"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

O CALDEIRÃO DO PMDB RJ NAS SUCESSÕES




Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é um mestre na arte de dar pontos com nó. Cada aperto de mão, cada proposta embute uma expectativa de ganho político. Em março, o presidente da Câmara dos Deputados iniciou em Curitiba (PR) um projeto chamado “Câmara Itinerante”, de sessões nas assembleias legislativas pelo país. 
Foi a senha para especulações sobre uma eventual candidatura sua à Presidência da República em 2018. Questionado sobre o tema, Cunha anunciou Eduardo Paes, prefeito do Rio, como seu candidato a presidente.

Nos gabinetes do poder fluminense, comenta-se que o verdadeiro plano de Cunha é o governo do Estado. Impulsionado pela reeleição e pelo extenso projeto urbanístico associado aos Jogos Olímpicos de 2016, Paes pode ser considerado, sem dúvida, pré-candidato a presidente em 2018.

Mas o caminho natural para o prefeito do Rio seria o governo do Estado. Dado o cenário atual, dificilmente perderia a corrida. Ao apoiar Paes para presidente – um desafio duríssimo para qualquer um -, Cunha habilmente fortalece seu nome no partido em direção ao Palácio Guanabara. No discurso, pelo menos, Paes afirma que só decidirá seu futuro após a Olimpíada.

DISPUTA EMBOLADA

A disputa entre os peemedebistas pelo Palácio da Cidade em 2016 não é menos embolada. Em dezembro, Paes lançou o deputado federal Pedro Paulo, seu ex-secretário de governo, como candidato a sua sucessão no ano que vem. 
O presidente do PMDB do Rio, Jorge Picciani, principal cacique do partido no Estado, tem outros planos. Seu candidato a prefeito é seu filho Leonardo Picciani, também deputado federal.

Para complicar ainda mais o jogo, engana-se quem pensa que o ex-governador Sérgio Cabral julga-se morto. Cabral também cogita disputar a Prefeitura do Rio em 2016, com a esperança de unir Paes e Picciani ao seu redor.

29 de junho de 2015
Leonardo SouzaFolha

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