O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), diz que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras deve limitar seus trabalhos de investigação aos governo Lula e Dilma (2005-2015). Ele sinalizou que, se eventualmente houver algum recurso feito ao comando da Casa para ampliar o objeto de investigação, ele negará.
Cunha argumentou que é “regimentalista” e que o pedido de CPI que foi apresentado com apoio dos deputados restringe a apuração nos últimos dez anos. A oposição justifica que o período de investigação foi definido pelo início das tratativas da polêmica compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
“Eu sou regimentalista. Sou favorável que se cumpra o regimento. A ementa que lá está tem que ser cumprida. Seja do escopo de investigação, sobre o prazo, sobre tudo. Se quiserem fazer CPI diferente do que está lá, tem que fazer outro requerimento”, afirmou.
PMDB É CONTRA
A Folha de S.Paulo mostrou que o PMDB articula um movimento para rejeitar articulação do PT para investigar a Petrobras também no governo Fernando Henrique Cardoso.
A ofensiva contra a gestão tucana foi defendida pelo relator Luiz Sérgio (PT-RJ).
Sérgio vai apresentar seu calendário de atuação na próxima quinta, mas, na semana passada, afirmou que seria importante levar a investigação para o período de FHC.
O relator se baseia no depoimento do ex-gerente Pedro Barusco que, em sua delação premiada, afirmou à Polícia Federal que começou a receber propina entre 1997 e 1998, da empresa holandesa SBM Offshore. Barusco também relatou que o esquema da Petrobras rendera ao PT entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões entre 2003 e 2013.
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NOTA DA REDAÇÃO – O relator sonhou que ia investigar o PSDB. Mas acontece que na Câmara quem manda é Eduardo Cunha e seu bloco majoritário. O PT não manda mais nada. E tudo indica que a CPI vai ganhar sub-relatores, para evitar que tudo novamente acabe em pizza. (C.N.)
03 de março de 2015
Deu na Folha
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