"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

LÍDER DO PMDB DECLARA VOTO EM AÉCIO. DILMA "SÓ DÁ CERTO NA ALBÂNIA" , DIZ ELE.


 
 
Ex-líder do governo Dilma Rousseff, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) fez críticas à gestão da petista e declarou voto no candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves. Em palestra em Roraima para economistas, Jucá disse que votará no tucano porque é o nome com "um pouco mais de condição de mudar a linha de pensamento que não combina com o Brasil". 
 
"Na minha avaliação, temos que mudar o rumo econômico que o Brasil está tomando. A gente tinha duas opções de voto, o Aécio e o Eduardo. Hoje perdemos uma. Eu não quero influenciar ninguém, mas vou declarar o meu. Vou votar no Aécio", afirmou. Apesar de integrar o partido de Michel Temer (PMDB), candidato a vice na chapa de Dilma, Jucá disse que o governo do PT "falha ao pender para a linha ideológica" e adota um modelo econômico que dá certo na "Albânia e no Cazaquistão", mas não no Brasil.
 
"A Dilma tem um discurso socialista e a prática dela é socialista. Você tem um governo ideológico na forma de comandar a economia. Ideologia, centralização, estatização, não combina com capitalismo. Isso dá certo na Albânia, Cazaquistão e alguns lugares onde a visão é outra. No caso do Brasil, nós temos que ter estabilidade e uma boa perspectiva", afirmou. Convidado a falar sobre política e economia, Jucá fez as críticas durante palestra no Conselho Regional dos Economistas de Roraima. A palestra ocorreu na semana passada, no dia da morte de Eduardo Campos (13). O conselho gravou o áudio do encontro, que foi divulgado pelo site "Rede Brasil Atual". 
 
Por meio de sua assessoria, Jucá confirmou o que disse na palestra, mas afirmou que não comentaria suas declarações. Na palestra, Jucá disse que, como economista, não votará no governo Dilma Rousseff por discordar das ações de sua área econômica. O peemedebista chegou a falar em "tarifaço" que ocorrerá no país se a petista for eleita em outubro. 
 
"Estamos vivendo um momento de grande dificuldades e definições. Eu fui líder do Fernando Henrique, do Lula e do começo do governo da Dilma. Mas sou economista. E vou dizer a vocês com muita sinceridade: do jeito que o governo está tocando a economia, eu não voto no PT. O Brasil não aguenta quatro anos do jeito que os caras estão levando." 
 
O peemedebista disse que o governo Lula foi diferente do de Dilma porque o petista fazia um discurso social, mas tomava medidas capitalistas, enquanto a presidente mantém a linha socialista. Também criticou alianças do governo com países como Venezuela e Argentina, além do modelo legislativo adotado pelo Palácio do Planalto. Jucá disse estar "cansado" de pegar leis do Executivo e "ter que mudar tudo". 
 
"É pouca gente ali [no Congresso] que sabe o que está fazendo. Normalmente, as pessoas votam ali sem saber. Quando você chega na Câmara então, é uma loucura", criticou. Além de ter sido líder de Dilma até 2012, Jucá também foi líder no Senado de parte do governo Lula e na gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O senador também é relator do Orçamento da União de 2015, peça considerada vital para o futuro presidente do país. 

ATAQUES
 
As críticas de Jucá são reproduzidas, nos bastidores, por uma ala do PMDB insatisfeita com Dilma. Parte do PMDB considera que a presidente não dialoga com o Congresso e impõe medidas econômicas contrárias ao que defende a sigla. Em junho, o partido aprovou o apoio à reeleição de Dilma com críticas ao PT e ao governo. Foram 398 votos pela manutenção da aliança (59%) contra 275 (41%) da ala que defendia o rompimento. Em 2010, o apoio peemedebista à chapa de Dilma havia sido aprovado por 85% dos convencionais. 
 
A ala contrária a Dilma chegou a discursar contra a aliança e a distribuir panfletos em que acusa o governo de ineficiência e corrupção. Maior aliado do PT na coalizão dilmista, o PMDB possui cinco ministérios, mas reclama constantemente que seu espaço é pequeno e que não tem autonomia total nas pastas sob sua responsabilidade.
 
(Folha Poder)
 
18 de agosto de 2014
in coroneLeaks

Nenhum comentário:

Postar um comentário