O governo não pode se dizer surpreendido pela realidade, pois, o caos econômico atual foi bastante previsível. A dúvida havia somente sobre o momento exato desse reflexo conjuntural, que para a felicidade da nação está se apresentando antes das eleições. Realidade que nem a contabilidade criativa nem a maquiagem de números por parte do governo serão suficientes para escamotear.
A partir de agora será mais fácil o eleitor concluir sobre a verdadeira desenvoltura do atual governo e decidir-se pela alternância do poder e a chance dada ao país de experimentar uma nova perspectiva conjuntural sob uma nova dinâmica econômica, política, social e até cultural.
O país está parando! E inflação de dois dígitos, com o rendimento do trabalhador acuado do jeito que está, seria a própria extensão da desgraça total. Por enquanto, a inflação anual se encosta em 7,63%. Mas pode aumentar um pouco mais no segundo semestre.
Principalmente em função dos três últimos meses do ano, que puxam os preços para cima em decorrência do aumento do volume de vendas do comércio e da expectativa dos reajustes do início do ano.
Por enquanto a taxa inflacionária apresenta a seguinte projeção: i = [(1,0055 x 1,0069 x 1,0092 x 1,0067 x 1,0046 x 1,004)^2 - 1] x 100 = 7,63%.
E O PETRÓLEO?
O Brasil só alcançará a autossuficiência em 2019, segundo as próprias palavras da presidente da Petrobras, Graça Foster. Por enquanto, seguimos importando 20% do que a economia consome. E o pior, com a Petrobras subsidiando a diferença de preço entre o valor de importação (mais caro) e o valor do combustível repassado às distribuidoras (mais barato).
O efeito é a redução do lucro da Petrobras num montante de R$10 bilhões anuais, enfraquecendo o caixa e a capacidade de endividamento da empresa. Tudo isso para que o governo controle artificialmente a inflação nos preços dos combustíveis.
É o chamado represamento dos preços administrados.
25 de julho de 2014
Wagner Pires
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