Terminada a Copa do Mundo, é hora de pensar o que fazer com o principal legado, os 12 luxuosos estádios de futebol, que passaram a ser chamados de arenas. E a verdade é que o Brasil agora tem 12 moderníssimos elefantes brancos cuja manutenção custa uma fortuna e assusta os governantes.
Um bom exemplo é o Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, cuja reforma custou R$ 1,4 bilhão. Desde a grandiosa reinauguração, em maio de 2013, com a presidente Dilma Rousseff dando o pontapé inicial e tudo o mais, o estádio foi palco de cerca de 50 eventos, entre partidas de futebol (incluindo amistosos da seleção e jogos da Copa) e apresentações musicais. No total, apenas cerca de 1,2 milhão pessoas passaram pela arena do ano passado para cá.
A arrecadação girou em torno de R$ 3,2 milhões, enquanto somente as despesas com água e energia elétrica foram de R$ 1,5 milhão, quase a metade. Somando-se os custos de pagamento de pessoal e manutenção, pode-se concluir que o empreendimento está dando um baita prejuízo e jamais pagará o investimento.
CENÁRIO SOMBRIO
A agenda até o final do ano só aprofunda esse cenário sombrio. O secretário extraordinário da Copa no Distrito Federal, Cláudio Monteiro, tenta fingir empolgação ao anunciar que o estádio deve ser palco de alguns eventos ao longo do segundo semestre. “Teremos pelo menos mais seis jogos da primeira divisão por aqui esse ano. Além disso, em dezembro, devemos realizar a segunda edição do Torneio Internacional de Futebol Feminino, com a seleção brasileira feminina”, disse, acrescentando que duas atrações musicais internacionais se apresentarão na cidade até o fim do ano.
Para se livrar do problema, a solução do governo do Distrito Federal é genial: o estádio Mané Garrincha será entregue à iniciativa privada. Este é o objetivo do governador Agnelo Queiroz (PT). Segundo ele, a discussão está avançada e será retomada agora com o fim da Copa do Mundo. “Estudaremos a realização de uma licitação internacional destinada a transferir a administração do estádio” afirmou.
O secretário Cláudio Monteiro admite que os estudos para a privatização do estádio ocorrem desde a época em que a arena estava sendo construída. Ou seja, o governo já sabia que se tratava de uma obra sem perspectivas.
E Monteiro tenta aparentar otimismo. Segundo ele, existem diversos empresários interessados em assumir a gestão do espaço. “A Copa serviu para valorizar ainda mais o Mané, é uma pena que ainda haja quem pense que se trata de um elefante branco”, desabafou.
Bem, privatizar é preciso, mas vai ser muito difícil que o poder público consiga recuperar pelo menos um centavo do total de R$ 1,4 bilhão consumido pela reforma. E tudo isso já era sabido e esperado, em função dos elefantes brancos abandonados na África do Sul. E la nave va…
Um bom exemplo é o Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, cuja reforma custou R$ 1,4 bilhão. Desde a grandiosa reinauguração, em maio de 2013, com a presidente Dilma Rousseff dando o pontapé inicial e tudo o mais, o estádio foi palco de cerca de 50 eventos, entre partidas de futebol (incluindo amistosos da seleção e jogos da Copa) e apresentações musicais. No total, apenas cerca de 1,2 milhão pessoas passaram pela arena do ano passado para cá.
A arrecadação girou em torno de R$ 3,2 milhões, enquanto somente as despesas com água e energia elétrica foram de R$ 1,5 milhão, quase a metade. Somando-se os custos de pagamento de pessoal e manutenção, pode-se concluir que o empreendimento está dando um baita prejuízo e jamais pagará o investimento.
CENÁRIO SOMBRIO
A agenda até o final do ano só aprofunda esse cenário sombrio. O secretário extraordinário da Copa no Distrito Federal, Cláudio Monteiro, tenta fingir empolgação ao anunciar que o estádio deve ser palco de alguns eventos ao longo do segundo semestre. “Teremos pelo menos mais seis jogos da primeira divisão por aqui esse ano. Além disso, em dezembro, devemos realizar a segunda edição do Torneio Internacional de Futebol Feminino, com a seleção brasileira feminina”, disse, acrescentando que duas atrações musicais internacionais se apresentarão na cidade até o fim do ano.
Para se livrar do problema, a solução do governo do Distrito Federal é genial: o estádio Mané Garrincha será entregue à iniciativa privada. Este é o objetivo do governador Agnelo Queiroz (PT). Segundo ele, a discussão está avançada e será retomada agora com o fim da Copa do Mundo. “Estudaremos a realização de uma licitação internacional destinada a transferir a administração do estádio” afirmou.
O secretário Cláudio Monteiro admite que os estudos para a privatização do estádio ocorrem desde a época em que a arena estava sendo construída. Ou seja, o governo já sabia que se tratava de uma obra sem perspectivas.
E Monteiro tenta aparentar otimismo. Segundo ele, existem diversos empresários interessados em assumir a gestão do espaço. “A Copa serviu para valorizar ainda mais o Mané, é uma pena que ainda haja quem pense que se trata de um elefante branco”, desabafou.
Bem, privatizar é preciso, mas vai ser muito difícil que o poder público consiga recuperar pelo menos um centavo do total de R$ 1,4 bilhão consumido pela reforma. E tudo isso já era sabido e esperado, em função dos elefantes brancos abandonados na África do Sul. E la nave va…
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