Os assaltantes dos cofres públicos nacionais carregam tudo de forma acintosa, pois entendem que são inalcançáveis pelo Poder Judiciário e estão acima de qualquer norma, força ou poder. Quando o ex-ministro chefe da Casa Civil Zé Dirceu foi condenado no mensalão, chegou ao presídio da Papuda erguendo o braço em saudação socialista e alardeando ter sido sentenciado injustamente, coitado! O seu superior no esquema, Lula da Silva, o Lularápio, ofereceu várias versões sobre o caso.
Primeiro, ele disse numa entrevista “arranjada” em Paris que havia sido traído, sem apontar nome de quem quer que fosse. Lularápio também abraçou a hipótese de Caixa Dois, garantindo que o PT fizera o que todos os demais partidos fazem. Mais tarde, Lularápio passou a negar que o mensalão tivesse existido e afirmou que iria passar a maior parte de seu tempo, depois de sair da Presidência, buscando provas de que o mensalão havia sido uma invenção.
No meio do caminho, quando o julgamento se aproximava, houve o escândalo do encontro do ex-presidente com o ministro (STF), Gilmar Mendes, em que Lularápio tentou chantagear sua excelência para que “afrouxasse” na decisão de condenar os seus cúmplices envolvidos. Quem pior se saiu no julgamento foi o “empresário” mineiro Marcos Valério, transformado em bode expiatório, hoje cumprindo pena de mais de 30 anos, pressionado e molestado na prisão, segundo vaza na imprensa vez por outra.
Agora, no episódio do petrolão, o mesmo esquema criminoso arruinou a estatal brasileira do petróleo, jogando-a literalmente no lixo. A composição do STF mudou, entrando dois novos ministros: Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso. Mas mesmo assim vai ficar difícil livrar a cara dos ladrões do dinheiro público, comandados a partir da Presidência da República, porque a crise alcançou dimensão internacional. Quem não se lembra do então candidato, hoje ministro Luís Roberto Barroso?
No Senado, ao ser sabatinado, ele declarou que o mensalão fora “um ponto fora da curva”, deixando implícito que a condenação dos ladrões do dinheiro público, ação conduzida pelo relator do processo, Joaquim Barbosa, havia sido injusta! Funcionou como espécie de sinal verde para os que estavam assaltando a Petrobras e destruindo seu valor de mercado. Prática criminosa liderada pelo ex-presidente da República Lula da Silva. Vergonha inominável, motivo de chacota mundial.
No acúmulo de toda essa gatunagem, que vem se ampliando há séculos (desde a descoberta do Brasil), mas que alcançou volume inacreditável na gestão petista, o Brasil mergulhou numa crise político-social que espera agora um gesto de nobreza por parte de quem nunca assim se apresentou ou demonstrou possuir, Dilma Roussef. Ela deve renunciar à Presidência da República. Estamos na iminência de ruptura institucional de gravíssimas consequências. A presidente não tem mais condições de governar!
Aliás, governar é o que nunca fez, porque despreparada, semialfabetizada, descoordenada intelectualmente e carente de qualquer recurso ou habilidade para o trato político. Se continuar insistindo em permanecer num cargo que não tem como preencher, Dilma irá empurrar o país para a guerra civil ou será afastada militarmente para que a ordem seja restabelecida. Não que se pregue intervenção militar. Mas as Forças Armadas têm de agir constitucionalmente e já!
O cenário atual expõe o seguinte: a qualquer Cidade que a presidente vá, será vaiada. Quando aparecer na Televisão, começará um panelaço, pois se alcançou inequívoco ponto de saturação. Ela não tem mais como reverter a situação porque o quadro econômico só tende a piorar. A crise é mundial, mas foram as medidas tomadas por Lula e Dilma que precipitaram o caos. Só lhe resta renunciar e deixar-nos em paz.
19 de março de 2015
Márcio Accioly é Jornalista.
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