Julia Chaib
Sete em cada 10 deputados federais vão tentar permanecer no Congresso Nacional pelos próximos quatro anos.
A ambição da maioria dos parlamentares, entretanto, deve esbarrar no desejo dos milhões de pessoas que foram às ruas em 2013 para reivindicar, entre outros temas, a renovação na política. Na análise de especialistas, os protestos do ano passado ecoarão nas urnas em outubro.
A projeção inicial do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) é de que a mudança de nomes na Câmara bata recorde em comparação às últimas quatro eleições e supere a taxa de 50%.
De acordo com o DIAP, 77,97% dos deputados federais serão candidatos à reeleição este ano.
O percentual é praticamente o mesmo de 2010, quando 79% dos parlamentares tentaram se reeleger na Câmara. A renovação costuma ser inversamente proporcional à quantidade de deputados que tentam a reeleição dos mandatos. Desta vez, no entanto, a situação tende a ser diferente, segundo levantamentos do instituto.
“Acredito que o índice de renovação será de, no mínimo, 50%, algo atípico. Estaremos próximos dos percentuais verificados em 1990 e em 1994”, diz Antônio Augusto Queiroz, assessor parlamentar e analista político do DIAP. Ele explica que o prognóstico foi feito considerando o ambiente político, o custo de campanha e os históricos anteriores.
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