Ontem a Petrobras anunciou que vai vender "ativos" no montante de U$ 13,4 bilhões (quase R$ 40 bilhões) para tentar sair do atoleiro em que está, afundada na corrupção. Não diz que ativos são estes. Não diz quem vai determinar o seu valor. Não diz como a decisão de torrar patrimônio do país será tomada. É uma legítima privataria petista.
A Petrobras comprou estes ativos na alta, carregados de sobrepreço para sustentar as propinas petistas. Agora quer torrar na baixa e quem duvida que não haja mais propinas sendo pagas para que os preços sejam aviltados?
A Petrobras comprou estes ativos na alta, carregados de sobrepreço para sustentar as propinas petistas. Agora quer torrar na baixa e quem duvida que não haja mais propinas sendo pagas para que os preços sejam aviltados?
Segundo o Valor Econômico, um analista declarou que a " companhia falou bonito hoje [ontem], mas não é fácil vender ativos, e todo mundo sabe que ela não gosta de fazer isso. Também seria bom saber que ativos ela pretende vender". O analista se referia especificamente ao parágrafo do fato relevante em que a Petrobras afirma que o desinvestimento faz parte do planejamento financeiro "que visa à redução da alavancagem, preservação do caixa e concentração nos investimentos prioritários, notadamente de produção de óleo e gás no Brasil em áreas de elevada produtividade e retorno".
Outro funcionário de um grande banco coloca em dúvida a execução do plano de desinvestimento ainda em 2015. Ele teme que a pressa para fazer caixa promova a venda de ativos por valor baixo. "A Petrobras fez uma nota da qual, novamente, não se tira nenhuma conclusão. Por um lado a notícia é positiva se ela conseguir materializar a venda de ativos. Por outro, ela pode ter que fazer uma negociação rápida, o que acho difícil, e pode estar destruindo um valor gigantesco", pondera.
Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE) também vê como um problema o fato de a Petrobras vender ativos em um momento de aperto e de dificuldade de acessar mercados. "Os credores vão querer comprar barato, e o mercado está vendedor. Não é o que poderia ter sido três anos atrás, mas não há alternativa", diz Pires.
Segundo Pavel Molchanov, analista da Raymond James, não há dúvidas de que a Petrobras seja capaz de vender US$ 13,7 bilhões em ativos em dois anos, mas se isso vai agregar valor para a companhia "é uma questão em aberto". O analista destaca, ainda, que o cenário de queda de preços do petróleo não é favorável para a estatal brasileira. "Os compradores estão relutantes em investir em fusões e aquisições já que seus próprios orçamentos internos estão limitados", explica Molchanov.
03 de março de 2015
in coroneLeaks
Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE) também vê como um problema o fato de a Petrobras vender ativos em um momento de aperto e de dificuldade de acessar mercados. "Os credores vão querer comprar barato, e o mercado está vendedor. Não é o que poderia ter sido três anos atrás, mas não há alternativa", diz Pires.
Segundo Pavel Molchanov, analista da Raymond James, não há dúvidas de que a Petrobras seja capaz de vender US$ 13,7 bilhões em ativos em dois anos, mas se isso vai agregar valor para a companhia "é uma questão em aberto". O analista destaca, ainda, que o cenário de queda de preços do petróleo não é favorável para a estatal brasileira. "Os compradores estão relutantes em investir em fusões e aquisições já que seus próprios orçamentos internos estão limitados", explica Molchanov.
03 de março de 2015
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