O impagável humor do Duke atinge o coração do que inconscientemente habita o imaginário coletivo. Repito a charge que emoldura o texto já apresentado sobre a 'evacuação' dos Sarneys, por que a imagem e o diálogo que ampara o humor, resume o sentimento - seria nacional? - de alegria, com a defenestração pela porta dos fundos da política, dos que semearam o atraso, não apenas no Maranhão, do qual se apossaram como verdadeiros latifundiários, mas de toda sorte de vergonhosos espetáculos de fisiologismos e corrupção.
Custa crer que finalmente as ostras abandonaram o casco do navio já quase naufragado, não porque tenham caído na súbita consciência dos malefícios praticados, mas pelo expurgo das urnas, dos votos que democraticamente lhes seriam negados.
Farejando o fracasso, pretenderam sair como 'estadistas', apostando na amnésia política. Erraram ao crer que os que padeceram as injustiças e o mais absoluto desamparo de políticas públicas, esqueceriam os males sofridos.
Nem mais o golpe, dos que carregam o repúdio dos seus conterrâneos, da mudança de domicílio eleitoral, foi capaz de continuar o engodo.
Enfim, livre da famigerada família, pode o país respirar e sonhar com o expurgo dos semelhantes que ainda habitam, alguns os porões da fraude e da corrupção, e outros, o luminoso palco da hipocrisia.
m.americo
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