"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

ENERGIA ELÉTRICA VAI SUBIR 50,9% ESTE ANO, DIZ BANCO CENTRAL


Preparem os bolsos. O preço da energia elétrica deve registrar um forte crescimento de 50,9% neste ano, segundo estimativa divulgada pelo Banco Central nesta quinta-feira (6). A previsão consta da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) – realizada na semana passada, que elevou a taxa básica de juros para 14,25% ao ano, o maior nível em nove anos.
Em junho deste ano, a previsão do Banco Central era de uma alta um pouco menor no preço da energia elétrica para o ano de 2015 fechado. Na ocasião, o BC estimava um aumento de 41%. A estimativa de alta no preço da energia elétrica em 2015 reflete do repasse às tarifas do custo de operações de financiamento, contratadas em 2014, da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
O governo anunciou, no início deste ano, que não pretende mais fazer repasses à CDE – um fundo do setor por meio do qual são realizadas ações públicas – em 2015, antes estimados em R$ 9 bilhões. Com a decisão do governo, as contas de luz dos brasileiros podem sofrer em 2015, ao todo, aumentos ainda superiores aos registrados no ano passado.
FALTA DE ENERGIA
O custo de produção de eletricidade no país vem aumentando principalmente desde do final de 2012, com a queda acentuada no armazenamento de água nos reservatórios das principais hidrelétricas do país.
Para poupar água dessas represas, o país vem desde aquela época usando mais termelétricas, que funcionam por meio da queima de combustíveis e, por isso, geram energia mais cara. Isso encarece as contas de luz. Entretanto, também contribui para o aumento de custos no setor elétrico o plano anunciado pelo governo ao final de 2012 e que levou à redução das contas de luz em 20%.
Para chegar a esse resultado, o governo antecipou a renovação das concessões de geradoras (usinas hidrelétricas) e transmissoras de energia que, por conta disso, precisaram receber indenização por investimentos feitos e que não haviam sido totalmente pagos até então. Essas indenizações ainda estão sendo pagas, justamente via CDE.
GASOLINA, GÁS E TELEFONE
Para a gasolina, o Banco Central estimou um aumento de 9,2% em 2015 – patamar um pouco superior ao apontado em junho deste ano, na reunião anterior do Copom. Na época, o BC projetava uma alta de 9,1% para a gasolina em todo este ano.
No começo deste ano, o governo anunciou aumento da tributação sobre a gasolina, por meio da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), do PIS e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Essa alta foi repassada para os preços.
O Banco Central estimou ainda, na ata do Copom divulgada na manhã desta quinta-feira, que o preço do gás de cozinha deve ter um aumento de 4,6% neste ano (contra a previsão anterior, feita em junho, de um aumento de 3%), enquanto que a telefonia fixa deve ter queda de 3% em 2015 (em junho, o BC estimava uma queda maior, de 4,4%).
Com a alta da tributação sobre gasolina e fim de repasses para a conta de luz, o Banco Central informou que prevê, para o conjunto de preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros), um aumento de 14,8% neste ano. Em junho, a estimativa era de uma alta de 12,7% em 2015.

10 de agosto de 2015
Alexandro Martello
Do G1 Brasília

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