"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 9 de março de 2014

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

 

Legitimidade contra o inimigo do Brasil
 

"O sistema de governo mais perfeito é aquele que produz a maior quantidade de felicidade possível, maior quantidade de segurança social e maior quantidade de estabilidade política." (Simon Bolívar, em 1830).

Quem manda no Brasil? Lá fora, o consenso é que o poderoso chefão do Brazil se chama Luiz Inácio Lula da Silva. Ele é o Presidentro. Dilma Rousseff, que se proclamou “Presidenta”, embora se comporte como uma “Presidanta”, não passa de uma “matrioshka”. Dilma é fofa como aquela bonequinha russa. Disfarce perfeito para uma marionete comunista arrependida, convertida a um socialismo moreno, bolivariano, neobrizolista, refém dos camaradas do Foro de São Paulo. Lula manda, Dilma obedece, mas ambos são agentes parceiros da Oligarquia Financeira Transnacional que coloniza o Brasil.

“O Brasil que se deseja para o futuro está sendo construído no presente”. Este slogan, adotado pelo “Fórum Brasil Diálogos Capitais”, promovido pela revista Carta Capital, é o nosso atestado de óbito nacional antecipado. O evento reunirá a nata do Socialismo Fabiano, nos dias 18 e 19 de março, no Hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo. Se aquilo que o Brasil constrói agora será o nosso futuro, com certeza, a perspectiva é tenebrosa. O futuro será uma merda. Nossa história se repetirá como a velha farsa de sempre. E o Capimunismo Tupiniquim segue adiante...

Precisamos mudar! Por isso, vale a pena dar uma relida atenta no artigo “Limitações de visão estratégica”, escrito pelo administrador de empresas Luiz Antônio P. Valle, publicado neste Alerta Total em 6 de março. O autor chama atenção de que o Brasil está jogando errado e ficando de fora do grande jogo mundial. Valle lembrou que, no final da década de 60, e inicio de 70, dos países do BIRC, o Brasil era o que apresentava, junto com a URSS na época (em versão menor a atual Rússia), a melhor situação:

“Crescia economicamente a taxas elevadas, possuía um parque fabril bem instalado, desenvolvia tecnologia, detinha controle sobre os ativos estratégicos (telecomunicações, petróleo, mineração, energia, bancos, etc), tinha uma pujante indústria bélica em desenvolvimento e Forças Armadas respeitadas em todo o continente. Não se vislumbrava no hemisfério sul rival a altura”.

Valle provoca, com uma pergunta autorespondível: “Qual o quadro atual? Todos sabem. Pelos frutos se conhece a árvore. China, Rússia e Índia tem hoje uma economia forte, mas o mais importante, capacidade bélica de dissuasão às pretensões contrárias, capazes de defender seus interesses estratégicos e ter sua opinião ouvida e respeitada nos fóruns internacionais. Não estão de joelhos, submissos. E o Brasil, como está?”.

A resposta é o princípio do nosso fim como País soberano – que a cada dia fica difícil de chamar de “Nação”. Qualquer um constata que a “Nação Rubronegra” ou a “Nação Corinthiana” têm mais unidade que o Brasil – lugar desgovernado, cada vez mais perdido em seus conceitos, princípios e fins. Assim, no jogo globalitário, o Brasil vai se consolidando como a colônia de exploração mantida artificialmente na miséria pela Oligarquia Financeira Transnacional, embora seja uma terra rica em recursos naturais, alimentares e até humanos.

Desenvolvem-se países que fizeram uma opção pela soberania, segurança, educação e produtividade, com geração de renda e consequente bem estar e consumo, que indicam crescimento real. O Brasil não se desenvolve e nem cresce com os outros. O motivo é simples. Aceitamos fazer a opção política e estratégica equivocada. Os discursos acadêmicos, tecnocratas e dos corruptos políticos prometem o “País do futuro”. Nossa prática nos coloca na vanguarda do atraso. Matamos o tempo, e o tempo nos enterra, no País das Marmotas...


