Para a imprensa, Obama beira a perfeição, deixando como legado um mundo feliz e esperançoso. Por que então a América votou no outro cara?
Guten Morgen, Brasilien! Estamos aqui de volta depois de umas merecidas férias de nosso podcast – nossa querida Panela Produtora merecia descansar depois do seu maravilhoso trabalho em 2016. E voltamos para comentar o grande fim de 2016: o legado de Barack Obama.
Sua gestão foi chamada de “scandal-free”, e a imprensa brasileira repetiu o dog whistle, afiançando que Obama passou 8 anos na Casa Branca tendo como legado uma administração completamente lisa, sem nenhum escândalo.
Será que este é mesmo o legado do primeiro presidente negro da história americana? É possível mesmo crer que sua gestão foram 8 anos do mais bem aventurado bom mocismo mundial, e que o mundo “sentirá falta de um estadista”, como pontuou uma grande revista brasileira?
Definitivamente, a revista não diria isso a algumas centenas de mexicanos, a iemenitas sob drones, a alguém trabalhando no serviço de operações secretas na Líbia.
Neste episódio do Guten Morgen, você poderá conhecer um Barack Obama que poucos brasileiros conhecem. Um verdadeiro passeio pelos escândalos de sua gestão – escândalos que, por não serem noticiados por uma mídia obamista, podem ser tratados como não-existentes por esta mesma mídia. O famoso ad ignorantiam: o que eu não conheço, não existe. Com a diferença de que a ignorância da mídia obamista, que tanto edulcora seu legado, é deliberada: seus escândalos também envolvem a própria mídia.
A começar pela estranha questão de sua certidão de nascimento, cuja investigação foi reaberta ainda antes de Donald Trump assumir a Casa Branca. Vamos direto a seu primeiro escândalo como presidente: a operação Fast and Furious, em que armas dadas pelos pagadores de impostos americanos foram parar nas mãos de cartéis mexicanos, causando a morte de cerca de 300 mexicanos, além de um americano. As armas foram parar nas mãos de terroristas, e a operação Fast and Furious ainda foi explorada politicamente.
E o escândalo do IRS, quando Obama perseguiu adversários políticos usando a Receita Federal americana? A perseguição atingiu até um de seus principais adversários, o cineasta Dinesh D’Souza, que foi parar na cadeia por dar mais dinheiro do que o permitido em uma doação de campanha, deixando um legado de silêncio sobre seus desmandos.
Andam dizendo que Donald Trump é uma ameaça à “democracia”? Que tal Barack Obama catalogar jornalistas adversários? E o escândalo da NSA espionando cidadãos, que ainda deixam como legado ao mundo figuras como Edward Snoweden e Julian Assange?
No campo militar, que tal falar do escândalo que foi a troca do soldado Bowe Bergdahl por 5 terroristas em Guantánamo? E o dinheiro para o Irã em troca de prisioneiros? E por que não falar em Benghazi, quando Obama, tendo Hillary Clinton como Secretária de Estado, ignorou o chamado de um atentado a uma instalação militar americana na Líbia, deixando 4 vidas para trás, criando um sortilégio de mentiras para encobrir o fato que deixaria as falas mais desajustadas de Donald Trump parecendo frases de um filme infantil?
Isso e muito mais nós vamos deslindar nesse Guten Morgen, o podcast do Senso Incomum, para vocês que já não agüentavam mais de saudade. A produção é de Filipe Trielli e David Mazzuca Neto, no estúdio Panela Produtora. Guten Morgen, Brasilien!
24 de janeiro de 2017
flacio morgenstem
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