BRASÍLIA - Sabe o dado mais importante do Datafolha? Eduardo Campos, que só tem 8% de intenções de voto, dá um salto espetacular para 38% num eventual segundo turno entre ele e a presidente Dilma Rousseff. Como assim?
A única explicação é que as pessoas não votariam a favor dele, mas contra Dilma e o PT. A rejeição dela bate em 35%, o dobro da de Aécio (17%) e mais que o dobro da de Campos (12%); e a avaliação ruim/péssimo do governo bate em 29%.
Vai ficando cada vez mais evidente que a grande chance de Dilma ser reeleita é arrancar a vitória no primeiro turno. O que, pelo andar da carruagem, parece bastante improvável. Ela vai mal em São Paulo e caiu no Nordeste, entre as mulheres e nas maiores cidades, que são irradiadoras de votos.
Dilma ainda é favorita (36%), mas, se a eleição for para o segundo turno, a coisa pode ficar feia. A diferença entre ela e Campos é de apenas sete pontos (45% a 38%). Entre ela e Aécio, que já foi de 27 pontos em fevereiro, caiu para irrisórios 4 pontos (44% a 40%) em cinco meses. Considerando a margem de erro de dois pontos, há empate técnico entre Dilma e Aécio, que tem muito menos exposição.
A situação da candidatura Dilma acirra os ânimos do PT e do seu grande líder, Lula, que vive hoje um triplo pesadelo: Geraldo Alckmin com mais de 50% para o governo e José Serra na dianteira para o Senado em São Paulo e Dilma gastando todos os seus cartuchos sem acertar o alvo para a reeleição.
Se Dilma está assim com Copa, Brics, presidentes da Rússia, da China e da América do Sul e uma série de entrevistas, como poderá evoluir bem daqui em diante?
Ela tem mais que o dobro do tempo de TV de Aécio e Campos na campanha, mas TV e marketing não fazem milagre. Talvez a economia fizesse, mas os ventos internacionais não induzem ao otimismo. Nem o desempenho do governo Dilma até aqui.
A única explicação é que as pessoas não votariam a favor dele, mas contra Dilma e o PT. A rejeição dela bate em 35%, o dobro da de Aécio (17%) e mais que o dobro da de Campos (12%); e a avaliação ruim/péssimo do governo bate em 29%.
Vai ficando cada vez mais evidente que a grande chance de Dilma ser reeleita é arrancar a vitória no primeiro turno. O que, pelo andar da carruagem, parece bastante improvável. Ela vai mal em São Paulo e caiu no Nordeste, entre as mulheres e nas maiores cidades, que são irradiadoras de votos.
Dilma ainda é favorita (36%), mas, se a eleição for para o segundo turno, a coisa pode ficar feia. A diferença entre ela e Campos é de apenas sete pontos (45% a 38%). Entre ela e Aécio, que já foi de 27 pontos em fevereiro, caiu para irrisórios 4 pontos (44% a 40%) em cinco meses. Considerando a margem de erro de dois pontos, há empate técnico entre Dilma e Aécio, que tem muito menos exposição.
A situação da candidatura Dilma acirra os ânimos do PT e do seu grande líder, Lula, que vive hoje um triplo pesadelo: Geraldo Alckmin com mais de 50% para o governo e José Serra na dianteira para o Senado em São Paulo e Dilma gastando todos os seus cartuchos sem acertar o alvo para a reeleição.
Se Dilma está assim com Copa, Brics, presidentes da Rússia, da China e da América do Sul e uma série de entrevistas, como poderá evoluir bem daqui em diante?
Ela tem mais que o dobro do tempo de TV de Aécio e Campos na campanha, mas TV e marketing não fazem milagre. Talvez a economia fizesse, mas os ventos internacionais não induzem ao otimismo. Nem o desempenho do governo Dilma até aqui.
23 de julho de 2014
Eliane Cantanhede, Folha de SP
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