"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

MARCELO ODEBRECHT COMPLICA AINDA MAIS DILMA.

De acordo com o empresário, a presidente Dilma atuou pessoalmente para assegurar que ele fosse solto. Odebrecht foi preso em junho de 2015.

Empresário Marcelo Odebrecht


Em negociação de delação, empresário diz que foi pressionado por Mantega e pelo presidente do BNDES a doar para a campanha da presidente em 2014 e confirma que ministro foi nomeado ao STJ para soltá-lo

Em depoimento aos procuradores da Operação Lava Jato, o empresário Marcelo Odebrecht implicou a presidente Dilma Rousseff. Ao negociar sua delação, Odebrecht disse que empreiteiros foram pressionados pelo ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, a doar recursos para a campanha de Dilma em 2014.

Segundo Odebrecht, os empresários compelidos a fazerem as doações tinham em comum o fato de possuírem financiamentos no BNDES. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo a ser publicada neste domingo, Mantega e Coutinho pediram aos empreiteiros que se reunissem com o tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva, a fim de acertarem os repasses “caso eles quisessem continuar a serem ajudados pelo governo”. Os empreiteiros, segundo Odebrecht, encararam o pedido como uma forma de pressão.

Ainda na negociação de sua delação, prestes a ser fechada, Marcelo Odebrecht ratificou parte das revelações do senador Delcídio do Amaral à força-tarefa da Lava Jato, antecipadas com exclusividade por ISTOÉ em 3 de março. De acordo com o empresário, a presidente Dilma atuou pessoalmente para assegurar que ele fosse solto. Odebrecht foi preso em junho de 2015.

A maneira encontrada por Dilma para livrá-lo da cadeia foi nomear Marcelo Navarro para a vaga de ministro do STJ. Caberia ao indicado relatar o pedido de soltura dos presos. Em troca da nomeação, Navarro se comprometeu a emitir parecer favorável à libertação de Odebrecht e de outros empreiteiros presos.

O acordo foi honrado, mas Navarro acabou sendo voto vencido no tribunal. Com base nessa acusação, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu semana passada ao Supremo abertura de inquérito para investigar a presidente Dilma Rousseff. Com a confirmação de teor da delação de Delcídio por Odebrecht, dificilmente o STF não autorizará a investigação. As novas revelações complicam ainda mais a situação de Dilma, às vésperas da votação do seu afastamento pelo Senado Federal – dado como certo.



09 de maio de 2016
Da Redação
IstoÉ

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