"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 17 de setembro de 2016

MAIS UM CACIQUE DO PMDB (VALDIR RAUPP) DENUNCIADO AO SUPREMO POR CORRUPÇÃO

Dirigente do PMDB denunciado com a assessora e o cunhado

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nesta sexta-feira (16) o ex-presidente do PMDB e senador Valdir Raupp (RO) e mais duas pessoas sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro. Agora, caberá ao STF (Supremo Tribunal Federal) decidir se aceita ou não a denúncia. Caso a acolha, os três investigados se tornarão réus em uma ação penal na corte. Os outros dois acusados criminalmente são a assessora de Raupp, Maria Celia Santos de Oliveira, e o cunhado dele, Paulo Roberto Rocha.

De acordo com as investigações, Raupp recebeu R$ 500 mil de propina do esquema da Lava Jato, disfarçada por meio de doações eleitorais, em 2010, ano em que se elegeu senador.

Ao menos três delatores imputaram ilegalidades ao parlamentar: Paulo Roberto Costa (ex-diretor da Petrobras), Alberto Youssef (doleiro) e Fernando Soares, o Baiano, apontado como operador do PMDB.

PROVAS – Para a Polícia Federal, registros na agenda de Paulo Roberto Costa, os e-mails trocados entre Youssef e Othon Zanoide e a efetiva doação de R$ 500 mil pela Queiroz Galvão ao Diretório Regional do PMDB-RO “demonstram os primeiros elementos indicativos da materialidade dos crimes”.

“Não resta dúvida de que a doação ora sob investigação foi direcionada ao senador Valdir Raupp e que ele se utilizava de assessores e pessoas muito próximas para manejar os recursos, como seu cunhado e ex-assessor”, diz um relatório enviado pela PF ao Supremo, em junho.

O parlamentar é alvo de uma outra investigação, também relacionada ao esquema de corrupção da Petrobras, que tramita no STF. Trata-se do principal inquérito no tribunal e que apura o crime de organização criminosa.

EQUÍVOCO – Raupp afirmou por meio de nota oficial que a denúncia da PGR “tem equivocada interpretação dos fatos”. Ele diz ainda que “jamais compactuou com qualquer ilícito e que a doação em questão foi feita, diretamente, ao Diretório Estadual do PMDB de Rondônia”.

O senador afirma que as doações à sua campanha de 2010 foram declaradas em sua prestação de contas, registradas e de sua campanha de 2010 foram “analisadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral”.

Ele conclui o comunicado dizendo que “confia nos órgãos da Justiça e aguarda, serenamente, a instrução do processo, certo de que a fragilidade das provas e dos argumentos apresentados conduzirão à sua absolvição”.



17 de setembro de 2016
Gabriel Mascarenhas
Folha

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