"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

FORUM ECONOMICO MUNDIAL ALERTA PARA AUMENTO DA DESIGUALDADE

A avaliação anual sobre os perigos globais conclui que a disparidade de renda e a tensão social compõem a questão que provavelmente mais impactará o planeta na próxima década                  
 
Uma crônica disparidade entre ricos e pobres está se ampliando, o que representa o maior risco individual para o mundo em 2014, apesar do início da recuperação de muitas economias, disse o Fórum Econômico Mundial nesta quinta-feira (16).

Reis Oluwatosin Oladunni
fórum Econômico Mundial alerta para aumento da desigualdade
 
A avaliação anual sobre os perigos globais, que fornece o contexto para a reunião do Fórum na semana que vem em Davos (Suíça), conclui que a disparidade de renda e a decorrente tensão social compõem a questão que provavelmente mais impactará a economia do planeta na próxima década.
 
O fórum alertou que há uma geração "perdida" de jovens que chegaram à maturidade na década de 2010 sem ter empregos e qualificação profissional, o que alimenta a frustração represada.
 
Isso pode facilmente desencadear uma explosão social, como já ocorreu nas recentes ondas de protestos contra a desigualdade e a corrupção na Tailândia e no Brasil.
 
"O descontentamento pode levar à dissolução do tecido social, especialmente se os jovens sentirem que não têm futuro", disse Jennifer Blanke, economista-chefe do Fórum Econômico Mundial. "Isso é algo que afeta a todos."
 
A pesquisa com mais de 700 especialistas globais identificou eventos climáticos extremos como sendo o segundo fator com maior probabilidade de provocar choques sistêmicos.
 
O risco de crises fiscais em decorrência do precário estado das finanças públicas em muitos países continua tendo o potencial para provocar o maior impacto econômico global, mas a probabilidade de implosões fiscais desse tipo é menor agora do que em anos anteriores, segundo o relatório.
 
A Europa, em particular, está fora da zona de perigo financeiro imediato -- fato que contribuiu para que a desigualdade subisse na pauta, segundo David Cole, diretor de risco da Swiss Re, que colaborou no relatório.
 
A desigualdade, aliás, vem crescendo no mundo desde a década de 1980, e, na opinião de Cole, a crescente atenção dada pela opinião pública ao problema exigirá que gestores públicos e a elite global precisarão ser cuidadosos com isso.
 
"Sou um grande apoiador do capitalismo, mas há momentos em que o capitalismo pode entrar em rotação excessiva, e é importante ter medidas em vigor --sejam elas regulatórias, de governo ou medidas tributárias-- que assegurem que evitamos excessos em termos de renda e distribuição de riquezas", disse Cole.
 
O relatório intitulado "Riscos Globais 2014", com 60 páginas, analisa 31 riscos para os próximos dez anos. O lançamento ocorre dias antes da reunião anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, de 22 a 25 de janeiro.
 
Todos os anos, ricos e poderosos do mundo se reúnem nessa estação de esqui da Suíça para discutir o futuro do planeta. O tema deste ano é "Reformulando o mundo: consequências para sociedade, política e negócios".

17 de janeiro de 2014
Reuters

Nenhum comentário:

Postar um comentário