"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

AS FÉRIAS DO CONGRESSO E AS BASES PARTIDÁRIAS



Congresso Nacional ficará 15 dias parado, em recesso
Os quinze dias de férias do Congresso, de 1 a 15 de julho, servirão para deputados e senadores perceberem com mais intensidade o sentimento de suas bases com relação ao governo. Pelo jeito, muitos integrantes do bloco oficial voltarão balançados, senão descrentes das possibilidades de a presidente Dilma recuperar sua popularidade. Vai crescer, nas bancadas do PT, a tendência pela adoção de uma linha de independência diante do palácio do Planalto, em especial por conta da política econômica. Fatores como o desemprego, a inflação, a alta do custo de vida, dos impostos e das tarifas de serviços essenciais, mais a compressão salarial, pesam na balança para gerar a descrença da opinião pública com o governo.
O Lula foi dos primeiros a perceber a queda não apenas nos índices de aceitação do governo Dilma, como, também, a necessidade de os companheiros retomarem propostas hoje esquecidas pela maioria, como mais reformas sociais, participação dos empregados no lucro das empresas, estabilidade no emprego, cogestão e outros.
MÁS PERSPECTIVAS
Mais do que as pesquisas vale o contato direto com os eleitores e as perspectivas não são boas para os governistas. As eleições municipais do próximo ano consistirão no primeiro termômetro formal para se aferir as tendências populares. O partido que fizer mais prefeitos e vereadores, se obtiver números significativos, poderá posicionar-se para as eleições para o Congresso, dois anos depois.
Já as eleições presidenciais, na mesma data, dependerão de outros fatores, muito mais pessoais do que partidários. É cedo para projeções, mas se a escolha fosse esta semana o Lula seria o candidato do PT, disputando com Aécio Neves, do PSDB, atualmente tendo recuperado o espaço que punha Geraldo Alckmin nos seus calcanhares. No PMDB, Michel Temer surge como opção natural, mas Eduardo Cunha vem trabalhando. Ronaldo Caiado gostaria de disputar pelo DEM.

29 de junho de 2015
Carlos Chagas

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