"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

INVERSÃO DE VALORES MORAIS, UMA AGENDA PENSADA

Em meio às polêmicas sobre exposições envolvendo crianças em cenas de incentivo a práticas ilegais, como a pedofilia, precisamos voltar as atenções para dois pensadores marxistas do século 20: Antonio Gramsci, italiano, e Herbert Marcuse, alemão. 
Ambos teorizaram sobre hegemonia cultural e pregaram a destruição dos valores morais da sociedade como caminho para o triunfo da revolução comunista.

Gramsci nasceu em Ales, a 22 de janeiro de 1891, e morreu em Roma, a 27 de abril de 1937. Filósofo marxista, jornalista, crítico literário e político, pertenceu ao Partido Socialista Italiano, no qual foi correligionário de Benito Mussolini, tendo rompido com ele na década de 20. Fundou o Partido Comunista Italiano.

Ele sustenta que o poder é garantido fundamentalmente pela "hegemonia" cultural que as classes dominantes exercem sobre as dominadas, através do controle do sistema educacional, das instituições religiosas e dos meios de comunicação. Sugere que os valores que sustentam a sociedade burguesa sejam destruídos e substituídos pelos valores revolucionários, que invertem aqueles, por meio da utilização e hegemonização dos meios de comunicação, das artes, da cultura e da educação. Os instrumentos dessa empreitada seriam os jornalistas, os artistas e professores.

Herbert Marcuse nasceu em Berlim, a 19 de julho de 1898, e faleceu em Starnberg, a 29 de julho de 1979. Sociólogo e filósofo, naturalizado norteamericano, pertencia à famosa Escola de Frankfurt (marxista). Condenava o capitalismo, mas foi morar justamente no maior país capitalista do mundo. No Camboja, nem pensar!

Estudioso de Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise, Marcuse se preocupou com a busca da felicidade pelo ser humano, por meio da satisfação dos desejos individuais. Ele queria liberar os freios sociais que impedem o indivíduo de fazer tudo o que tenha vontade, como forma de diminuir a infelicidade das pessoas.

Marcuse, ao teorizar que o proletariado não era mais a força revolucionária descrita por Karl Marx, advogou a tese de que a revolução deveria apostar nos grupos minoritários cuja ascensão não é permitida pela sociedade, aqueles que o bem-estar não conseguiu incorporar.

A agenda atual, dominada pelo politicamente correto, com os meios de comunicação e a intelectualidade tentando impor distúrbios psíquicos como comportamentos naturais, desacreditando a organização familiar e incentivando a devassidão como algo moderno e avançado, não acontece por acaso.


03 de outubro de 2017
Miguel Lucena é Delegado de Polícia Civil do DF, jornalista e escritor.

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