"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

HEINZ DIETRICH, O GURU DO "SOCIALISMO DO SÉCULO XXI", PREVÈ O FIM DO CHAVISMO NA VENEZUELA


Quem prevê a derrocada do chavismo e o enterro do governo do tiranete Nicolás Maduro, é o comunista alemão radicado no México, Heinz Dietrich, segundo reportagem do jornal argentino La Nación. Dieterich acabou aparecendo na grande mídia depois que ofereceu “conteúdo teórico”, para a aventura bolivariana do finado caudilho Hugo Chávez.
 
Heinz Dietrich leciona na Universidade Autônoma do México e continua, como todos os marxistas, estacionado nos anos 60 do século passado. Foi ele quem criou o “conceito” de “socialismo do século XXI”.
 
Agora, com o esfacelamento da Venezuela, onde já impera a escassez de alimentos e até mesmo de papel higiênico, resultado da farra bolivariana, Dieterich, como todo comunista, passa a atirar contra os seus “companheiros” e prevê para dentro em breve o fim do chavismo.
Não sem uma ponta de desalento. Tanto é que fornece o receituário para salvar o seu “socialismo do século XXI”, uma das maiores imposturas acadêmicas dos últimos tempos.
 
O site do jornal O Globo fez uma tradução da reportagem do jornalista Daniel Lozano, publicada no jornal La Nación, da Argentina. Transcrevo o que está no site de O Globo e, em seguida, no original em espanhol.
 
Afinal, a previsão do fim do chavismo pelo guru intelectual de Chávez, não deixa de ser uma notícia alentadora para os venezuelanos.
Leiam:
 
Dieterich e seu livro sobre Chávez
“Se o governo de Maduro e Cabello não tomar medidas inteligentes e drásticas imediatamente, na economia e na política, tem os meses contados. Não passará de março ou abril de 2014”.
 
Quem opina de forma tão pessimista e contundente contra o governo dos “filhos de Chávez” não é um líder opositor, nem um funcionário do “império”.
Trata-se de Heinz Dietrich, o intelectual mexicano-alemão criador do “socialismo do século XXI”, que não economizou críticas ferozes contra o governo bolivariano.
 
O panorama do outrora guru ideológico do “comandante perpétuo” é desolador para Maduro:
 
- Dada a total incapacidade para enfrentar os graves problemas do país que o governo tem demonstrado, é pouco provável que possa evitar o colapso, salvo uma radical reestruturação do modelo econômico do presidente Chávez e a mudança de 80% dos ministros - orientou.
 
Dietrich ainda arriscou previsões de cenários após uma eventual queda do governo:
 
- Mobilizações nas ruas dirigidas por Washington e pela direita ou uma aliança substitutiva entre as Forças Armadas e os governadores.
 
O intelectual aposta em dois conceitos tabus na Venezuela, mas que ressoam insistentemente no ambiente político: sublevação social ou levantamento popular (no estilo do histórico Caracazo, em 1989, que deixou centenas de mortos) e golpe de Estado (neste caso hipotético, protagonizado por militares revolucionários, com o apoio dos governadores que pertencem às Forças Armadas).
 
O pior para a revolução bolivariana é que uns e outros, sem exceção, incorporaram a seus discursos situações impensáveis em outra época. Esta semana, Maduro insistiu:
 
- O parasita perdedor (em referência a Henrique Capriles) joga para a contrarrevolução, para destruir o país. E agora preparam a grande insurreição do dia 8 de dezembro (dia das eleições municipais, que a oposição quer transformar em plebiscito). Eles dizem que vão queimar o país. Queimar?
 
Tenham cuidado, porque a revolução vai em ofensiva total - disse o presidente.
A forma de fazer política de Maduro também mereceu críticas do sociólogo, que a incluiu na chamada “santíssima trindade”:
 
- O kitsch teológico, implorando pela proteção de São Francisco de Assis; o palavrório bolivariano; e as quimeras burocráticas socialistas.
 
Palavras duras que confirmam que o intelectual nunca professou nenhuma devoção por Maduro, quem chamou de “golpista sindical” em 2012. Por outro lado, poucos dias depois de Chávez apontar o atual presidente como seu sucessor, Dietrich advertiu contra as manobras de Diosdado Cabello.
 
Para o pai do “socialismo do século XXI”, Maduro deveria abandonar sua “oratória vazia pseudoclerical” e comunicar ao país que “grupos e classes sociais se encargarão dos enormes custos sociais do inevitável saneamento da economia, que passa pela desvalorização e pela política de austeridade”.
 
Sobre o caos econômico, Dieterich diz que a inflação pode chegar a 58% no fim do ano.
- Estamos diante de uma combinação letal de estagnação com inflação alta - disse.
 
O intelectual é um dos que defendem que, após as eleições municipais de dezembro, o “Maduro-chavismo” voltará a desvalorizar o bolívar, moeda venezuelana.
 
- O governo anunciou uma medida para chegar a dezembro (a reabertura do leilão de dólares para combater o mercado paralelo). Depois de dezembro, vem outra desvalorização, entre 10 e 12 bolívares por dólar - prevê o economista venezuelano José Guerra.
 
