"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 6 de julho de 2014

ATAQUES TERRORISTAS PASSARAM A SER ROTINEIROS NO EGITO, QUE ESTÁ SE TORNANDO UM PAÍS INVIÁVEL


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Simpatizantes de Mursi entram em confronto com a polícia no Cairo: bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas contra manifestantes<br />
Foto: AL YOUM AL SAABI / REUTERS


A Primavera Árabe decididamente ameaça mergulhar o país num ciclo de retrocesso econômico e social. Na quinta-feira, um atentado a bomba e confrontos entre a polícia e manifestantes no Cairo deixaram cinco pessoas mortas, no primeiro aniversário de um ano do golpe militar que depôs Mohamed Mursi, o primeiro presidente eleito do Egito. Houve protestos em diversas cidades e 200 manifestantes foram presos.

Os  atentados terroristas não cessam. A capital Cairo tem sido assolada por uma séria de pequenas explosões nos últimos dias, e dois policiais morreram na segunda-feira quando tentavam desarmar bombas deixadas perto do palácio presidencial.

O balanço de um ano de confrontos indica a morte da mais de 2 mil pessoas, 20 mil prisões e relatos de tortura. Atualmente, toda a cúpula do governo deposto, incluindo o próprio Mursi, está presa. Mohamed Badie, o líder espiritual da Irmandade Muçulmana, foi sentenciado à morte, junto com centenas de outros militantes islamitas.
O movimento, ao qual Mursi é ligado, era tolerado na época do governo Mubarak, mas voltou à clandestinidade após a reviravolta no Egito.

A crise econômica é gravíssima e o turismo tornou-se uma atividade decadente. E o mais importante país do Oriente Médio está ficando inviável e sem perspectivas. Conforme previmos aqui na Tribuna da Internet, o Egito vai acabar sentindo saudades do ditador Hosni Mubarak.

06 de julho de 2014

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