"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

PIMENTEL USOU MESMO A GRÁFICA ENVOLVIDA NA LAVA JATO



http://www.ebc.com.br/sites/_portalebc2014/files/atoms_image/pimentel.jpg
Fernando Pimentel começa a se enrolar na Lava Jato
A campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), pagou R$ 440 mil a uma empresa que é citada na operação Lava Jato como suspeita de repassar propina ao ex-deputado André Vargas (sem partido-PR). A gráfica MPV7 caiu na investigação sobre o esquema de corrupção na Petrobras por ter feito diversos depósitos na conta de uma empresa fantasma mantida pelo paranaense, entre 2011 e 2014.
O dinheiro era pago por indicação da agência de publicidade Borghi/Lowe. Ela subcontratava firmas para executar serviços e, em troca, pedia que essas entidades repassassem parte dos ganhos à conta da LSI, empresa de fachada do ex-deputado.
Vargas se desfiliou do PT em 2014, quando o escândalo na Petrobras já havia estourado. Ele foi preso em abril passado, denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro.
A MPV7 foi a quarta maior fornecedora de material de propaganda da campanha de Pimentel ao governo mineiro, em 2014. Segundo a prestação de contas entregue pelo comitê do petista, a empresa foi contratada para fornecer folhetos, placas e faixas.
71 NOTAS SEGUIDAS
Ao todo, a campanha de Pimentel pagou R$ 439,7 mil à MPV7. O montante está distribuído em 72 notas fiscais, com datas que vão de julho a setembro. Os registros mostram que a campanha petista chegou a fazer até 30 pagamentos em um só dia, descritos em notas separadas. Dos 72 recibos, 71 são sequenciais.
Em novembro de 2014, a equipe que fiscaliza a prestação de contas dos candidatos no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Minas achou irregularidades no caixa do petista. Entre elas estava a “omissão” de despesas com gráficas que trabalharam para Pimentel, como a MPV7.
Na checagem dos dados, o controle interno do TRE encontrou ao menos 13 peças publicitárias produzidas pela MPV7 que não tinham sido declaradas à Justiça. Pimentel retificou essas informações, mas não conseguiu esclarecer todas as pendências. Suas contas de campanha foram reprovadas.
MULTA DE 52 MILHÕES
O petista foi condenado a uma multa de R$ 52 milhões e recorreu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para reverter a decisão. O processo ainda não foi julgado.
Os auditores do TRE também flagraram peças produzidas pela Gráfica Editora Brasil, de Benedito Oliveira, fora da prestação de contas de Pimentel. Conhecido como Bené, o empresário foi preso pela Polícia Federal na semana passada acusado de comandar um esquema de lavagem de dinheiro.

08 de junho de 2015
Daniela Lima e Bela Megale
Folha

Nenhum comentário:

Postar um comentário