O fundador da ONG Contas Abertas, economista Gil Castelo Branco, considera “absolutamente inconcebível” sob o ponto de vista ético que existam remunerações do Judiciário do Rio até sete vezes maiores do que os ministros do supremo. “Estes salários podem ser permitidos por lei, mas nem tudo o que é legal é moral. Cabe ao STF cassar este rol de penduricalhos que mantém estes verdadeiros marajás da Justiça estadual”, disse.
Para o economista, deve ser feito uma reestruturação nas folhas de pagamentos dos juízes adequando-as a realidade do país. “Estes auxílios incorporados aos salários dos juízes criam valores absurdos, destoantes do que recebem a maioria dos funcionários públicos”, afirmou.
Já o coordenador da ONG Meu Rio, João Senise, argumenta que a população não é obrigada a arcar com as despesas particulares dos magistrados, como auxílio-educação.
“Não temos que pagar a educação privada de ninguém, muito menos dos filhos dos juízes e desembargadores que recebem R$ 70 mil por mês. A justificativa deles é que a fonte desses recursos são as custas processuais, mas elas são pagas pelos próprios cidadãos”, defendeu.
A advogada Luciana Gouvea, que defende pensionistas na Justiça, afirma que o teto salarial vale apenas para os cidadãos comuns. “É muito chato dizer para o meu cliente que o Estado não pagará o valor devido porque ultrapassa o teto, mas que o juiz que está julgando o caso pode ultrapassá-lo”, criticou.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O deputado Paulo Ramos (PSOL-RJ) já conseguiu conseguiu número suficiente de assinaturas para criar uma CPI na Assembleia do Rio. A Justiça está uma podridão, os magistrados têm direito a 60 dias de férias por ano, não trabalham quando há enforcamento de dia útil em final de semana prolongado, nem na Semana Santa ou na semana do Carnaval. Na verdade, trabalham quando bem entendem. (C.N.)
10 de junho de 2015
Deu em O Dia
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