"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 6 de agosto de 2016

BRASIL É O SEGUNDO MAIOR CONSUMIDOR DE COCAÍNA DO MUNDO



O Brasil é o segundo maior consumidor de cocaína do mundo e os voos comerciais procedentes do país rumo à África têm sido um dos principais instrumentos para fazer a droga chegar à Europa, anunciaram nesta quarta-feira as Nações Unidas. "O Brasil é o segundo consumidor por volume, não por renda, porque os preços são mais baixos porque os brasileiros não têm dinheiro suficiente para um preço alto", informou a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE), organismo das Nações Unidas, em um estudo referente ao ano de 2015.

Conforme o órgão, o oeste da África é uma das regiões-chave do mercado mundial de drogas, que funciona como ponte para os entorpecentes procedentes da América do Sul com destino à Europa. O Marrocos, em particular, está modificando seu papel no panorama internacional do narcotráfico, com a diminuição, desde 2012, da apreensão de haxixe (resina de maconha) e do aumento do transporte aéreo de cocaína. Ainda de acordo com o informe, a América Central recebe parte da cocaína por via aérea procedente da fronteira entre a Colômbia e a Venezuela.

"A região da América Central e do Caribe continua sendo um importante fornecedor de maconha e uma rota de trânsito da cocaína destinada à América do Norte e à Europa", destacou a JIFE. "Continua-se traficando cocaína da zona fronteiriça entre Colômbia e Venezuela para pistas de pouso situadas na América Central e no Caribe", acrescentou o texto, após ressaltar que a região sofre com a violência ligada ao narcotráfico.

No Mar do Caribe, "continuam sendo usadas rotas marítimas mais consolidadas que atravessam o Haiti e a República Dominicana", acrescentou. "Organizações localizadas ao longo da costa caribenha do Panamá coordenam a recepção de lanchas rápidas de várias organizações da Colômbia", lembrou. Na Colômbia, que se mantém como principal produtor de folha de coca, insumo da cocaína, a JIFE ressaltou o aumento do consumo interno e os problemas vinculados ao tráfico em pequena escala.

"Os problemas de consumo em regiões produtoras de droga acabam sendo sempre muito grandes", disse o membro da JIFE Francisco Thoumi, ao apresentar o estudo em Bogotá, e deu como exemplo o Paquistão, grande produtor de papoula, base da heroína, e onde "existem atualmente 2 milhões de dependentes" deste alcaloide. Thoumi explicou que a Colômbia tem cada vez mais problemas para colocar a droga no mercado internacional, especialmente afetado pela queda de 20% da demanda de cocaína nos Estados Unidos.



06 de agosto de 2016
políbio braga

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