"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

CASA DA MOEDA, CASA DA CORRUPÇÃO OU CORRUPÇÃO DA MOEDA?


Desde o início do governo PT, em 2003, a estatal foi alvo de três operações da Polícia Federal para desbaratar quadrilhas que estavam roubando a empresa por meio de fraudes em licitações e contratos fraudulentos. 
Não por acaso, entre os funcionários da companhia, tornou-se comum chamá-la de Casa da Corrupção ou Corrupção da Moeda.
PEGO NO MENSALÃO 

O primeiro escândalo envolvendo a Casa da Moeda na era petista ocorreu em 2005, quando o então presidente da estatal, Manoel Severino dos Santos, foi pego na lista dos beneficiários de propina dentro do mensalão. 

Segundo a PF, ele teria recebido R$ 2,7 milhões do publicitário Marcos Valério, financiador do esquema, ainda preso e muito propenso a fazer delação premiada. 

Manoel chegou à Casa da Moeda por meio da deputada Benedita da Silva, do PT do Rio de Janeiro. 
Ele havia sido secretário Extraordinário de Articulação do governo dela em 2002.
Em 1º de julho de 2015, há exato um ano, a Polícia Federal desbaratou um esquema que fraudava contratos da estatal referentes à implantação do sistema de controle de produção de bebidas (Sicobe). Descobriu-se, por meio da Operação Vícios, que funcionários da Casa da Moeda e da Receita Federal teriam recebido propinas de R$ 100 milhões.
MAIS UM DEMITIDO – O então ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi obrigado a demitir Luiz Felipe Denucci da presidência da empresa. Ele havia chegado à estatal por indicação do PTB, mas ganhou a confiança de Guido Mantega, que comandou a Fazenda no governo Lula e no primeiro de Dilma Rousseff.
No mês passado, a Polícia Federal fez outra operação, denominada Esfinge, para desbaratar uma quadrilha que teria fraudado licitações no valor de R$ 6 bilhões. Funcionários da empresa teriam embolsado R$ 70 milhões em propinas. As fraudes se relacionavam à instalação do Sicobe.
EM DECADÊNCIA 

Com tantas maracutaias, não é de se estranhar que a Casa da Moeda esteja quebrada e incapacitada para produzir coisas básicas, como passaportes, e dependa de uma peça vinda da Alemanha para voltar a operar.
Isso mostra o quanto a empresa está largada do ponto de vista administrativo. Certamente, uma boa gestão teria preparado um plano de contingência para não prejudicar os consumidores e preservar os interesses do país. 
A Casa da Moeda, infelizmente, está entregue à ganância dos políticos.

04 de julho de 2016
Vicente Nunes
Correio Braziliense
 

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