"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 17 de setembro de 2016

PADILHA CRIA PROBLEMAS COM MINISTROS QUE O ACUSAM DE INVADIR SUAS ÁREAS DE ATUAÇÃO


Os escorregões de Padilha
Padilha se transformou num grave problema para Temer


















O chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, não teve uma semana, digamos, para comemorar. Na verdade, o ministro teve de tourear uma série de situações desfavoráveis que surgiram ainda na semana anterior com a demissão do advogado-geral da União, Fábio Medina Osório – episódio no qual ele foi o pivô. Ao deixar a AGU, Osório chegou a dizer que recebeu orientações diretas de Eliseu Padilha para não atuar na Lava Jato e que o ministro da Casa Civil teria feito uma campanha difamatória contra ele. Na esteira do caso, Padilha se deparou com uma outra escaramuça ocorrida no seio do Planalto. Divergências a respeito de maneira como o governo deve se comunicar com a população opuseram auxiliares importantes do governo. E Padilha esteve no epicentro desse imbróglio.
“Estamos perdendo a guerra de comunicação e estamos tomando providências”, disse o ministro durante evento com empresários na segunda-feira 12. “Serão contratados profissionais especializados na área para ajudar”, acrescentou.
MOREIRA E GEDDEL – Nos corredores do Palácio do Planalto, Padilha também foi alvo de comentários feitos por Moreira Franco e Geddel Vieira Lima, pelo que classificaram de ingerência do chefe da Casa Civil em suas áreas de atuação. Na quinta-feira 15, o presidente Michel Temer reuniu os mais próximos e pediu a união em nome das reformas para o Brasil. Foi um recado claro. Tudo o que Temer não quer agora é administrar fogo amigo.
No Palácio, todos se recordam de uma polêmica participação de Padilha com a chamada máfia dos precatórios. Um escândalo que veio à tona durante o governo de FHC, quando Padilha comandava o Ministério dos Transportes. Sobre o caso, há processos na Justiça ainda não finalizados.
CONTRATAÇÃO – Nos bastidores, o chefe da Casa Civil tenta emplacar em algum cargo estratégico na comunicação um velho conhecido do ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB). Trata-se de seu ex-assessor João Roberto Vieira da Costa. Conhecido como Bob, ele cuidou do setor no Ministério da Saúde quando a pasta era ocupada por Serra, durante a gestão de FHC. Na ocasião, a atuação de Bob rendeu muita polêmica.
Um dos fatos rumorosos foi uma pesquisa encomendada em 1999 por Bob a pretexto de fazer uma radiografia dos serviços públicos de saúde do País. Na realidade, tratava-se de uma estratégia política. O levantamento incluiu perguntas sobre as possibilidades de o então ministro José Serra chegar à Presidência da República – em 2002, o tucano foi candidato e perdeu para Lula.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O fato concreto é que Eliseu Padilha (ou Quadrilha, como é chamado pelos desafetos gaúchos) quer mandar mais do que Temer e já criou caso até com Henrique Meirelles e José Serra, os ministros mais importantes do governo, porque garantem a Temer apoio do mercado e do PSDB. Se Temer não conseguir se livrar de Padilha, vai acabar enrolado pela quadrilha, digamos assim. (C.N.)

17 de setembro de 2016
Aguirre Talento
IstoÉ

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