"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 3 de março de 2015

PORTÃO DE EMBARQUE

Deportação de Cesare Battisti pode ajudar na extradição do mensaleiro Pizzolato, afirma deputada

cesare_battisti_13A deputada ítalo-brasileira Renata Bueno afirmou, nesta terça-feira (3), que a determinação da Justiça Federal de deportar o ex-ativista italiano Cesare Battisti pode influenciar positivamente na decisão política do governo da Itália de extraditar Henrique Pizzolato, condenado à prisão na Ação Penal 470 (Mensalão do PT).

Para Renata Bueno, a decisão da Justiça brasileira surpreendeu, embora a ação civil do Ministério Público venha tramitando há muito tempo, “questionando a regularidade da permanência de Battisti no Brasil”.

“Estamos quase em um momento de definição da extradição de Henrique Pizzolato da Itália e a deportação de Battisti pode ajudar o Brasil”, disse a deputada.

O caso Battisti não pesou na fase técnica do processo de Pizzolato, mas pode interferir na etapa atual, que é eminentemente política. A Corte de Bologna negou a extradição do mensaleiro, mas a Corte Constitucional italiana determinou que o processo fosse realizado imediatamente. Tudo depende, agora, da decisão do Ministério da Justiça da Itália.

“Eu me encontrei com o ministro da Justiça, Andrea Orlando, logo após a decisão da Corte Constitucional e pedi a ele que olhasse com muita atenção o caso de Pizzolato justamente porque tinha essa situação de Cesare Battisti que eu não gostaria que um caso influenciasse no outro”, lembrou a deputada.
Caso do terrorista
Renata Bueno lembrou que a extradição de Battisti foi negada há mais de cinco anos pelo então presidente Luiz Inácio da Silva. O italiano então solicitou visto de permanência no Brasil, concedido pelo Conselho de Imigração do Ministério das Relações Exteriores.

“Mas houve uma falha porque existe uma regra que diz que qualquer pessoa com condenação por crime doloso em seu país de origem não tem direito a visto ou qualquer autorização de permanência no Brasil”, disse a parlamentar ítalo-brasileira.

Para Renata Bueno, o presidente Lula “cometeu um grande erro” ao negar a extradição de Battisti já que o Supremo Tribunal Federal já tinha se pronunciado favoravelmente à medida solicitada pelo governo italiano.

A deputada lembra que ainda cabem recursos da decisão da justiça brasileira e que há um trâmite a ser cumprido, “mas é um bom caminho para levantarmos novamente essa questão que, sem dúvida, envergonhou o povo brasileiro”.
Mágoa
Renata Bueno conta que o povo italiano “carrega uma mágoa muito grande do Brasil, por não termos extraditado Battisti; principalmente as famílias das vítimas, porque ele assassinou quatro pessoas na Itália e foi condenado por isso”.
Segundo a deputada, as famílias sofrem até hoje e criaram até uma associação. “Elas relembram sempre os crimes, já que ele é considerado terrorista”.

03 de março de 2015
ucho.info

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