Além disso, os adversários estreitaram a diferença em relação à candidata à reeleição nas simulações de segundo turno. Dos 7 pontos do começo de julho, Aécio Neves (PSDB) tirou 3 e está agora apenas 4 pontos atrás de Dilma. Eles estão tecnicamente empatados. Já Eduardo Campos (PSB) viu sua distância para a petista diminuir de 13 pontos para 7 em apenas duas semanas.
CLIMA DE FESTA
Durante a Copa, o governo federal e estatais como Petrobras e Caixa Econômica ocuparam grande parte dos intervalos dos jogos e dos programas esportivos com propagandas. Somava-se a isso o fato de as atenções estarem voltadas para a competição, de haver um clima de festa e de o noticiário sobre a organização do evento ser positivo – além do aumento da auto-estima dos brasileiros por causa da aprovação dos estrangeiros.
Com o fim da Copa, imediatamente as atenções se voltam para os problemas do dia-a-dia, em especial a perda de poder de compra acarretada pelo aumento continuado de preços. A desaceleração do ritmo de criação de empregos formais é outro sinal preocupante para a economia e, por tabela, para Dilma.
Nada disso deve melhorar até agosto. O período entre a Copa e o começo do horário eleitoral no rádio e na TV é crítico para Dilma Rousseff (PT). As estatais e o governo estão proibidos de anunciar enquanto os indicadores econômicos continuam piorando. A esperança da presidente é ter direito a muito mais tempo na propaganda eleitoral do que os rivais.
Os resultados cada vez mais parelhos das simulações de segundo turno são uma boa projeção de como esta campanha deve ser disputada e de como a diferença tende a ser apertada. A eleição presidencial de 2014 está muito mais para Argentina 0 x 0 Holanda do que para Alemanha 7 x 1 Brasil.
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