O ex-governador José Serra, como o Globo, Folha de São Paulo e o Estado de São Paulo noticiaram com destaque, decidiu permanecer no PSDB e jogar com o passar do tempo para que o partido decida entre Aécio neves e ele no processo de escolha do candidato que vai enfrentar Dilma Rousseff nas urnas de 2014.
Não tinha logicamente outro caminho. Se rompesse e ingressasse no PPS de Roberto Freire, não teria a menor possibilidade e, ainda por cima, dividiria, com prejuízo para ambos, a base paulista do eleitorado tucano. Sair para disputar o Senado, por exemplo, não lhe acrescentaria nada que não obtivesse permanecendo na legenda do PSDB
Serra, na verdade, joga com uma eventual queda de Aécio Neves nas pesquisas. Se isso ocorrer, os tucanos não terão outro caminho a não ser escolher Serra, apesar de suas duas tentativas mal sucedidas para presidente e de sua derrota para Fernando Haddad na eleição de 2012 para prefeito da cidade de São Paulo.
Mas o fato é que o Partido Social da Democracia Brasileira encontra-se sem quadros alternativos além de Aécio e Serra. Optando por Aécio, sob o impulso da renovação, o ex-ministro da Saúde poderá concorrer ao Senado por São Paulo enfrentando Eduardo Suplicy, cujo mandato de oito anos termina em janeiro de 2014.
Nesse caso, José Serra conta com uma resistência que está se tornando tradicional no PT contra aquele parlamentar. Tanto assim que Dilma Rousseff e Lula escolheram o ministro Alexandre Padilha para se opor à reeleição do governador Geraldo Alckmin e sequer cogitaram de Suplicy. Paralelamente há pouco tempo surgiu um movimento acionado por facção do próprio Partido dos Trabalhadores para que o autor do eterno projeto da renda mínima, que aliás não sai do papel para a realidade concreta, não obtenham legenda para o Senado e passe a ser candidato à Câmara Federal. Não se compreende bem a razão de tal resistência, porém ela existe. Uma questão de ética, talvez.
GAROTINHO
Mas no título deste artigo citei Anthony Garotinho. Pois é. Em carta dos leitores publicada na edição de 2 de outubro de O Globo, respondendo a críticas que recebeu de Nelson Mota, o atual deputado pelo PR afirma ser pré-candidato a sucessão do governador Sérgio Cabral, cujo índice de aprovação popular é dos piores e provavelmente envolverá seu candidato pessoal, Luiz Fernando Pezão. Na resposta a Nelson Mota, Garotinho lembra ter sido eleito para o governo do Rio de Janeiro e conseguido eleger, Rosinha, sua mulher, no primeiro turno, na eleição de 2002.
Mas no título deste artigo citei Anthony Garotinho. Pois é. Em carta dos leitores publicada na edição de 2 de outubro de O Globo, respondendo a críticas que recebeu de Nelson Mota, o atual deputado pelo PR afirma ser pré-candidato a sucessão do governador Sérgio Cabral, cujo índice de aprovação popular é dos piores e provavelmente envolverá seu candidato pessoal, Luiz Fernando Pezão. Na resposta a Nelson Mota, Garotinho lembra ter sido eleito para o governo do Rio de Janeiro e conseguido eleger, Rosinha, sua mulher, no primeiro turno, na eleição de 2002.
Portanto confirma-se mais um candidato ao Palácio Guanabara. Já temos Luiz Fernando Pezão, Lindbergh Farias, cuja candidatura pelo PT foi liberada por Dilma Rousseff, Marcelo Crivella, cujo mandato de senador só termina no final de 2018, e agora aparece Garotinho. Surge ainda o nome do deputado Miro Teixeira, pelo PDT. O desfecho, confirmado o quadro, vai para o segundo turno. Quais serão os dois dos cinco candidatos que irão para o desfecho final? Esta é a questão. Mas não a única.
Estará em jogo também uma vaga para o Senado. Termina no ano que vem o mandato de Francisco Dornelles. Deverá disputar a reeleição. Mas contra quem? O mais provável adversário será Sérgio Cabral que vai renunciar ao governo estadual. O PT seguramente concorrerá com candidato próprio sintonizado com Lindbergh. O quadro eleitoral apresenta-se assim bem movimentado no Rio de Janeiro. Aguarda-se a aventura da temporada de pesquisas pelo Ibope e Datafolha.
06 de outubro de 2013
Pedro do Coutto
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