O ex-presidente do Conselho de Administração da Sete Brasil, Newton Carneiro da Cunha, afirmou na CPI da Petrobras que a empresa vai quebrar caso não se concretize a injeção de US$ 4 bilhões prevista em acordo de sócios e credores.
Para ele, a Sete Brasil foi “vítima” da corrupção. Cunha declarou não ter tomado conhecimento dos pagamentos de propina a dirigentes da empresa, relatada pelo ex-diretor Pedro Barusco, delator da Operação Lava Jato.
A Sete Brasil é uma empresa criada com o apoio da Petrobras para viabilizar a construção, no Brasil, de sondas de perfuração usadas na exploração do petróleo no pré-sal. Após o envolvimento da empresa nas denúncias de corrupção, os projetos entraram em crise por falta de recursos e houve paralisação da construção das sondas.
“Se não houver o empréstimo, haverá a quebra da empresa e todos nós vamos perder, tanto a Petros, os investidores e os trabalhadores que perderão o emprego”, afirmou, durante depoimento à CPI da Petrobras na Câmara.
Cunha também havia ocupado a diretoria da Petros, fundo de pensão dos trabalhadores da Petrobras, que é um dos acionistas da Sete Brasil.
SONDAS PARALISADAS
Na avaliação dele, a injeção de recursos vai permitir a retomada das sondas paralisadas. “Certamente as [sondas] paradas retomariam a construção, dando uma perspectiva de continuidade da empresa, para todos nós investidores é o que queremos. A perspectiva de recebimento dos investidores continua presente e para o país é de fundamental importância”, disse à comissão.
Segundo ele, as investigações internas feitas pela Sete Brasil não detectaram a corrupção apontada por Barusco. “Nas apurações realizadas não ficou evidenciado absolutamente nada”, disse o executivo.
De acordo com Barusco, empreiteiras pagaram comissões a ele e ao então presidente da Sete Brasil, João Carlos Ferraz.
Também ouvido pela CPI, Ferraz compareceu munido de um habeas corpus concedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) que lhe deu o direito de ficar calado. Por isso, não respondeu às perguntas dos parlamentares e não comentou as acusações do recebimento de propina.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Parodiando Caetano Veloso, pode-se dizer que a falência da Sete Brasil é a coisa mais certa de todas as coisas. É uma empresa de papel, não existe, nunca existiu, não tem ativos e acumula passivos. Foi criada para “terceirizar” a construção de sondas para explorar o pré-sal, como se a Petrobras precisasse desse tipo de intermediação, que só faz aumentar os custos. Os estaleiros foram contratatados pela Sete Brasil para fabricar as sondas, e a “empresa” não tem dinheiro para pagar. É um escândalo dentro do outro escândalo, mostrando a que ponto chegou a corrupção na Petrobras e no governo brasileiro. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Parodiando Caetano Veloso, pode-se dizer que a falência da Sete Brasil é a coisa mais certa de todas as coisas. É uma empresa de papel, não existe, nunca existiu, não tem ativos e acumula passivos. Foi criada para “terceirizar” a construção de sondas para explorar o pré-sal, como se a Petrobras precisasse desse tipo de intermediação, que só faz aumentar os custos. Os estaleiros foram contratatados pela Sete Brasil para fabricar as sondas, e a “empresa” não tem dinheiro para pagar. É um escândalo dentro do outro escândalo, mostrando a que ponto chegou a corrupção na Petrobras e no governo brasileiro. (C.N.)
20 de junho de 2015
Aguirre Talento
Folha
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