Lula diz que PT não tem como se explicar aos jovens
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou do PT e do governo uma mudança no discurso e uma atenção especial a São Paulo e ao Nordeste. Lula afirmou, durante jantar com senadores do PT, na semana passada, que o partido, hoje, não tem o que dizer aos eleitores que estarão com 18 anos em 2018 e votarão pela primeira vez para presidente. “Essa geração está nas redes sociais vendo o massacre que estamos sofrendo, acuados por acusações de corrupção”, reclamou Lula, segundo um interlocutor.
Com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em três anos, 3,46 milhões de brasileiros terão entre 18 e 19 anos e estarão aptos a votar pela primeira vez. Se forem levados em conta os jovens com 16 e 17 anos — quando o sufrágio é facultativo —, o número crescerá para 6,95 milhões de eleitores. Em 2014, Dilma venceu o tucano Aécio Neves por uma diferença de 3,4 milhões de votos.
Segundo Lula, esses eleitores não têm a memória dos oito anos em que ele governou o país, já que tinham, em 2010, entre 8 e 11 anos.
“O que eles veem? Mensalão, petrolão, petistas presos, a oposição querendo dizer que nós roubamos mais do que eles”, disse o cacique petista, lembrando que não adianta sequer se amparar nos programas sociais lançados até agora. “Não podemos falar que tiramos eles da miséria e eles não passam mais fome porque esses jovens cresceram sem passar fome e sem estar na miséria.”
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NOTA DA REDAÇÃO – Lula diz que nos últimos anos se tornou um leitor compulsivo de livros, especialmente biografias de grandes estadistas. Se isso é verdade, ele já deve ter aprendido que nenhum político até hoje conseguiu explicar o inexplicável.
Por exemplo: a corrupção sempre houve, isso é um fato, não requer explicação.
Mas o que aconteceu nos últimos governos é que o PT institucionalizou a corrupção, cobrando percentual fixo, algo que nunca antes se viu, na história deste país. Também é um fato, jamais poderá ser “explicado” em nenhuma biografia de estadista. (C.N.)
03 de março de 2015
Deu no Correio Braziliense
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