"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 5 de março de 2014

PEMEDEBISTAS QUE SE QUEIXARAM DO PT REPRESENTAM MEIO MILHÃO DE VOTOS



 
O clima de insatisfação entre os parlamentares do PMDB com o governo e com o PT transformou as redes sociais num palco dessas divergências. Bastou o líder pemedebista na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), usar seu twitter para dizer que se convencia a cada dia que a aliança nacional com o PT precisava ser repensada por conta da falta de respeito do aliado, para que colegas de partido entrassem na conversa e reforçassem as críticas.
 
O deputado federal gaúcho Osmar Terra endossou a queixa do líder: “O PT nunca respeitou o PMDB. Somos só 6 minutos de Propaganda eleitoral para eles. Nada mais”, disse, respondendo ao twitter de Cunha.
 
Na mesma conversa, o deputado baiano Lúcio Vieira Lima foi mais longe no ataque aos petistas: “O PT gosta de falar mal do PMDB, tá fácil de resolver, não nos queira na aliança”, tuitou.
 
Um eventual rompimento com o governo federal e PT ainda parece improvável. Mas o tom de insatisfação dos parlamentares envolvidos na discussão mostra que pode se tornar difícil para o governo ter o comprometimento desses, em tese, aliados, durante sua campanha.
 
Os números são claríssimos e mostram o tamanho do prejuízo eleitoral que o governo pode ter com a crise de relacionamento com os parlamentares do PMDB. Levando em conta apenas os três deputados que se dispuseram a disparar críticas públicas pelo twitter contra a aliança com o PT, em plena terça-feira gorda, o saldo é pesado.
 
Eduardo Cunha foi o quinto deputado federal mais votado em 2010 no Rio de Janeiro, com 150 mil votos. Lúcio Vieira Lima foi o segundo mais votado na Bahia, com 221 mil votos. Já Osmar Terra foi o oitavo preferido dos eleitores gaúchos com 130 mil votos. Somados, os três representam 502 mil eleitores. Também popularmente conhecido como meio milhão de votos.
 
É essa a conta que o governo tem esquecido de fazer e os parlamentares do PMDB estão entregando depois do deterioramento da relação com o Planalto e com os petistas.
 
05 de março de 2014
 

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