Temos no Brasil algo em torno de 11 milhões de pessoas nas diversas folhas de pagamento do setor público. Tranquilamente, sem medo de errar, a metade está sobrando. Cinquenta por cento representam R$ 260 bilhões por ano só de folha de pagamento, fora as despesas que eles criam.
Prefeito nenhum, governador ou presidente, até agora, mandou algum desses parasitas procurar trabalho, pois no setor público eles tem apenas emprego, sem ter nenhum trabalho a executar.
As maneiras de enfrentar a crise em que a incompetente nos colocou – com a concordância da classe política, pois os da oposição têm a mesma irresponsabilidade em seus estados e municípios –, seguindo a velha cartilha do FMI, é trágica.
Mais uma vez, por não querer enfrentar as causas da nossa situação, chutamos o traseiro das empresas privadas e seus trabalhadores, retrocedendo o pouco que avançamos nestes anos pós Plano Real.
MANEIRA CRETINA
Hoje me coloco numa posição radicalmente contra esta maneira canhestra de resolver a crise criada pela irresponsabilidade dos governantes. É sempre a mesma maneira cretina, criminosa, irresponsável, de passar de largo das causas e tentar modificar os efeitos, não importando quantos cidadãos e trabalhadores terão que pagar, mesmo não devendo.
Minha proposta para a crise atual – pois aguardar por Capitalismo Social não dá –, forjada pelos governantes e não pelo capitalismo, é simples e de eficácia mais rápida e menos traumática para o país, pois não haverá recessão:
- A Lei de Responsabilidade Fiscal determinará que as folhas de pagamento do setor público não poderão ultrapassar 30% da receita líquida, sob pena de cassação do mandato do chefe do Executivo.
- Todos os Tribunais de Conta passarão a ter seus Ministros escolhidos por concurso.
- Os Ministérios deverão ser no máximo em número de 14, da mesma forma as Secretarias Estaduais e Municipais.
- Todas as empresas estatais terão suas diretorias escolhidos entre profissionais do ramo.
ESTADO EFICIENTE
Vamos ver quem tem mais poder. O Primeiro Poder, o poder oculto, o funcionalismo público, a quem vimos sustentando desde sua chegada ao Brasil junto com D. João VI, ou os outros três podres poderes, juntamente com a sociedade.
Um fato precisamos algum dia enfrentar: não podemos à cada crise gerada pelo setor político, sacrificar impunemente o setor produtivo do país. À cada crise, desmonta-se o setor produtivo e depois para recomeçá-lo, vendemos a alma ao capital estrangeiro, como já está acontecendo novamente.
Não confundir esta proposta com o estado mínimo do liberalismo. O que eu defendo é o Estado eficiente.
29 de junho de 2015
Martim Berto Fuchs
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