"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

DILMA ROUSSEFF FEZ DA FARSA E DA MENTIRA UM MODO DE VIVER


Presidente Dilma Rousseff

Foram 26 dias de um silêncio sepulcral. Ayn Rand, filósofa que influenciou uma geração de poetas e mesmo economistas, parece ter decifrado antecipadamente a esfinge do Planalto Central que nos devora:
“Quando você perceber que, para produzir precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho; que as leis não nos protegem deles mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.
Dilma está condenada. Na reunião com o ministério, um pastiche da peça de Pirandello, havia 39 personagens à procura de uma autora. Assim é se lhe parece…
Ou seriam os rinocerontes de Ionesco? Qual absurdo é mais desconcertante?
Dilma é o absurdo personificado. Nós somos a plateia de uma comédia que troca o humorismo pelo drama assustador.
Na Granja da Torta (mantendo o gênero exigido pela presidanta), Dilma falou para quem? Para quê?  Quem lhe dará crédito?
Foi um discurso do nada focando o vazio. A piada – nervosa e envergonhada – que não faz rir.  A farsa renovada. O mundo é culpado da desgraça que herdou de si mesma.
O importante é pagar – na boca do caixa – o ingresso claramente falsificado.
O PT acabou. Lula ignora Dilma. Zé Dirceu quer derrubá-la. Marta bate mais do que apanhou quando  prefeita ou ministra. Os ministros da Casa são Pepe “Legal” Vargas e suas ferraduras, Aloísio Mercadante e o poder que nunca basta, ou um Berzoini que gostaria de empunhar uma bazuca contra o Charlie Hebdo. A alternativa é o controle social da mídia.
Pirandello sempre esteve certo mesmo sem ter conhecido Dilma: “É próprio da natureza humana, lamentavelmente, sentir necessidade de culpar os outros dos nossos desastres e das nossas desventuras”.
Com uma diferença:. Dilma não sente – jamais sentirá – culpa nenhuma por seus desastres e desventuras. Ela É o desastre. E também a nossa desventura! Infelizmente, não se dá conta do quão infeliz é! Nem entende que fez da farsa e da mentira o seu modo de viver.
 
29 de janeiro de 2015
Reynaldo Rocha
in Augusto Nunes, Veja online

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