As advertências econômicas e sociais de Dietrich coincidem com as intermináveis filas para conseguir alimentos e produtos básicos por todo o país. Venezuelanos que viajam ao exterior não hesitam em voltar para casa com malas repletas de itens básicos.
Maria, do bairro caraquenho de Prados del Este, chegou de Bogotá na terça-feira com 12 rolos de papel higiênico. - Tenho na mala farinha de milho e latas de atum - explicou, com um sorriso amarelo.
 
 
Nicolás Maduro: o caricato sucesso de Hugo Chávez.
La peor crítica para Maduro: lo vapuleó el creador del "socialismo del siglo XXI"
 
EN ESPAÑOL - "Si el gobierno de Maduro y Cabello no toma medidas inteligentes y drásticas de manera inmediata en lo económico y en lo político, tiene los meses contados. No llegará más allá de marzo o abril de 2014."
 
El que opina de forma tan pesimista y contundente contra el gobierno de los "hijos de Chávez" no es un líder opositor ni un funcionario del "imperio". Se trata de Heinz Dieterich , el intelectual mexicano-alemán creador del "socialismo del siglo XXI", que no se ahorra críticas feroces contra la gestión del gobierno bolivariano.
 
El panorama del otrora gurú ideológico del "comandante perpetuo" es desolador para Maduro: "Dada la incapacidad total para enfrentar los graves problemas del país que ha demostrado el gobierno, es poco probable que pueda evitar el colapso, salvo una radical reestructuración del modelo económico del presidente Chávez y el cambio del 80% de los ministros del gabinete, que no son eficientes".
 
El politólogo se atrevió incluso a pronosticar los escenarios de la eventual caída: "Movilizaciones callejeras dirigidas por Washington y la derecha o una alianza destituyente y sustitutiva entre fuerzas armadas y gobernadores".
 
El planteo es tan radical que Dieterich apuesta por dos conceptos tabú en Venezuela, pero que vienen sonando insistentemente en los contubernios políticos: sublevación social o levantamiento popular (al estilo del histórico "Caracazo", de 1989, que provocó la muerte de entre 3000 y 300 personas) y golpe de Estado (en este hipotético caso protagonizado por militares revolucionarios, con apoyo de la docena de gobernadores que pertenecen a las fuerzas armadas).
 
Lo peor para la revolución bolivariana es que unos y otros, sin excepción, incorporaron a sus discursos situaciones impensables en otra época.
Ayer mismo, Maduro insistió: "El parásito perdedor [en referencia a Henrique Capriles] anda jugando a contrarrevolución, jugando a destruir el país.
 
Y ahora preparando la gran insurrección del 8 de diciembre [día de las elecciones municipales, que la Mesa de la Unidad Democrática pretende convertir en un plebiscito]. Ellos dicen que van a quemar el país. ¿Quemarlo? Tengan cuidado, porque la revolución va en ofensiva total".
 
Una forma de hacer política, la de Maduro, que también está en el centro de la crítica del sociólogo de origen europeo, que la incluye en lo que denomina "Santa Trinidad": "El kitsch teológico, implorando la protección de San Francisco de Asís; la palabrería bolivariana, y las quimeras burocráticas socialistas".
 
Palabras muy duras que confirman que el intelectual de izquierda nunca profesó ninguna devoción por Maduro, a quien calificó como "trepador y golpista sindical" en 2012. Eso sí, a los pocos días del "dedazo" con el que Hugo Chávez designó como su sucesor a Maduro en diciembre pasado, Dieterich le advirtió contra las maniobras de Diosdado Cabello.
 
Lo que debería hacer Maduro, según el padre del "socialismo del siglo XXI", es abandonar su "oratoria vacía seudoclerical" y comunicar al país qué "grupos y clases sociales cargarán con los enormes costos sociales que implica la inevitable sanación de la economía, que pasa por la devaluación y la política de austeridad".
 
El pensador desmenuza el caos económico que asuela al país, desde la inflación (que calcula que puede llegar al 58% a fin de año) hasta una posible moratoria en los pagos externos. "Estamos ante la estanflación, combinación letal de estancamiento con inflación alta", añadió, sumándose a las advertencias que desde hace meses realizan economistas locales como José Guerra.
 
Tanto este experto como otros adelantan que tras las elecciones municipales de diciembre el Maduro-chavismo devaluará de nuevo el bolívar.
 
"El gobierno anunció una medida para llegar a diciembre [la reapertura de la subasta de dólares, 100 millones cada semana, y la lucha contra el mercado negro]. Después de diciembre viene otra devaluación del bolívar, entre 10 y 12 bolívares por dólar", pronosticó ayer Guerra.
 
Las advertencias económicas y sociales de Dieterich coinciden con las interminables colas para conseguir alimentos y productos básicos por todo el país. Incluso los viajeros que llegan del exterior no dudan en recargar sus equipajes con útiles básicos. Como María, vecina de Prados del Este, que llevaba ayer 12 rollos de papel higiénico en un vuelo procedente de Bogotá.
"No importa, incluso en la valija llevo harina pan y latas de atún", explicaba con media sonrisa y sin mucho entusiasmo.
 
 
17 de outubro de 2013
in aluizio amorim

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