Uma das mensagens identificadas pela Polícia Federal do Paraná no celular do empreiteiro Léo Pinheiro mostra o ministro Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social), então tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014, chamando o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro de “grande parceiro”. Pinheiro já foi condenado na Operação Lava Jato por envolvimento no esquema de corrupção que atuava na Petrobras.
Na mensagem, trocada no dia 20 de agosto de 2014, durante a campanha presidencial, o então tesoureiro pergunta ao ex-presidente da OAS: “O Dario é de que empresa? Edinho.”
À época, Edinho era responsável por arrecadar doações para a campanha à reeleição da petista.
Cerca de vinte minutos depois, Leo responde: “sócio e presidente da Galvão”. Na sequência, o ex-presidente da OAS recebe o seguinte texto na mensagem: “Lembrei. Obrigado pelo apoio. Você é um grande parceiro”.
SÉRIE DE MENSAGENS
À GloboNews, o ministro confirmou a troca de mensagens e o diálogo com o empreiteiro. Edinho explicou que estava com dificuldades para ser recebido pelo empresário Dario, da Galvão, durante a campanha presidencial.
Edinho disse que chamou Pinheiro de “parceiro” na mensagem porque o ex-presidente da OAS teve essa “postura” ao aproximá-lo de um empresário a quem ele queria pedir doações para a campanha.
Na quinta-feira (7), a GloboNews informou que investigadores da Polícia Federal na Operação Lava Jato identificaram uma série de mensagens trocadas entre 2012 e 2014 pelo ministro e o ex-presidente da construtora OAS (veja no vídeo acima).
Ao longo dos dois anos em que ocorreu a troca de mensagens, Edinho não era ministro do governo Dilma. À época, Léo Pinheiro não era investigado pela Lava Jato.
A condenação do ex-dirigente da OAS, em primeira instância, foi 16 anos e quatro meses de prisão, pelas acusações de cometer os crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
09 de janeiro de 2015
Deu no G1
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