No encontro com Dilma na semana passada, Renan Calheiros reiterou que não votaria no julgamento do impeachment. Após a briga com petistas, porém, ninguém mais acredita. “Já não contamos com a abstenção dele”, diz um auxiliar.
A ida da presidente afastada ao Senado não terá pompa, mas manterá alguma circunstância. Renan irá recepcioná-la na entrada do Congresso, a chamada chapelaria, e ofereceu seu gabinete para abrigá-la nos intervalos da sessão.
TEM DE BANCAR…– A CUT e os movimentos sociais informaram à direção do PT que, por causa da falta de recursos, será difícil levar militantes para acompanhar da Esplanada a fala de Dilma. Sugeriram que, além de vaquinha entre senadores, Dilma use o que sobrou do “crowdfunding”, que custeou suas viagens aéreas, e agora banque os ônibus que levarão manifestantes a Brasília.
Os movimentos argumentam que, depois de segunda-feira, a petista não terá mais motivos para rodar o país. Por ora, há atos confirmados só Brasília, Natal, SP, RJ e Porto Alegre.
No breve pronunciamento que fará em rede nacional de TV — pouco mais de cinco minutos —, Temer será otimista com o futuro, mas indicará que herdou um Brasil quebrado.
29 de agosto de 2016
Natuza Nery
Folha
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