O Brasil das Marmotas sofre da chamada “doença do amanhã”. O mal consiste na crença prometida, no discurso vazio, de que, no futuro, vamos resolver tudo, enquanto, no presente, nada fazemos para solucionar problemas surgidos há um longo passado. Psicossocialmente, temos dificuldade em viver o momento presente, da melhor, mais correta e verdadeira forma possível. Nosso jogo se baseia em apostas inseguras, ilógicas e fanáticas – e não em resultados concretos, palpáveis, obtidos passo a passo, dia a dia.

O Brasil é um País de mentira. Juramos e perjuramos com a mesma facilidade lúdica. Odiamos assumir compromissos e cumpri-los, fielmente. Objetivos reais? Metas verdadeiras? Planejamento Estratégico? Organograma? Cronograma? Somos péssimos nestes quesitos básicos para a atividade Política – que consiste na definição do que se deseja fazer. Talvez seja por tal deficiência que, em pouco mais de 500 anos de História, ainda não formulamos, claramente, um “Projeto de Nação”. O vírus nos sacaneia: “Amanhã seremos, estaremos, faremos”...

Sobrevivemos em permanente clima de fanáticos torcedores, por alguma coisa ou alguém... Assim, entramos de gaiato no jogo dos derrotados. O carnaval está acabando... Se nossa escola de samba venceu ou não pouca diferença faz... O negócio foi polir a máscara da mentira e rasgar a fantasia. Daqui a pouco vem a Copa da Fifa. Vamos torcer por um “Brasil”. A tal Pátria de Chuteiras. Isto nos dá ilusão de ser “Campeão do Mundo”. Ganhando ou perdendo, “praianinha vou bebendo”... Porre de felicidade se vencer. Ressaca de tristeza se perder. E deixamos a vida nos levar – como definido no Primeiro Teorema de Zeca Pagodinho.

Depois vem a eleição. A torcida vai à loucura. Transforma os partidos em times de futebol. Os políticos entram em campo. Uns, como craques, a maioria, como pernas-de-pau. Ruins de bola mesmo são as ideologias. Seus radicalismos tomam conta das arquibancadas imaginárias. O pau vai quebrar no teatro virtual. Galeras organizadas e bem pagas partirão para destruir seus inimigos. Enquanto os programas nada gratuitos de rádio e tevê venderão promessas enganosas, os artistas da politicagem sairão às ruas ou invadirão nossos lares, computadores e smartphones com o pedido de voto – obrigatório, em nossa ilegítima ditadura.

O resultado final será o de sempre. Não importa quem ganhe. Se for a atual quadrilha que promove a festança nada santa o ano inteiro, a cada mandado que os otários lhes dão de presente compulsoriamente, a situação de atraso do Brasil tende a avançar ainda mais. Se entrar um novo grupo, que mantenha praticamente a mesma filosofia antiprodutiva e a política econômica que sempre tivemos ao longo da história, pouco vai se alterar. O Brasil parece condenado a seguir na mesma escatologia. Não é à toa que somos especialistas no cultivo e estudo aprofundado da mesma merda de sempre...

Para sair dessa situação, não basta apertar o botão da descarga. Como pecamos na infraestrutura, a merda vai se espalhar e infectar ainda mais o ambiente. A limpeza precisa ultrapassar a mera estética e atingir as raias da estrutura. O modelo mental do brasileiro precisa ganhar foco em resultados reais e compensadores. As pessoas de bem, que querem sinceramente o bem comum, independentemente de ideologias de torcidas organizadas, precisam se unir a grupos abertos a se juntar a outros com os mesmos propósitos de melhorar um lar, um condomínio, um bairro, uma cidade, uma região, um estado, para, enfim, chegar a construir e melhorar uma Nação.

