"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 26 de março de 2015

MINISTÉRIO PÚBLICO REAGE À ALEGAÇÃO DE QUE DOAÇÕES ERAM LEGAIS

O Ministério Público Federal vai tentar derrubar, nas denúncias contra investigados na Lava Jato, a queixa dos políticos de que há uma tentativa de “criminalização das doações eleitorais”. 
Os procuradores da República colecionam provas – fluxograma de recursos, depoimentos, planilhas de coincidência de datas entre repasses a partidos e pagamentos na Petrobras – para demonstrar que as doações eram lavagem de propina fruto de desvios e superfaturamento em contratos na estatal.
Os investigadores negam que haja uma tese generalista sobre doações. “É o mesmo que dizer que apontar lavagem de dinheiro em postos de gasolina significa criminalizar a venda de combustíveis”, ironiza um membro da força-tarefa.
Na chamada petição do fim do mundo, de nº 5260, que descreve a quadrilha no petrolão, há e-mail de construtora que cobra de Alberto Youssef recibo de doação eleitoral pedida por ele.
IGUAL AO MENSALÃO
Para quem participa da apuração do petrolão, a choradeira sobre doações legais lembra o mantra de políticos no mensalão de que todos os crimes eram só caixa dois eleitoral.
Outra convicção do Ministério Público e da Polícia Federal é que a interrupção do mensalão, em 2005, aumentou a pressão sobre os diretores indicados por partidos na Petrobras para que pagassem propina a políticos.
O ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa diz claramente em seus depoimentos que a cobrança era menor até 2006.
RASTREANDO CONTAS
A empresa de investigação Kroll apresentou a deputados da CPI roteiro prévio para recuperar dinheiro no exterior. Além de rastrear contas de delatores, também deve se fixar na venda de ativos da Petrobras fora do país.
A comissão ainda ajusta termos do contrato, cujo custo é estimado em R$ 500 mil. Serão duas parcelas: uma na contratação e outra depois dos resultados.

26 de março de 2015
Vera Magalhães
Folha

Nenhum comentário:

Postar um comentário