"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 16 de abril de 2016

UM LÍDER BUFÃO

Brasília - O vídeo gravado por Lula mostra claramente o desespero de um homem derrotado, de um líder bufão, que ocupou por mais de uma semana um apartamento de luxo de um hotel em Brasília para convencer ($) deputados de que a Dilma não poderia desocupar o Palácio do Planalto, que o impeachment é golpe. A voz gasguita é de quem cansou de falar em vão, porque o resultado certamente será desfavorável ao seu partido e, a Dilma, que nunca governou o país, simplesmente deixa o palácio pela porta dos fundos.

Lula, se a decisão deste domingo for desfavorável, vai desocupar o apartamento de luxo, mas a gerência do hotel precisa ficar de olho com a conta, pois os antecedentes dele e de seus parceiros que ocuparam os imóveis, não são recomendáveis. Se a hospedagem foi paga com dinheiro do governo, o Ministério Público deverá investigar porque o contribuinte não pode pagar a conta de um bando de gente que ocupou um hotel cinco estrelas para fazer lobby político.

Lula chegou a Brasília há dias como um super-homem da política. Falou aos ventos das suas qualidades e da sua habilidade de convencimento. Recebeu parlamentares diariamente, confabulou, e ofereceu ministérios e cargos públicos em todos os órgãos do governo, mas se frustrou. Falava em nome de um partido natimorto, desqualificado e acusado de corrupção. Perdeu a credibilidade e a confiança para continuar argumentado a favor da Dilma. Cansou e entregou as armas quando a Dilma, numa entrevista, jogou a toalha dizendo-se “carta fora do Trabalho” depois da votação do impeachment.

No vídeo que divulgou à população, Lula tem dificuldade de falar, mostra uma expressão de desespero porque sabe, como ninguém, que o afastamento temporário da Dilma pode deixá-lo desprotegido e nas garras do juiz Sergio Moro que, desde o início da semana, colhe com precisão cirúrgica, o depoimento da delação premiada de Marcelo Odebrecht, presidente da empresa, que tenta reduzir a sua pena entregando as maracutaias petistas.

Com o afastamento da Dilma Lula perde todos os “privilégios” que o STF outorgou sem nenhuma base jurídica legal, quando avocou o seu processo à Corte Suprema.

A preocupação do Lula procede porque ele sabe que envolveu sua família no escândalo, deixando-a vulnerável às investigações da Lava Jato. Além disso, abandonou centenas de amigos quando não os defendeu publicamente, a exemplo de Zé Dirceu, Vaccari e tantos outros que amargam cadeia.

Depois deste domingo, se a Dilma for impedida de governar, Lula perde o poder que tinha no governo da amiga. A caneta seca e, com ela, evapora-se o poder do homem que mandou e, principalmente, desmandou no país. Assistirá também a redução dos movimentos sociais nas ruas, porque os líderes vão entender que seus direitos sociais não serão mexidos com o novo governo porque são constitucionais, baseados em leis. Quanto as centrais sindicais, estas aos poucos vão se integrar ao novo governo, com exceção da CUT, sob o risco de desaparecem sem o dinheiro do FAT que as alimentam e as alienam.

Resta ao Lula e a Dilma uma aposentadoria confortável como ex-presidentes e anistiados, o que não acontece com os brasileiros comuns que veem desaparecer o seu minguado dinheiro corroído pela inflação e pela estagnação da economia, herança maldita que os dois deixam ao povo brasileiro.


16 de abril de 2016
Jorge Oliveira

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