"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

DEU NO THE ECONOMIST

Rezar para São Pedro não soluciona crise energética. Publicação britânica critica falta de planejamento do governo diante da situação dos reservatórios do país
 
 

A revista britânica The Economist que chega às bancas nesta quinta dedicou reportagem à situação energética do Brasil. Segundo a publicação, o governo parece estar contando com a ajuda de São Pedro - que, segundo a credince popular, é responsável pelas chuvas - para evitar uma crise energética. 
O tom de crítica aparece logo na primeira frase: 
"Rezar para São Pedro não é bem uma política energética".
Ao longo do texto, a revista lista os fatores climáticos que levaram diminuição da água nos reservatórios e, ao mesmo tempo, ao aumento do consumo. A reportagem aponta que, o fato de o país vivenciar seu verão mais quente em oitenta anos e, além disso, os reservatórios das usinas hidrelétricas - responsáveis por 80% da geração energética do país - atingirem os níveis mais baixos desde 2001 não eximem o governo de culpa. 
Para a Economist, o Ministério de Minas e Energia peca ao continuar com o discurso de que o país têm capacidade para atender à demanda de energia.

Nas últimas semanas o Brasil enfrentou novos apagões, além de quedas de energia em diversos pontos do território nacional. Às vésperas de eleições presidenciais, o governo tem adotado um tom de "anticrise" e negado que a sobrecarga seja a responsável pela falta de energia. Nesse sentindo, a Economist aproveita para lembrar - e criticar - as renovações antecipadas dos contratos distribuidoras, realizada em 2012. A medida foi imposta pela presidente Dilma Rousseff para garantir um desconto médio de 20% na conta de luz dos consumidores. Contudo, o próprio governo que cortou também colocou, no início desta semana, em audiência pública, uma proposta de reajuste de 4,6%.
'Não há crise' — 
Nesta quinta-feira, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) reiterou que o sistema elétrico brasileiro opera com folga e afirmou que, "a não ser que ocorra uma série de vazões piores do que as já registradas, evento de baixíssima probabilidade, não são visualizadas dificuldades no suprimento de energia no país em 2014".

Segundo nota oficial do Comitê, considerando o risco de déficit de 5%, que é um critério técnico estabelecido pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), o sistema tem ainda uma sobra de 6,2 mil megawatts (MW) médios, o equivalente a 9% da carga prevista.


Veja.com
14 de fevereiro de 2014

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