O Pronatec pode ter 80% de vagas abertas a menos em 2015. O programa, que ofereceu 600 mil bolsas no ano passado, deve ter um número próximo de apenas 80 mil esse ano. As informações são de reportagem do jornal Valor Econômico desta sexta-feira (29), em reportagem de Danielle Cabral Távora.
A medida foi criticada pelo deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB-PB). Na avaliação do tucano, a redução no programa de acesso ao ensino técnico demonstra que o governo federal age com foco errado em seu objetivo de cortar custos.
“Em vez de agir de maneira mais intensa no combate à corrupção ou mesmo de diminuir o tamanho da máquina pública extremamente inchada, o governo corta justamente um programa que poderia trazer mais qualidade de vida às pessoas”, disse.
Segundo Cunha Lima, a população está mais atenta e “não irá aceitar” esse tipo de decisão.
Durante a campanha eleitoral do ano passado, o Pronatec foi uma das principais vitrines da então candidata Dilma Rousseff. A petista chegou a sugerir o programa a uma economista, com pós-graduação, que em um debate se queixou do desemprego no país.
ATRASOS DA PÁTRIA EDUCADORA
Além da redução no número de inscritos, a reportagem do Valor Econômico cita reclamações de escolas técnicas em relação aos atrasos nos pagamentos feitos pelo governo federal às instituições. Segundo a matéria, há escolas que não receberam nenhum pagamento nos últimos cinco meses.
Para o deputado Cunha Lima, o quadro reflete que o governo Dilma tem, somados aos destacados problemas de corrupção e inchaço, uma atuação caracterizada pela incompetência.
“Esse governo se perdeu no afã da manutenção do poder e atua puramente sem nenhum planejamento. Há uma completa incapacidade de governar, o que fica nítido em situações como essa”, ressaltou.
07 de junho de 2015
Deu no Valor Econômico
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