A candidata Dilma aparece com 36% das intenções de votos. Como esta média não supera a soma das intenções de votos dos demais candidatos, que é de, exatamente, 36% – Aécio (20%) + Campos (8%) + Pastor Everaldo (3%) + Outros (5%) –, a disputa eleitoral vai para o segundo turno.
A nova pesquisa Datafolha colimou ainda mais o resultado em relação a última pesquisa que realizou. Ouvindo 5.377 eleitores o erro estatístico admitido para a pesquisa ficou bem próximo dos 2% divulgados.
Vejam, para os 5.377 eleitores entrevistados temos um erro calculado de: 5.377 = (3² x 0,5 x 0,5)/e². Calculando, temos:
5.377 = (3² x 0,5 x 0,5)/e²
e² = 2,25/5.377
e = 0,00042^1/2
e = 0,0204 ou 2,04%
e² = 2,25/5.377
e = 0,00042^1/2
e = 0,0204 ou 2,04%
Ou seja, confirma-se que o Datafolha divulgou acertadamente o erro admitido para a pesquisa, diferentemente de outros institutos em pesquisas anteriores.
EMPATE TÉCNICO
Sendo assim, e considerando a existência do segundo turno, a pesquisa levantou a informação de que é de 44% as intenções de votos para a candidata Dilma, e de 40% para o segundo colocado, o candidato Aécio Neves.
Diante destas informações e considerando o erro de estimativa admitido na pesquisa, estatisticamente há um empate técnico no segundo turno entre estes dois candidatos, pois a possibilidade é de que Dilma tenha 44% – 2% (para baixo) = 42%, e, Aécio Neves 40% + 2% (para cima) = 42%. Ou seja, os dois candidatos apresentam a mesma média de intenções de votos quando considerado o erro de estimativa admitido na pesquisa.
O mesmo raciocínio não ocorre em relação ao terceiro colocado, o candidato Eduardo Campos, que, segundo a pesquisa, aparece com a média de 38% das intenções de voto no segundo turno. E, se somada ao erro de estimativa admitido 38% + 2% = 40%, continua abaixo da média apresentada pela candidata Dilma, significando a vitória desta no segundo turno, por dois pontos de diferença.
Diante da presente pesquisa, portanto, já não dá para a presidente Dilma comemorar antecipadamente uma possível vitória. Pelo contrário, os números mostram que há dúvida e a possibilidade de uma virada de intenções de voto na corrida eleitoral.
Está cada vez mais emocionante. Ou, interessante, se preferirem.
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