O número de alunos das instituições federais de ensino cresceu 144%, mas a produção científica perdeu qualidade.
Entre 2000 e 2018, as universidades federais passaram a consumir 123% mais recursos, descontada a inflação. A despesa subiu em relação ao orçamento total e ao PIB (Produto Interno Bruto), segundo dados levantados pelo site Poder360.
No ano 2000, o gasto com as 48 universidades federais que existiam foi de R$ 21,6 bilhões, em valores atualizados pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Várias instituições de ensino foram criadas desde então. Em 2018, o número de universidades atingiu 63 e o gasto, R$ 48,1 bilhões.
A maior parte da alta de despesas foi no governo do ex-presidente Lula da Silva (2003 a 2010). Em seguida, no período analisado, está o governo da também petista Dilma Rousseff (2011 a 2016).
Há dúvidas, porém, quanto aos benefícios conseguidos com a maior destinação de dinheiro do contribuinte para o ensino público federal.
A pesquisa acadêmica é o sinal mais eloquente da baixa eficiência do gasto com universidades no Brasil.
A qualidade da produção brasileira é baixa quando comparada à de outros países. E ficou relativamente pior nos últimos 18 anos.
De acordo com o ranking Scimago, o Brasil está em 14º no mundo na produção de artigos científicos, mas no número de citações desses trabalhos, 1 indicador de relevância, cai para a 83ª posição. A amostra inclui 94 países com mais de 1.000 artigos publicados por ano.
22 de julho de 2019
renova mídia
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