"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

PAIS PERDE ESPAÇO



A participação do Brasil nos estoques globais de investimentos caiu nos últimos anos, aponta estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A fatia brasileira, que era de 1,96%, em 1990, recuou para 0,99%, em 2012, quando as empresas nacionais tinham no exterior ativos de US$ 266,2 bilhões. Na avaliação da entidade, a queda é resultado da falta de políticas coordenadas pelo governo para incentivar a internacionalização das companhias.

Enquanto as transnacionais brasileiras reduziram os investimentos lá fora, outras economias elevaram a participação no estoque global. No mesmo período, a China aumentou de 0,21% para 2,16%, a Rússia passou de zero para 1,75%, e o Chile, de 0,1% para 0,41%. “O Brasil está na contramão do que tem ocorrido com outros emergentes”, afirmou o especialista em política e indústria da CNI, Fabrizio Panzini.

Entre as sugestões apresentadas no estudo, a CNI defende que o Brasil deve fechar acordos para evitar a dupla tributação com países como Estados Unidos, Colômbia, Austrália, Alemanha e Reino Unido. O documento também afirma que é preciso acabar com a insegurança jurídica do modelo brasileiro de tributação dos lucros obtidos no exterior e negociar acordos de proteção a investimentos, para reduzir o risco político, com Argentina,
 China, 
México, 
Moçambique e Angola. 

Motivação

Para o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, o acesso a novos mercados é apontado pelas empresas como principal motivação para investimento no exterior. Isso dá a elas a oportunidade de diversificar o risco quanto ao ciclo econômico no Brasil, reduzir custos de produção para enfrentar a concorrência internacional, acessar novas tecnologias de produção e gerenciamento, ter acesso a insumos mais baratos, e alcançar mercados com os quais o país de destino tem acordos de livre comércio, além de driblar barreiras comerciais.
A pesquisa também indica que os Estados Unidos são o país prioritário para a celebração de acordos para evitar a dupla tributação. Em seguida, aparecem Austrália e Colômbia. Foram ouvidas 28 empresas, responsáveis por um terço das exportações do país em 2012. 

ANTONIO TEMÓTEO Correio Braziliense
17 de janeiro de 2014

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