua delação que o Napoleão teria intercedido em favor da JBS em ação contra Joesley Batista e contra a Eldorado Celulose, empresa da holding J&F. O caso foi mencionado no âmbito da Operação Greenfield. O ministro afirma que não conhece os envolvidos e que não interferiu em assuntos relacionados à Eldorado.

Durante o julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, o ministro é um dos que defendem a exclusão de todas as delações feitas recentemente na análise das contas da campanha presidencial. Desde a confusão de tentativa de entrada do intruso no plenário, Napoleão não voltou ao julgamento.

A assessoria de imprensa do TSE informou que o filho do ministro foi barrado na porta do plenário por não estar vestido de paletó e gravata, uma exigência dos tribunais. Ele foi acompanhado pela segurança e por assessores do ministro até a entrada privativa para encontrar com o pai, ressaltou a assessoria. (AE)


09 de junho de 2017
diário do poder

COMO JUIZ, NÃO VOU SER O COVEIRO DE PROVA VIVA. POSSO ATÉ PARTICIPAR DO VELÓRIO

'CÚMULO DO CINISMO'

PROCURADOR VÊ ‘CEGUEIRA INTENCIONAL DA MAIORIA DOS MINISTROS DO TSE’
SANTOS LIMA APONTA O 'CÚMULO DO CINISMO' DA CLASSE POLÍTICA

EM MENSAGENS EM SUA REDE SOCIAL, CARLOS FERNANDO DOS SANTOS LIMA, DA FORÇA-TAREFA DA LAVA JATO APONTA PARA O 'VERDADEIRO CÚMULO DO CINISMO' EM RELAÇÃO À CORRUPÇÃO E, MAIS AINDA, EM RELAÇÃO AOS MINISTROS DO TSE (FOTO: RODOLFO BUHRER/ESTADÃO CONTEÚDO)

O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná criticou nesta sexta-feira, 9, o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em postagem no Facebook, Santos Lima disse que há uma “cegueira intencional” da maioria dos ministros da Corte.

“A sucessão de denúncias de corrupção no Brasil só mostra o cúmulo do cinismo de nossa classe política, segundo o cientista político francês Olivier Dabène. Mas na verdade o verdadeiro cúmulo do cinismo é a cegueira intencional da maioria dos ministros do TSE em relação à corrupção exposta pelo acordo do Ministério Público Federal com a Odebrecht”, escreveu.

O tribunal eleitoral julga desde a terça-feira, 6, a chapa vencedora da eleição de 2014 por abuso de poder econômico e político, apedido do PSDB. Votam os ministros Herman Benjamin, relator do processo, Luiz Fux, Rosa Weber, Gilmar Mendes, Napoleão Nunes Mais, Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira. A maioria, no entanto, já indicou voto contrário ao relator, que defende a cassação da chapa.

Para o procurador, ‘deve-se parar de fingir que nada aconteceu’. “Deve-se parar de desejar a retomada da economia, ou pior, a manutenção desse ou aquele partido no poder à custa da verdade. Cinismo é fingir que tudo está superado apenas porque o PT saiu do governo. A corrupção é multipartidária e institucionalizada. Ela é a maneira pela qual se faz política no Brasil desde sempre. Ou acabamos com a corrupção, ou a corrupção acaba com o Brasil.”


09 de junho de 2017
diário do poder

MINISTRO HERMAN BENJAMIN VOTA PELA CASSAÇÃO DA CHAPA DILMA/TEMER

O RELATOR CONSIDEROU PERTINENTES AS ACUSAÇÕES DE ABUSOS DE PODER

"POSSO ATÉ PARTICIPAR DO VELÓRIO, MAS NÃO CARREGAR O CAIXÃO", AFIRMOU BENJAMIN

Após quatro horas, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Herman Benjamin acaba de declarar seu voto favorável à cassação da chapa Dilma-Temer.

O relator do caso considerou pertinentes as acusações de abusos de poder econômico e político na disputa à Presidência da República em 2014.

Benjamin apontou como demonstração de abuso o acúmulo de recursos de propina paga pelas empreiteiras que obtiveram contratos com a Petrobras. “Os partidos que encabeçaram a coligação Com a Força do Povo acumularam recursos de ‘propina-gordura’, ou ‘propina-poupança' .Trata-se de abuso de poder político e ou econômico em sua forma continuada".

Outra alegação do relator é o episódio que envolve o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura que recebeu a propina paga pelo Grupo Keppel Fels no valor de US$ 4,5 milhões, pela obtenção dos contratos com a Petrobras e a Sete Brasil para a construção de navios-sonda. “Que os pagamentos sejam relacionados a débitos de 2010, 2012, isso é irrelevante, porque sem esses pagamentos, os marqueteiros não fariam a campanha de 2014”.

Outro ponto destacado pelo juiz é o pagamento feito pela Keppel Fels para o PT, que foi repassado para a campanha da ex-presidente Dilma Rousseff. “O partido foi apenas uma espécie de entreposto entre quem efetivamente estava pagando e quem efetivamente estava se beneficiando”.

No entendimento de Benjamin, a necessidade de cassação da chapa se justifica pelo “conjunto da obra”.

O ministro finalizou sua fala com a seguinte declaração: "Posso até participar do velório, mas não carregar o caixão." Benjamin afirmou que como juiz, se recusa a fazer o papel de "coveiro de prova viva".

A decisão final sobre o destino da chapa depende do voto dos demais ministros. Agora, os ministros devem votar na seguinte ordem: Napoleão Nunes Maia, Admar Gonzaga, Tarcisio Vieira, Rosa Weber, Luiz Fux, e o presidente do Tribunal, Gilmar Mendes. A sessão foi encerrada para intervalo de almoço, a previsão é que os ministros voltem às 14h.


09 de junho de 2017
francine marquez
diário do poder

O JULGAMENTO DO TSE SOBRE A CHAPA DILMA/TEMER É UMA FARSA

ADVOGADO CESAR BITTENCOURT, QUE DEFENDE ROCHA LOURES, O HOMEM DA MALA, É QUESTIONADO

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09 de junho de 2017
postado por m.americo

ARAMARAM UMA CILADA PARA BOLSONARO E NINGUÉM PERCEBEU

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IMPERDÍVEL! GENERAL ETCHEGOYEN PROCESSOU A COMISSÃO NACIONAL DA "VERDADE"

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TEATRO, CIRCO, A DECADÊNCIA DO JUDICIÁRIO. JULGAMENTO DO TSE CAUSA INDIGNAÇÃO

CACETADA! JANAÍNA PASCHOAL E PROCURADOR DA LAVA JATO ARREBENTAM A FARSA DO TSE