O problema vem do andar de cima.
Muita gente torce para alguma indicação mais concreta de que o modelo econômico, visto por quase todos como equivocado, finalmente será alterado.
Concessões mais amigáveis aos investidores, fim da contabilidade criativa e maior rigor no combate a inflação.
Compram sonhos.
Não só nenhum dos principais nomes envolvidos na concepção do modelo foi rifado apesar dos fracassos, como é preciso constatar que a cabeça da Hidra está um andar acima.
Guido Mantega e Luciano Coutinho, por exemplo, exercem sua influência na medíocre gestão da economia, sem dúvida. Só que não basta demiti-los – o que sequer foi feito, pois a crença no nacional-desenvolvimentismo está enraizada em quem dá as cartas.
É o que sustenta Rogério Werneck em sua coluna de hoje no GLOBO, “Um governo em apuros”. Ele diz:
A esta altura, qualquer esforço sério de restauração da credibilidade da política fiscal exigiria mudança da equipe econômica. Algo que o governo obviamente não está disposto a fazer. Não obstante o lamentável desempenho da economia e a extensão do descrédito da política fiscal, a presidente não parece ter intenção de fazer qualquer alteração maior na equipe econômica, seja na Fazenda, seja no Tesouro, seja no BNDES.
Isso sugere que o problema de falta de credibilidade da política econômica é de solução bem mais difícil do que em geral se pensa. É preciso levar mais a sério o que diz a presidente Dilma, quando se dá ao trabalho de esclarecer, com todas as letras, que, na verdade, a central de formulação e condução da política econômica está instalada no terceiro andar do Palácio do Planalto. Só não entende quem não quer.
Exato. Quem determina os rumos das políticas econômicas é a própria presidente.
Ela que tem endossado os malabarismos todos, o grau assustador de intervencionismo estatal, o congelamento de preços, os subsídios do BNDES.
A visão distorcida acerca do funcionamento da economia não é apenas do segundo escalão, que por lábia aguçada teria persuadido a chefona. É da própria chefe!
E agora, com apenas um dado de crescimento acima do esperado, sendo que todas as previsões já apontam para recuo no próximo trimestre, o governo voltou a vender euforia e ridicularizar os “pessimistas”.
Já vimos o fundo do poço, diz Mantega, mais torcedor que qualquer coisa.
Com isso, o equívoco ganha sobrevida. A equipe que vem adotando tantas medidas erradas respira aliviada, aumentando o grau de tensão do mercado.
Menos pressão para mudar o rumo. Mais problemas à frente. Tudo devidamente apoiado pela própria presidente Dilma.
Concessões mais amigáveis aos investidores, fim da contabilidade criativa e maior rigor no combate a inflação.
Compram sonhos.
Não só nenhum dos principais nomes envolvidos na concepção do modelo foi rifado apesar dos fracassos, como é preciso constatar que a cabeça da Hidra está um andar acima.
Guido Mantega e Luciano Coutinho, por exemplo, exercem sua influência na medíocre gestão da economia, sem dúvida. Só que não basta demiti-los – o que sequer foi feito, pois a crença no nacional-desenvolvimentismo está enraizada em quem dá as cartas.
É o que sustenta Rogério Werneck em sua coluna de hoje no GLOBO, “Um governo em apuros”. Ele diz:
A esta altura, qualquer esforço sério de restauração da credibilidade da política fiscal exigiria mudança da equipe econômica. Algo que o governo obviamente não está disposto a fazer. Não obstante o lamentável desempenho da economia e a extensão do descrédito da política fiscal, a presidente não parece ter intenção de fazer qualquer alteração maior na equipe econômica, seja na Fazenda, seja no Tesouro, seja no BNDES.
Isso sugere que o problema de falta de credibilidade da política econômica é de solução bem mais difícil do que em geral se pensa. É preciso levar mais a sério o que diz a presidente Dilma, quando se dá ao trabalho de esclarecer, com todas as letras, que, na verdade, a central de formulação e condução da política econômica está instalada no terceiro andar do Palácio do Planalto. Só não entende quem não quer.
Exato. Quem determina os rumos das políticas econômicas é a própria presidente.
Ela que tem endossado os malabarismos todos, o grau assustador de intervencionismo estatal, o congelamento de preços, os subsídios do BNDES.
A visão distorcida acerca do funcionamento da economia não é apenas do segundo escalão, que por lábia aguçada teria persuadido a chefona. É da própria chefe!
E agora, com apenas um dado de crescimento acima do esperado, sendo que todas as previsões já apontam para recuo no próximo trimestre, o governo voltou a vender euforia e ridicularizar os “pessimistas”.
Já vimos o fundo do poço, diz Mantega, mais torcedor que qualquer coisa.
Com isso, o equívoco ganha sobrevida. A equipe que vem adotando tantas medidas erradas respira aliviada, aumentando o grau de tensão do mercado.
Menos pressão para mudar o rumo. Mais problemas à frente. Tudo devidamente apoiado pela própria presidente Dilma.
30 de agosto de 2013
Rodrigo Constantino
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