Novamente, esbarramos em uma deficiência da nossa “torcida”. A maioria esmagadora acha que as coisas só vão para frente se houver um líder para conduzir a grande massa... O problema democrático brasileiro sempre residiu nesta ilusão institucional... Delegamos a algum líder, o “Salvador da Pátria”, aquilo que deveria ser a tarefa de cada um, capaz de formar uma corrente de união... O tal “liderança de araque”, quando chega ao poder, cuida dos interesses dele e de seu grupo próximo. Logo se esquece do bem comum. E luta, com todas as armas e recursos, para permanecer onde está. Assim, repetimos o ciclo do cachorro que corre atrás do próprio rabo, até cansar ou morrer...

Temos cura? Do jeito que a coisa vai, parece que temos curra... O remédio é complicado... De imediato, o paciente precisa perder a paciência e provar que deseja mudar... Tomando uma dose cavalar de vontade política, e unindo-se a outros com a mesma disposição, até formar uma grande corrente de união, vamos partir para as soluções fundamentais: Legitimidade, Ordem Pública, Segurança, Educação, Produtividade, Infraestrutura e Renda, para que possamos atingir os objetivos fundamentais: soberania, progresso, paz social, democracia, integridade do patrimônio e integração nacional.

Um país só se torna potência mundial se seu povo entender que é preciso seguir tal receita. O Brasil tem tudo para ser uma potência. Basta ter vontade política para tal. Temos recursos naturais (principalmente água, minerais estratégicos e potencial energético). Temos a maior capacidade mundial de produzir alimentos. Temos um povo euroafroameríndio com capacidade criativa e potencial de estudo e trabalho (se superarmos a narcodependência das bolsas vagabundagem).

Para sermos potência, além da vontade, só precisamos de Forças Armadas com real e efetiva capacidade bélica de dissuasão. Infelizmente, estamos reprovados no quesito. Tudo graças à sabotagem ideológica e orçamentária promovida pelos agentes conscientes dos verdadeiros inimigos do Brasil. A oligarquia financeira transnacional, que controla a economia mundial, só nos quer como colônia de exploração, e não como parceiro de decisões no jogo de poder global. Nossos militares já conhecem o inimigo real. Mas estão aparentemente neutralizados por ele e seus marionetes políticos internos.


Remover a quadrilha do crime organizado do poder é uma tarefa urgente. Os bandidos farão o diabo para permanecer onde estão. O jogo reeleitoreiro vai ser imundo. Mas quem tem a intenção de promover a limpeza institucional jamais pode se portar como freira no interior do prostíbulo. Não basta discurso moralista para retirar os elementos criminosos do poder, substituindo por outros que farão a mesma coisa. A petralhada não é o inimigo. Os petralhas são meros agentes do inimigo real.

A arma mais imediata contra o inimigo e seus agentes é a Legitimidade. Legítimo é aquilo que favorece, ao mesmo tempo, o interesse público, respeitando os direitos individuais. Tudo que fugir desta regra básica tem de ser combatido. Não pode ser aceito! Só uma “Cadeia da Legitimidade” pode implantar a República no Brasil. A Legitimidade é a base para permitir um equilíbrio constitucional que conseguirá aprimorar os poderes Judiciário, Executivo e Legislativo. A Legitimidade punirá o crime, combatendo o crime na raiz.

Em resumo, o Brasil tem de ser reinventado, urgentemente. Legitimidade, já! O resto acontece como consequência, com a ajuda de Deus, e o trabalho de cada brasileiro de bem.

Conselho útil

Para quem acredita Nele:

Então, disse JESUS aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; (MATEUS 16:24)”.

Tudo como dantes?


Programa de Domingo à noite

 
Neste domingo, às 22 horas, participamos do programa Direito e Justiça em Foco, com o Desembargador Laercio Laurelli, que faz a chamada acima.

Será exibido pelo canal 26 da Net (e 154 também da NET, porém em HDTV digital), 21 da TVA e 53 da UHF em São Paulo.

Também pode ser assistido pelo site em tempo real: http://www.redegospel.tv.br/
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
 
09 de março de 2014Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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