"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 16 de julho de 2016

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

O Brasil pode sofrer um "turco-circuito"?


Atropelando seus Generais, 29 Coronéis do Exército da Turquia tentaram ontem uma tomada de poder. Intervenção Militar teve o objetivo de "proteger a ordem democrática e manter os direitos humanos". Acabou rapidamente debelada a revolta, depois de tiroteios, explosões, toques de recolher centenas de mortos (161 e aumentando) e 1440 feridos, principalmente em Ancara e Istambul. Denunciado publicamente por detonar a liberdade de imprensa e por perseguir jornalistas e juízes, o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan determinou a prisão de mais de 2000 militares, além de destituir cinco Generais e os coronéis rebeldes. O primeiro-ministro Binali Yildirim classificou o movimento de "tentativa idiota de golpe".

No alvoroço das redes sociais, muita gente chegou a celebrar o episódio turno como um fenômeno que pode ser copiado no Brasil, em ritmo de ruptura institucional. É quase nula a chance de algo semelhante acontecer por aqui. Os militares brasileiros cansam de repetir que não querem repetir 1964, tomando diretamente o poder. Alguns só admitem "intervenções pontuais", caso sejam acionados pelo Presidente da República, com a devida autorização do Congresso Nacional, atendendo a pedidos de governadores dos estados da federação. Outros até aceitam que pode haver uma intervenção se houver uma explosão de violência que provoque uma ruptura que abale as tais "instituições democráticas" (ficção sociológica em Bruzundanga).
Confirma essa versão a recente resposta a um e-mail enviado ao Comando Militar do Leste pelo advogado e sociólogo Sérgio Alves de Oliveira (articulista deste Alerta Total), apenas pedindo que os militares analisassem um texto em que defende a aplicação do artigo 142 da Constituição Federal. O missivista gaúcho ficou pt da vida com o que classificou de "incompreensão castrense da intervenção militar" em artigo que publicou neste site. Sérgio enviou o texto "As Forças Armadas podem intervir?", veiculado em 2 de maio de 2015, e recebeu uma resposta nada animadora da Subseção de Relações Públicas do CML:

"Prezado Cidadão, Em resposta à sua solicitação, o Comando Militar do Leste esclarece que são falsas quaisquer mensagens sobre o tema "Intervenção Militar" que envolvam este Comando Militar de Área. O Exército Brasileiro, como uma instituição de Estado, com atribuições perfeitamente definidas na Constituição Federal, e também nas leis complementares, tem pautado suas ações em três pilares básicos: estabilidade, legitimidade e legalidade".

"Todo e qualquer emprego das Forças Armadas estará, absolutamente, condicionado aos dispositivos legais. Esse emprego sempre ocorrerá por iniciativa de um dos poderes, como estabelece a redação do artigo 142 da Constituição Federal do país. Hoje, o Brasil tem instituições muito bem estruturadas, sólidas, funcionando perfeitamente, cumprindo suas tarefas".

"Os quartéis seguem nas suas atividades normais, e os militares da Força Terrestre estão empenhados em contribuir para a manutenção da estabilidade do nosso país. Portanto, o Exército Brasileiro está disciplinado e coeso, cumprindo o seu papel constitucional".
A ponderação do CML reflete o pensamento público do Comando do Exército. No entanto, a cúpula militar reconhece, no silêncio quase obsequioso da caserna, que o Brasil tem até uma pequena chance, na avaliação deles "remota", de assistir a uma inédita "Intervenção Cívica Constitucional" - que nada tem a ver com a tradicional figura desgastada do "golpe militar convencional", no formato "caudilhesco" ou "roamnticamente tenentista". Tudo vai depender da crescente pressão direta popular por mudanças - que hoje opera no campo do imponderável.
O brutal atentado na França deixou os militares brasileiros em sinal de alerta máximo, faltando poucos dias para a Olimpíada no Rio de Janeiro. Eles terão a responsabilidade direta de garantir a segurança nos jogos, em uma das cidades (lamentavelmente) mais violentas do Brasil, no meio de uma brutal crise econômica que compromete a qualidade e eficiência da segurança pública no Estado do Rio de Janeiro. Os militares vão agir com todo rigor, em esquema de pente-fino, para tentar coibir o risco concreto de um "atentado terrorista" - que pode ser praticado por estrangeiros ou pelas nossas facções criminosas locais. A tensão nunca foi tão grande.

Lamentavelmente, é preciso repetir por 13 x 13 até o brasleiro acordar: A corrupção e o terror não vão acabar. Geram lucros bilionários, junto com prejuízos irreparáveis para as pessoas lesadas ou assassinadas por ambos. Corrupção e terror são instrumentos de controle sobre as sociedades - sobretudo as subdesenvolvidas ou contaminadas pelos genes da desumanidade. No Brasil da corrupção sistêmica, nosso terrorismo não-declarado assassina uma média de 60 mil pessoas por ano. É muito cadáver para nosso caminhão de incompetência e permissividade com o crime institucionalizado.

Resumindo: a tensão é altíssima. No entanto, a não ser que algo extremamente violento e trágico aconteça, os militares brasileiros não desejam que ocorra um "turco-circuito" (trocadilho bem empregado pelo nosso colunista Carlos Maurício Mantiqueira). Melhor não brincar com fogo, porque a "tocha entra" - como diria o filósofo Negão da Chatuba - filho adotivo do jovem apolinho Washington Rodrigues...

O Nióbio é nosso!




Será que os militares brasileiros estão cumprindo seu papel de defesa da soberania nacional em relação à questão do Nióbio?
Veja a resposta no artigo de Antônio José Ribas Paiva: 
Os crimes contra o Nióbio Brasileiro
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Efeito tocha

Provocação da juíza Yedda Ching San Filizzola Assunção, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, em sua página do facebook:

"Qual a chance da tocha olímpica ser roubada quando chegar na Baixada?".

O questionamento é complementado por um outro comentário do apresentador da Rede Record, Marcos Hummel, também no Facebook:

"A civilização em xeque. Relatório da inteligência do Governo Francês diz que o Estado Islâmico planejou atentado contra franceses durante olimpíadas no brasil. E eles não conseguiram prever que no maior evento dentro do país poderia acontecer uma tragédia. Para essa nova doença, parece, não há cura. Deus nos proteja".

Recados dados



Do Ênio Mainardi, no Facebook, recados para o Prefeito petista de São Paulo e para o ex-Presidentro que o inventou:

"Haddad, O Orelhudo, não perde uma chance de fazer inimigos. Agora quer proibir a bandeira nacional na manifestação do dia 31 na avenida Paulista. Baixa as orelhas, burro!".

"Lula diz que não admite ser chamado de bandido. Como eu não tenho certeza...vou perguntar pro Moro".

Confraria do Garoto na Rio 2016



Nelson Couto, o Xerife, lidera seus confrades em mais um evento de exaltação à alegria carioca, no Aeroporto Santos Dumont, recepcionando os turistas e quem chega para ver ou trabalhar Olimpíada do Rio de Janeiro.



Orloff da marketagem




Gratidão de canhota




Oportunismo na cabeça




Bola fora




Efeito colateral




Exigência nacional





Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!


16 de julho de 2016
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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